sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Educação como meio das Religiões Afro-brasileiras contribuírem para a Paz

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

Ontem entrou no ar a última publicação do ano do Blog Espiritualidade e Ciência: "Religiões Afro-brasileiras: avanços e retrocessos, divergências e convergência" – disponível em: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com/

Não podemos negar a significativa reflexão gerada por esta publicação. Temas como Ética, Política, Sociologia, Teologia permeiam todo o texto. Inicialmente áreas do conhecimento distintas encontram na Convergência uma possibilidade de convivência pacífica dentro das Religiões Afro-brasileiras.

A contribuição mais estruturante que as Religiões Afro-brasileiras ofereceram para a sociedade civil nesta busca da pacificação por meio do diálogo certamente é a Faculdade de Teologia Umbandista. Uma instituição que nasceu e respira respeito às diferenças, aproximando as várias Escolas por meio das semelhanças.

As realizações da FTU não foram poucas... Este ano podemos elencar algumas que auxiliarão nossa reflexão:

1.       Diplomação dos primeiros teólogos do mundo, sendo o diploma chancelado pela USP;

2.       Realização do III Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI. Após duas edições de sucesso em 2009 e 2008, o terceiro congresso reuniu acadêmicos renomados do Brasil e fora dele para discutir "As Religiões Afro-Brasileiras: Aproximando os Saberes";

3.       Cursos de Extensão Universitária. Curso Introdução à Teologia Umbandista, Curso O Poder das Ervas Rituais Medicinais – Aspectos Ritualísticos e Etnofarmacobotânicos e Curso O Imaginário Umbandista. Estes três cursos foram realizados nos mais variados estados do Brasil pela modalidade telepresencial e mais dois países: Portugal e Uruguai. Os terreiros dos nossos parceiros sacerdotes se transformaram em pólos de discussão acadêmica!;

4.       Site novo da FTU: www.ftu.edu.br – Um dos prinicipais canais de contato com a FTU para quem reside fora de São Paulo é o seu sítio eletrônico. Sendo assim a faculdade apresentou a nova estruturação dele em pleno III Congresso. Já estamos com 8465 acessos! E aguardem, pois vem mais novidades no site!;

5.       Revista digital de difusão acadêmica: "Teologia de Síntese – Ênfase nas Religiões Afro-brasileiras" - http://www.ftu.edu.br/revista/. Não podemos deixar de destacar o ineditismo desta revista, pois é a primeira vez que a sociedade poderá acessar conteúdo acadêmico relacionado à teologia afro-brasileira de forma organizada e continuada. E o mais importante: gratuitamente!

Além disto, existem alguns projetos da faculdade relevantes que em breve serão oferecidos. Destacamos dois.

Primeiro o curso de teologia, nível bacharelado, EAD (ensino a distância). Por meio desta modalidade residentes de localidades distantes da sede física da FTU poderão conquistar a formação teológica e contribuir com o povo do santo como teólogos das religiões afro-brasileiras!

O outro é o primeiro curso lato senso em Teologia (nível especialização) da FTU! Outra iniciativa inédita voltado aos que já possuem curso de graduação e se interessam pela especialização teológica dentro das religiões afro-brasileiras. Os alunos encontrarão neste curso acadêmico uma ampla formação na área.

Uma questão fundamental para a FTU é o acesso à educação. Aliás Pai Rivas já comentou isto. Possui convicção que educação e teologia podem transformar o mundo em algo melhor para todos, sem exclusão. Sendo assim, não estamos alheios a realidade do povo brasileiro. Sabemos que muitos não possuem acesso ao ensino superior, pois não conquistaram ainda o ensino médio.

Sendo assim, a FTU está formalizando parcerias com setores públicos e privados da educação para fornecer cursos supletivos de ensino médio para a comunidade. Com estes cursos o cidadão ficará incluindo educacionalmente acessando o mercado de trabalho com mais oportunidades e, o mais importante, construindo sua cidadania pela educação.

E vamos em frente! A primeira década do milênio está acabando, mas o trabalho está só começando... Que bom!

E deixa a Gira girar...


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Teologia produzindo diplomas e livro!

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

Gostaria de mais uma vez me irmanar com o povo do santo para celebrar uma década coroada de êxitos para as religiões Afro-brasileiras. O advento da Faculdade de Teologia Umbandista produziu ganhos que já foram significativos, mas que certamente ainda trarão muitos frutos para todos nós. Tudo isto consubstanciado na diplomação dos primeiros vinte e um teólogos das religiões afro-brasileiras do mundo com emissão do diploma pela USP!!! Parabéns a todos estes alunos e professores que entraram para a história.

Por falar em teologia, a FTU é a primeira e única faculdade de teologia com autorização e credenciamento acadêmico – no caso do Brasil recebeu a chancela do Ministério da Educação. Um curso acadêmico com profundidade construído por professores da mais alta capacidade.

Pai Rivas, além de ser sacerdote com décadas de vivência, também é professor da FTU desde sua fundação há sete anos. Estava algum tempo sem produzir livros, pois focou sua profunda e vasta produção em novos canais de distribuição gratuitos como o Blog, Vídeo-aulas, Vídeo-conferências, Youtube...

Em novembro Pai Rivas lançou seu último livro: "Espiritualidade e Ciência na Teologia das Religiões Afro-brasileiras". Trata-se do primeiro livro calcado na teologia umbandista ou afro-brasileira reconhecida pelo MEC. Aliás, Pai Rivas voltou a escrever e em breve teremos outras boas novidades.

Gostaríamos de encerrar divulgando a capa deste livro, disponível em: http://twitpic.com/3d8l9g.

Maiores informações: editora@ftu.edu.br


E deixa a Gira girar!

Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto "Religiões Afro-brasileiras avanços e retrocessos, divergências e convergência"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos mais um texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

 

Religiões Afro-brasileiras avanços e retrocessos, divergências e convergência


As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia. 

Para conhecê-las, acesse: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com

Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Teologia e Educação: uma proposta espiritualizante para a paz

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

Nós que somos das religiões afro-brasileiras vivenciamos momentos auspiciosos. Claro, não podemos negar, que muito precisa ser feito. Muitas barreiras a vencer, muita intolerância permanece, mas este panorama vem mudando não só pelos aspectos emergenciais, mas principalmente estruturais.

Quando afirmamos estruturais, remetemos a discussão para aquilo que há de mais essencial neste processo: Educação. As Religiões Afro-brasileiras iniciaram nesta primeira década do milênio uma verdadeira incursão no cerne da sociedade ao fundar a Faculdade de Teologia Umbandista. Isto foi concretizado de forma inconteste com a diplomação dos 21 teólogos com o diploma chancelado pela USP.

Como já afirmamos anteriormente, com a faculdade não somos mais apenas objeto de estudo. Somos promotores estruturados de informação que pode melhorar a condição de vida das pessoas, que pode construir uma conscientização ampla tendo como mote o respeito incondicional às diferenças aproximando pelas semelhanças.

Este pensamento que foi expresso ineditamente por Pai Rivas apresenta em sua base uma convicção da Escola de Síntese: Teologia e Educação podem ajudar o planeta a ser um lugar mais justo e igualitário, logo pacífico. Foi por isso que Pai Rivas fundou a faculdade e sempre, realmente sempre buscou compartilhar com todas as Escolas das religiões afro-brasileiras esta conquista.

Além da faculdade, que por si só é paradigmática, não podemos negar a contribuição direta ofertada por meio de livros, de conceitos que criam pontes entre Ciência e Espiritualidade e o estímulo contínuo aos seus filhos espirituais que possuem afinidade com a iniciação científica a procurá-la. Afirmamos isto com convicção e serenidade crescente, pois foi por meio e a partir do Pai Rivas que percebemos como a linguagem rito-litúrgica é ampla e poderosa. O terreiro expressa conceitos da mais alta complexidade, utilizando uma forma incrivelmente simples.

Ouvindo, aprendendo e vivenciando os ensinamentos do Mestre penetramos na pesquisa acadêmica e, como os irmãos já sabem, alcançamos no final deste ano a titulação em Filosofia no grau de mestrado. Um trabalho, diga-se de passagem, aprovado com louvor principalmente por sua originalidade. Aliás, a originalidade foi marcada por apresentar a existência de uma sólida teologia com ênfase nas religiões Afro-brasileiras iniciada por Pai Rivas em seus livros e formalizada na FTU com autorização e credenciamento do Ministério da Educação (MEC).

Como desdobramento natural da nossa pesquisa caminhei para o doutorado e hoje estou no programa de Ciências da Religião da PUC-SP pesquisando a contribuição desta teologia para mediar pacificamente o cidadão religioso afro-brasileiro e a sociedade civil. Isto tudo meus irmãos graças às Religiões Afro-brasileiras, à Escola de Síntese e, principalmente, ao Pai Rivas. Confesso que afirmo isto com enorme satisfação.

Foi com meu pai espiritual que abri meus olhos para a linguagem acadêmica e como ela pode ser utilizada para alcançar o sagrado desde que compreendida de forma espiritualizada. Não precisei sair do terreiro para entrar na academia, entrei na academia pelo terreiro. E não aprendi isto por modelos teóricos distantes da realidade, vivenciei isto batendo cabeça no templo que ocupa o espaço central da Faculdade de Teologia Umbandista.

Vamos dialogando, afinal a reflexão está só começando...

E deixa a Gira girar!



Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ética e Vivência

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

A publicação 103 do Blog Espiritualidade e Ciência intitulada "Ética no relacionamento Discípulo e Mestre" (
http://espiritualidadeciencia.wordpress.com/) marca um tema fundamental para as Religiões Afro-brasileiras: a relação entre Discípulo e Mestre, Filho de santo e Pai de santo. Em última instância a construção, manutenção e fortalecimento da família espiritual.

O elemento de ligação desta relação não poderia ser outro – Ética. Com Pai Rivas aprendemos que a ética das religiões afro-brasileiras é a interdependência. Na Filosofia, área da gnose humana que estuda em profundidade o assunto, encontramos vários ramos de pensamento que corroboram este poderoso conceito. Vide a escola de Frankfurt e pensadores como Habermas que encontram no diálogo, por tanto interdependente, uma possibilidade de alcance do Entendimento, enfim a própria realização ética .

Pai Rivas poderia escrever, aliás como já escreveu, sobre o tema. No entanto optou pelo vídeo, pela transmissão oral. Mais do que entender as palavras, o vídeo foi produzido para que as pessoas pudessem olhar os olhos do Pai Rivas, pudessem observar os seus gestos, interagir com os fatos apresentados.

Aos irmãos que ainda não assistiram o vídeo, podem imaginar que Pai Rivas discorre sobre o relacionamento com os seus filhos. De fato o vídeo é iniciado por este caractere. Mas é na sua experiência como Discípulo do Pai Matta, nosso avô de santé, que o exemplo-vivência é ofertado. Durante o diálogo, Pai Rivas apresenta uma questão para o seu interlocutor: Você tem a chave do céu? As respostas que se seguem são interessantíssimas. Esta atitude vai reforçar o velho adágio quando constatamos que um bom Mestre foi igualmente bom Discípulo.

Com certeza as idiossincrasias de um adepto pode dar brechas para tal ou qual postura, mas afirmamos com convicção crescente que os filhos de uma casa espiritual séria como a nossa, OICD, e de todas as Escolas das Religiões Afro-brasileiras não passam por isto. O encontro do filho com o seu pai espiritual constrói um laço tão, mas tão forte, que é impossível quebrá-lo.

Todos nós recebemos nos últimos dias deste ciclo anual felicitações, desejos de um feliz natal (nascimento), ano novo com prosperidade, entre outras saudações. Silenciosamente o trabalho verdadeiro de um Discípulo para o seu Mestre, no nosso caso dentro das Religiões Afro-brasileiras, é a melhor oportunidade de concretizar estes bons auspícios.

Vamos trabalhar?






Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica vídeo "Ética no relacionamento Discípulo e Mestre"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos mais um vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia. 

Para conhecê-las, acesse: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com

Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)



















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FTU: Educando para uma Cultura de Paz
(credenciada e autorizada pelo MEC - portaria 3864 de 18/12/2003)



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Rito na praia: Axé renovado!

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

 

Nós que participamos dos fóruns religiosos na internet estamos de alguma forma dispostos a escrever e ler sobre as religiões Afro-brasileiras. Pelo menos é isto que a lógica e o bom senso nos levam a escrever nas listas durante anos.

Neste sentido participei de um belíssimo rito na praia com meu pai espiritual e manos de santé aberto ao público o qual gostaria de compartilhar com todos. Falando de nossas experiências com respeito às diferenças criamos pontes de contato com as variadas formas de entender e vivenciar o sagrado, não é mesmo? É por este motivo que escrevemos constantemente.

Se existe algo que é fundamental para o povo do santo, isto certamente passa pelo conceito de Axé. Pai Rivas nos explica que o axé é o poder mágico, poder de concretização da vontade espiritual em todos os níveis: biopsicossocial. Da mesma forma este axé pode aumentar, multiplicar, mas também diminuir; enfim se esvair...

Cabe então ao pai ou mãe espiritual utilizar os meios sacerdotais adequados para que este axé seja ampliado e renovado, permitindo que seus filhos espirituais e a comunidade que participa da vida templária seja beneficiada de alguma forma. Ao mesmo tempo os filhos espirituais possuem a grande responsabilidade de saber receber e trabalhar o Axé ofertado. Com este espírito participamos do rito na praia.

Pai Rivas montou junto com todos os presentes um fundamento maravilhoso que transformou-se no principal ponto de força do rito e, geograficamente, era o ponto médio entre o mar e a mata próxima daquela areia. A Lua, parcialmente bloqueada pelas nuvens no início, ficou ao final praticamente isolada na paisagem com o céu todo estrelado e limpo. Uma verdadeira benção.

Neste clima participamos de um harmonioso xirê louvando os Orixás. Logo depois houve um toque de Caboclo, tudo isto com riquíssimos detalhes internos (esotéricos) e externos que apenas ao vivo é possível compreender. O Caboclo em terra levou todos os presentes para as águas do mar e, uma vez lá, lavamos literalmente as nossas almas.

Retornando à areia, ouvimos do Caboclo conselhos profundos para toda a coletividade e com a sua beberagem e fumo fomos penetrando em uma verdadeira pajelança. Os presentes sentiram como oscilamos em vários tipos de rito tendo no Caboclo o elo de ligação. Olha a vivência das publicações do Blog Espiritualidade e Ciência!

 

É por isto que divulgamos a idéia de teoria prática e prática teorizada. Na Escola de Síntese uma não se dissocia da outra. Enfim, encerramos o rito com um sentimento de dever cumprido, axé renovado e pronto para mais trabalho coletivo em 2011!

 

E deixa a Gira girar!

 

Aranauan, Saravá fraternal,

João Luiz Carneiro (Yabauara)
Discípulo de Pai Rivas (Mestre Arhapiagha)

 


Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto com vídeo "Na Umbanda a reflexão é primordial..."

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos mais um texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

Na Umbanda a reflexão é primordial...

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia. 

Para conhecê-las, acesse: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com

Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Eita caboclo bom!

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

Gostararíamos de continuar um prazeroso diálogo com os irmãos sobre o texto "
A macumba foi a primeira manifestação da Umbanda?" - Disponível em: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com/
 
Nele observamos uma construção que recebe as contribuições da história, sociologia, teologia e não descarta o Espiritual. Pelo contrário, é um texto que em primeiro lugar valoriza a ação dos Orixás e seus representantes (Ancestrais Ilustres). Com certeza as palavras de um pai de santo estão ganhando força nos vários setores da sociedade, incluindo a Academia, e esta vitória Pai Rivas faz questão de compartilhar com todo o povo do santo.

É Claro que precisamos sempre citar as fontes em que bebemos, porém Pai Rivas nos estimula a trabalhar pelas Religiões Afro-brasileiras como um todo e considerar como vitórias da Faculdade de Teologia Umbandista, entre outras instituições conduzidas pelo nosso pai espiritual, apenas aquelas quebeneficiam o coletivo.

Olhando a história não poderia ser diferente. Sobre a "origem" da Umbanda ou Religiões Afro-brasileiras, existe uma questão complicada e apenas uma visão ampla, contemplando o "desde dentro" e "desde fora" - Religião e Ciência, pode auxiliar com sucesso o seu enfrentamento teórico. Afirmamos teórico, pois na prática os que a consideram como manifestação sabem que existe uma constante mudança. E de duas uma: ou ela nunca foi "criada" ou está diaramente sendo "reelaborada". Já os que acreditam nas religiões Afro-brasileiras como algo revelado, também não podem fugir do fato de que se isto aconteceu, não pode ser modificado agora. Dito de outra forma, nós que somos pelo Sagrado, não podemos reinventar a história para atender interesses individuais, para não dizer exclusivistas.

Assim o texto encara a perspectiva espiritual da construção do nosso movimento religioso sem desconsiderar os fatos históricos e as teses sociológicas e teológicas possíveis sobre os mesmos. E um modelo surge de forma inédita e, para mim como acadêmico, paradigmática. Temos na manifestação assimétrica das religiões afro-brasileiras uma cosmovisão onde a macumba ocupou papel fundamental para a Inclusão Total.

Esta inclusão total passa por todos os setores e, lógico, inicia-se para os que estão mais distantes das condições dignas de vida. Não é por menos que seu eixo, ou melhor, nas palavras do texto seu centro é deslocado para a matriz africana tendo a ameríndia como o ponto de sincretismo que visa a convergência. Longe estamos de desvalorizar a matriz indo-européia, mas não podemos olvidar os fatos. Esta matriz ocupou um papel fundamentalmente dominador na sociedade brasileira e foi necessário, segundo a ótica neutralizadora das desigualdades dos nossos condutores espirituais, fazer uma "compensação" inteligente por meio da macumba, por meio do Caboclo.

Tudo isto pode ser sintetizado no ponto:
 
"Eita Caboclo bom,
Dá uma volta na gira que eu quero ver
Eita Caboclo bom,
Dá uma volta na gira que eu quero ver"

Vamos dialogando e deixa a Gira girar!


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Macumba: uma nova leitura que valoriza as Religiões Afro-brasileiras!

Aranauan, Saravá  meus irmãos planetários,

É com verdadeira alegria que li a 101ª publicação do Blog Espiritualidade e Ciência -
http://espiritualidadeciencia.wordpress.com/. O texto é interessantíssimo e o título não poderia ser melhor:

A macumba foi a primeira manifestação da Umbanda?

Esta proposição em forma de pergunta demonstra como Pai Rivas está aberto para o diálogo. Somos uma Unidade aberta e, como tal, estamos em constante mudança. Aliás, é esta constante mudança a marca registrada da nossa Tradição como bem escreveu Pai Rivas inúmeras vezes.

Ao longo do texto percebemos claramente como Pai Rivas utiliza da lógica e do bom senso para relacionar a macumba com a primeira manifestação da Umbanda. A macumba funciona como um conceito que busca paz, neutraliza desigualdades; pois a macumba está aberta e é includente. Não exclui ninguém.

Conversando com Pai Rivas sobre o texto, ouvi Dele uma daquelas frases que viram mote e auxiliam muito a discussão sobre as várias formas de vivenciar o Sagrado:

 "As Escolas não valorizam uma, não desvalorizam nenhuma, contemplam todas".

O conceito de Escolas contempla todas as visões de mundo das Religiões Afro-brasileiras sem solução de continuidade ou concorrência entre elas. Pelo conceito de Escolas conseguimos aceitar, mas principalmente compreender porque a macumba foi a primeira manifestação da Umbanda.

Longe estamos de querer diminuir a importância desta ou daquela manifestação de Umbanda, mas ao resgatar a história sem colocar uma visão de um terreiro acima dos demais, Pai Rivas enseja uma visão pacífica, uma busca pela convergência entre os diversos Saberes e Fazeres.
Esta é mais uma contribuição da FTU personificada em seu fundador: em vez de um teórico que se isola na Academia, o teórico das religiões Afro-brasileiras vai à rua trabalhar com o coletivo. Como aprendi com Pai Rivas: prática teorizada e teoria prática.

Apesar dos conceitos paradigmáticos esposados nesta publicação 101, Pai Rivas reforça que é uma construção coletiva. Não foram revelados, eles são manifestados. Todos de alguma forma têm acesso ao exposto, porém é importante que do ponto de vista qualitativo seja enfeixado em uma construção lógica e externado por alguém. Ou seja, alguém precisa colocar a questão. É por isto que Pai Rivas disponibiliza o conteúdo gratuitamente. Estimula a universalidade do acesso possibilitando construções cada vez mais benéficas para o coletivo.

Importante também frisar que Pai Rivas não desvaloriza a revelação, mas não olvida que as Religiões Afro-brasileiras são de manifestação.

E deixa a Gira girar!


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto com gráficos "A macumba foi a primeira manifestação da Umbanda?"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos mais um texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":


A macumba foi a primeira manifestação da Umbanda?

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia. 

Para conhecê-las, acesse:

Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)



















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domingo, 19 de dezembro de 2010

Fotos inéditas do III Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI!!!

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,


O blog do Pai Rivas (http://espiritualidadeciencia.wordpress.com) acaba de liberar o último lote de fotos inéditas do 2º dia do III Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI.


Para localizar as fotos, observe ao lado direito do blog o ícone: 

III Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI

Clique na foto para ampliá-la!
 

É meus irmãos... As novidades não acabam! 


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Luis Nassif publica mais um texto sobre a FTU

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

O Blog do Luis Nassif publicou mais um texto sobre a Faculdade de Teologia Umbandista:
 

Sobre a Faculdade de Teologia Umbandista

Por João Luiz Carneiro 

 


E deixa a Gira girar!

Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Axé do Pai de Santo!

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

No email que discuti a influência da FTU nos vários setores da sociedade civil, iniciei o raciocínio comentando o  ano coroado de êxitos que marcam o fim de um importante ciclo. Neste período muita, mas muita coisa aconteceu mesmo. No início muita desconfiança em relação à FTU. Forma pai de santo? Quer dominar a Umbanda? Quer elitizar o povo do santo?

A FTU surgiu e estas críticas foram desconstruídas. Vencida esta etapa, começaram outras, muitas de forma pejorativa. A FTU não vai dar certo...Ninguém vai querer cursar a faculdade! Mais uma vez enganados, com a orientação e participação efetiva do Pai Rivas e do Astral a faculdade venceu mais uma. Hoje temos teólogos diplomados com chancela da USP. Vide a publicação com foto do diploma:

...Mais do que Teólogos, agentes paradigmáticos de mudanças...


Tantos os colaboradores quanto os alunos formados que participam da OICD de alguma forma ouviram o seu Mestre, o seu Pai de Santo. Pai Rivas tem valorizado todos os setores da gnose humana, mas é inevitável reconhecer o Seu olhar cuidadoso com a Academia. O trabalho que o Vô Matta fez dentro da Umbanda abrindo picada mesmo(!!!), fincando bandeira(!!!) em terrenos arenosos, pedregosos, ardilosos e hoje Pai Rivas amplia esta tarefa dentro da Tradição e vai também ao encontro de novas paragens tão ou mais desafiadoras no campo acadêmico.

Falar na primeira pessoa do singular pode remeter a uma postura egoísta, mas aprendi com o Mestre ouvindo-O e observando-O sua ação que as vezes isto se faz necessário. E no caso específico que vou relatar agora, trata-se de algo que um Sacerdote sério proporciona a todos nós que somos seus filhos de fé.

Quando entrei na OICD (Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino), minha forma de pensar e agir mudou. Venho de uma formação acadêmica em ciências aplicadas ao raciocínio capitalista, caso da Administração com enfoque industrial, e vivia a Umbanda como uma parte importante do meu tempo. Sempre gostei dela, mas ela "ocupava" um espaço, não era ainda minha engrenagem psicológica.

O que fazer? Não vi outra solução que ouvir o meu pai espiritual. E aí ouvi, ouvi muito. Não só em conversas pessoais, mas em todas as horas que podia. Ao ler os Seus livros, Suas prédicas no terreiro, em conversas coletivas com vários filhos de santos. Enfim, ouvir, ouvir, ouvir. Num dado momento, percebi que minhas mudanças já começavam a acontecer para melhor "apenas" ouvindo-O.

Depois de um tempo vi que isto não era suficiente. Que Iniciação é esta que só recebe? A Iniciação como claramente colocado pelo Mestre é dialógica. É o diálogo como terapia! Resolvi trabalhar e com a distância que tinha da casa física, iniciei colaborando com o CONUB e visita de terreiros no Rio de Janeiro.

Com o trabalho sempre sério, honesto e sem outros interesses que não a causa espiritual tive a felicidade de ficar mais próximo do Pai Rivas. Neste momento, além de inúmeros assuntos, percebi como comentava muito comigo questões ligadas à Academia. Teologia, Filosofia, Ciências Sociais, lembro-me de várias vezes recorrer aos livros para compreender tecnicamente melhor termos e conceitos que Pai Rivas trabalhava da Medicina. Como sugestão do meu Mestre li Peter Berger, Compêndios de Psicologia, Max Weber, Habermas... Enfim, quando pisquei os olhos lá estava o Mestre orientando a buscar a Academia e, ouvindo-O, aceitei o desafio.

Um ano e meio depois estou com o mestrado conquistado e um projeto de Doutorado que foi fruto direto de Ouvir e Trabalhar com e pelo Mestre. Afinal Ele é o axis mundi, o Ancestral que nos mostra o caminho da paz, a realização Espiritual.

Vamos em frente irmãos planetários! O caminho é maravilhoso e para vencer as dificuldade, na maioria das vezes internas, precisamos deixar as vozes do submundo de lado (ego, vaidade, inveja) e trilhar com o nosso pai ou mão de santo que nos abraçou: ouvidndo e trabalhando em consonância com a Raiz.

Ps: Uma vez a Umbanda sendo a nossa engranagem psicológica, meu relato-vivência não poderia findar sem antes comentar como também fui beneficiado material, familiar, pessoal... Com axé renovado, ampliado, enfim sempre restituído pelas mãos do Mestre. Afinal, somos seres biopiscossociais.



Aranauan, Saravá!
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Filho de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto com fotos "...Mais do que Teólogos, agentes paradigmáticos de mudanças..."

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos mais um texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":


...Mais do que Teólogos, agentes paradigmáticos de mudanças...

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia. 

Para conhecê-las, acesse: http://sacerdotemedico.blogspot.com/

Aranauan, Saravá Fraternal,
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

FTU fomentando pesquisa acadêmica!

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

Ontem escrevemos um pouco sobre a abrangência da atuação das Religiões Afro-brasileiras ou Umbanda nos vários setores da sociedade civil. Demos um destaque especial para a Educação, uma vez que ela é a base para uma transformação espiritual e social verdadeira.

Comentamos como pelo advento da FTU (Faculdade de Teologia Umbandista) deixamos de ser apenas "objeto" de estudo acadêmico e passamos a construir e disseminar conteúdo espiritualizante que não está em desacordo com a Ciência. Pelo contrário, dialoga serenamente e com propriedade seja o interlocutor filósofo, cientista, artista ou religioso das mais diversas orientações de fé.

 

Apesar de não ser aluno da FTU, minha pesquisa foi e está sendo amplamente influenciada por ela. Em minha dissertação de Mestrado no campo de concentração filosófico da Ética, trabalhei o tema "CIDADÃO RELIGIOSO E CIDADÃO SECULAR: UMA POSSIBILIDADE DE DIÁLOGO NA ESFERA PÚBLICA EM HABERMAS" refletindo suas premissas de cunho ético e as contribuições da teoria da justiça em Habermas e nos inúmeros filósofos com que ele trabalha para verificar a possibilidade de um profícuo diálogo entre cidadãos com ou sem orientação religiosa que visam o bem comum.

 

Habermas, por ser europeu, pegou toda a contribuição oferecida pela ciência, pelas religiões do livro e demonstrou a possibilidade de uma empatia solidária entre estes cidadãos. Os cidadãos independente de sua cosmovisão podem se colocar numa postura de aprendizagem complementar em relação ao Outro.

Como pesquisador brasileiro, busquei alguma referência autóctone para demonstrar a universalidade deste processo de aprendizagem intersubjetiva . Foi na teologia umbandista, mais precisamente partindo do pensamento de F. Rivas Neto e a consolidação da FTU, que consegui respostas sólidas e consistentes. Mesmo com todo o preconceito arraigado no imaginário popular sobre a nossa condição de ignorância e exclusão social, possuímos condições teórica-práticas de ter uma faculdade regularizada pelo MEC(Ministério da Educação).

A teologia umbandista consegue decodificar e traduzir as várias linguagens, inclusive criando um discurso calcado na lógica e bom senso que é perfeitamente compreensível até pelos mais ferrenhos ateus. Afinal somos pela convergência e não pela concorrência. Estes achados me renderam uma aprovação com louvor, considerando que um dos membros da banca e meu orientador foi o prof. Flávio Beno Siebeneichler. Ele é um dos maiores especialistas de Habermas na língua portuguesa que traduziu as suas obras mais importantes pela Tempo Brasileiro.

 

Já na pesquisa de Doutorado meu projeto de tese aprovado na PUC-SP e UFJF, dois dos três programas com melhor conceito na CAPES, carrega a temática da teologia umbandista como mediadora dialógica entre o cidadão religioso afro-brasileiro e a sociedade civil como um todo. Buscando compreender melhor o aspecto identitário-teológico do umbandista ou religioso afro-brasileiro, vamos estudar como sua teologia que é de síntese consegue contribuir decisivamente para que o povo do santo possua mais espaço na esfera pública, não só sendo influenciado, mas principalmente influenciando a coletividade com idéias inteligentes e espiritualizadas de se bem viver, como diria Pai Rivas.

Foi assim que entrei no programa de Doutorado em Ciências da Religião da PUC-SP. Recebendo uma contribuição decisiva do projeto paradigmático que representa a FTU. Venha cursar a faculdade, seja um teólogo com ênfase nas religiões Afro-brasileiras!

 

Processo Seletivo 2011

Inscrições 

10 de nov. de 2010 a 17 de dez. de 2010
03 de jan. de 2011 a 10 de fev. de 2011
Horário: 16h às 20h 

Provas 

12 e 13 de fev. de 2011
Horário: 13h às 17h 

Matrícula

14 a 15 de fev. de 2011  

Início das aulas

16 de fev. de 2011

Informações

(55 11) 5031-8852
faculdade@ftu.edu.br

 


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A contribuição da FTU e da Teologia do Santo para a Academia

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

Estamos chegando ao fim de mais um ciclo. Aliás, sui generis. Estamos no último ano da primeira década do século XXI. Ao longo de toda a sua história as Religiões Afro-brasileiras ou Umbanda atravessaram as mais diferentes situações. Criticada, perseguida, criminalizada, porém sempre livre e atuante em todos os setores da sociedade civil. Isto se deve à sua eficiente propedêutica: curar o homem de forma integral, ou seja, nos aspectos biopsicossociais – como diria Pai Rivas.

Na educação este processo não poderia ser diferente. Sempre que a Academia oficial se interessava pelo povo do santo, nossas portas estavam e estão abertas. Não podemos deixar de admitir a realidade, registrando que na maioria das vezes fomos vítimas de algum processo de exclusão. Seja por motivos de saúde (taxados como "loucos"), sociais (não somos puros, gostamos do sincretismo), culturais (somos "baixo" espiritismo), econômicos (crendices populares oriundas da comunidade de baixa renda) e até mesmo étnicos (ora sofremos "empretecimento", ora "embranquecimento").

É bem verdade que religiosos afro-brasileiros e de outros setores adentraram a academia e dentro do que era possível, considerando toda a perseguição ideológica e preconceito arraigado no imaginário brasileiro, trabalharam de alguma forma para diminuir este processo. Todavia, o passo mais importante, diria decisivo, foi o advento da Faculdade de Teologia Umbandista (FTU) em 2003 que inseriu definitivamente as Religiões Afro-brasileiras para não só ser objeto de estudo, mas, principalmente, fomentar discussões relevantes para a nossa comunidade planetária.

Não posso negar o papel que F. Rivas Neto, meu pai espiritual, teve neste processo. Como fundador da FTU, sempre foi e é um entusiasta do diálogo com todas as áreas da gnose humana. Eu mesmo sou prova viva disto, pois iniciei meus estudos acadêmicos na Administração Industrial e depois do (re)encontro com meu Mestre, fui inserido gradativamente por Ele nas questões teológicas, religiosas e, porque não, filosóficas.

Isto culminou com meu ingresso no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UGF-RJ, o qual fui aprovado com bolsa no ano passado. Fui titulado Mestre este ano e minha dissertação trabalhou justamente o diálogo entre cidadãos religiosos e seculares, que como os irmãos podem constatar, foi algo aprendido nas religiões Afro-brasileiras, no terreiro, com meu Mestre e os Ancestrais Ilustres. Não obstante ao exposto, este ano participei do processo seletivo da PUC-SP e da UFJF em Ciências da Religião – nível Doutorado. Graças ao meu esforço pessoal, às bênçãos do Astral e principalmente vivência com Pai Rivas, ouvindo-O e aprendendo por meio do trabalho meu projeto foi aprovado nas duas Instituições.

Hoje, com 27 anos, estou doutorando em Ciências da Religião pela PUC-SP e sinceramente tenho uma satisfação enorme em escrever estas palavras. Não pelo ego e a vaidade, algo que meu Mestre ensina-me pelo seu próprio exemplo a neutralizar; mas por ser um acadêmico que surgiu literalmente do santo. Meu discurso religioso só foi aceito na Academia, pois me baseio na Tradição das Religiões Afro-brasileiras que não possuem erros científicos. Pelo contrário, têm grandes contribuições para ofertar à sociedade acadêmica.

Por este motivo agradeço a todos os umbandistas/afro-brasileiros que participam dos fóruns na internet por permitirem discussões profícuas, ao povo do santo que mantenho relacionamento dentro do Brasil (em todos os estados) e fora dele em várias regiões do planeta por meio da aproximação que a FTU promoveu com diálogo. Agradeço aos meus verdadeiros irmãos de santé nos vários graus que ocupam, pois estão firmes em sua senda iniciática.

Agradeço ao Astral pela cobertura direta e não poderia deixar de finalizar este relato-vivência sem agradecer especialmente ao Pai Rivas que por conta da pluralidade também é conhecido como Mestre Arhapiagha, Ifatosh'ogun (O sacerdote de Ifá que tem o poder de curar), Prof. F. Rivas Neto. Enfim, vários nomes que expressam a Unidade na Diversidade. O senhor demonstra que precisamos Saber, Fazer, Viver e Ser.

Certamente seu filho está no início da caminhada, mas o que conquistei deve-se essencialmente a confiança transmitida, a paciência e a Sabedoria do senhor. Obrigado por me mostrar que de nada adianta os louros, os títulos, se o conteúdo é oco. Não adianta estar na academia pela academia, estamos na academia para de alguma forma espiritualizá-la. É esta a tarefa que iniciei no mestrado e o seu discípulo pede agô para aprofundar no doutorado. Ashé Babá Mi!


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Um terreiro limpo física e espiritualmente

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

 

Divulgamos com certa frequência as atividades templárias da Faculdade de Teologia Umbandista (FTU) e fotos são divulgadas algumas vezes também. A higiene astral e principalmente física é marca registrada. Além disto, não podemos negar que as dimensões do salão ritualístico são maiores do que muitos templos igualmente poderosos na distribuição de Axé.


temploFTU.jpg

Sinceramente nunca nos importamos em comparar o tamanho do templo da FTU com qualquer outro, muito menos fazemos testes de "qualidade" nos terreiros para saber o quão limpo eles são... Mas, pelo incrível que isto pode parecer, existem indivíduos que nos rotulam de elitistas por estas características. Como se um terreiro fosse terreiro apenas se for sujo e pequeno.

Verdadeiramente sujo, temos convicção, nenhum terreiro sério o é. Se realizamos tantos procedimentos de higiene astral (defumações, cânticos, orações, danças ritualísticas...), certamente a higiene física é condição importantíssima para uma melhor recepção das vibrações de Aruanda. De igual forma os terreiros possuem dimensões físicas das mais variadas e o que importa, de fato, é o atendimento espiritual emergencial e estrutural que seus médiuns e dirigentes realizam. E tenham certeza meus irmãos: mesmo possuindo um espaço razoável o templo da FTU sempre fica lotado. Além disso, normalmente recebe a ilustre presença de dezenas de pais e mães espirituais de várias Escolas das Religiões Afro-brasileiras.


Além disto, pasmem, comentam dos nossos elementos rito-litúrgicos, imagens, guias, entre outros. Gostaríamos de esclarecer que Pai Rivas, Mestre Raiz da nossa casa Espiritual, e os Ancestrais que O acobertam projetam as idéias sobre os objetos ritualísticos, os artesãos do templo os confeccionam manualmente e nosso pai os consagra de acordo com a tradição umbandista/afro-brasileira.

Claro que não estamos interessados em dar estes esclarecimentos aos que nos criticam por criticar. Eles fugiram e ainda fogem do diálogo e não temos, sinceramente, tempo para perder. Nosso interesse é divulgar estas informações para quem está tomando contato inicial com a faculdade ou, sinceramente, possuía dúvidas construtivas sobre esta verdadeira conquista coletiva que é a faculdade.

 

Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Luis Nassif publica notícia sobre os primeiros Teólogos Umabandistas

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários!

 


Segue o link, vejam, comentem e compartilhem! 

Os primeiros teólogos umbandistas

Enviado por luisnassif, sex, 10/12/2010 - 10:49



Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto com vídeo "Ancestrais Divinos e Humanos nas Religiões Afro-brasileiras"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos mais um texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":



As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia. 

Para conhecê-las, acesse: http://sacerdotemedico.blogspot.com/

Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)