quinta-feira, 30 de junho de 2011

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica "Manifesto dos filhos de santo de Pai Rivas – Sobre a Iniciação"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos texto publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":
 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Aprendendo com o Mestre: vida templária nas Religiões Afro-brasileiras

Aranauan, Saravá, Axé!


Ufa! Uau! Acabo de sair do rito conduzido pelo Pai Rivas e deparo com o vídeo que faz parte da publicação 159 do Blog Espiritualidade e Ciência: "Pais e Mães de Santo - Os Bastiões da Tradição Oral" disponível também no canal do Youtube por meio deste endereço eletrônico: http://www.youtube.com/pairivas#p/u/0/FbTYwrnVtoA. O material é imperdível e nos estimularam a refletir sobre muitos pontos importantes que discutiremos aqui, principalmente para nós que vivenciamos o Sagrado no terreiro e não à distância com palavras vazias.

Nossa tradição não está em um livro ou qualquer outro elemento estático de aprendizado, ela é, se renova e se reatualiza na Raiz, na Linhagem a qual nos filiamos por dentro de suas várias Escolas fundamentada na oralidade. Logo, a Tradição está no Sacerdote. Está não, é o Sacerdote. Sim, meus irmãos é por meio de nosso Ancestral encarnado – o pai ou mãe espiritual – que a Iniciação se dá. Claro que esta relação com o Sagrado não se restringe a um método único, mas, independente do escolhido, o Mestre (Sacerdote) é fundamental para viabilizar o êxito da empreitada do Discípulo (Filho de Santé).


O Sacerdote de fato e de direito, portanto consumado, é um vencedor. Não só por carregar toda a valência da sua Raiz e mantê-la viva nos dias atuais, mas também pela paciência e sabedoria que possui para lidar com as situações mais complicadas possíveis. Por exemplo, o fato de muitos discípulos permanecerem ao lado de um Mestre apenas para alcançar literalmente o título de "mestre". Afirmo literalmente, pois a responsabilidade e os frutos que esta condição do real mestrado exigem são deixados de lado.


Mais uma vez com as suas armas poderesas (Sabedoria e Paciência) os pais e mães espirituais ao longo dos anos aceitam vários discípulos em seus diferentes ângulos de interpretação e capacidade de realização para gradativamente abrir as portas da Iniciação, em última análise as portas do próprio Eu interior, a Espiritualidade inerente a todo ser humano, lembrando as palavras do Pai Rivas.


Pois bem, muitos não conseguem mal subir os primeiros degraus, outros avançam e uma minoria consegue alcançar estágios mais profundos de percepção da realidade em suas várias dimensões. Aqui novamente lembramos as palavras do Pai Rivas sobre oralidade. A Iniciação nas Religiões Afro-brasileiras não está em um livro ou elementos engessados, logo a Iniciação é eternamente presente.

Sendo assim, não existem ex-Iniciados. Ou o individuo é e, portanto, estará cada vez mais se aprofundando na iniciação ou não é. Neste último caso, surgem basicamente duas causas: ignorância para compreender este caminho rumo à Espiritualidade ou vaidade de não suportar o peso da responsabilidade de servir diuturnamente ao Astral Superior.

A Iniciação não está em alguns setores da vida de um indivíduo, mas está em todos. De igual forma, as Religiões Afro-brasileiras atuam em todas as instâncias do espírito formando uma grande e verdadeira família espiritual. Não é à toa a denominação, pai, mãe, avô, avó, filho, neto de santo. Um sacerdote consumado está preocupado com a grande família planetária dos dois lados: o mundo dos vivos e dos mais vivos. Não privilegia o parentesco consanguíneo em relação ao terreiro ou vice-versa o que denotaria despreparo e egocentrismo em ambos os casos para alguém que carrega e é a própria Tradição. Logo, valoriza e procura auxiliar a todos indistintamente.


Pai Rivas lembra o exemplo oferecido por monges de determinadas religiões do Oriente que optaram desde seus 3 ou 4 anos de idade se dedicarem de corpo e alma ao monastério para servir a humanidade. O Mestre verdadeiro faz analogamente a mesma coisa e no caso das Religiões Afro-brasileiras com agravante de conciliar sua vida material, social e sobrenatural sofrendo todos os preconceitos que existem em uma sociedade que desdenha da oralidade. Caso do Ocidente.


Sendo assim, fica fácil compreender a postura de algumas pessoas que passam ou ainda estão em uma casa de Iniciação por misericórdia e não compreendem a função, a responsabilidade do Mestre. Os que não passaram por uma linhagem tornam-se invariavelmente sem raiz. Os que chegaram a serem aceitos, mas rolaram os degraus da iniciação, são desenraizados.

Falta maturidade espiritual para encarar a realidade, aceitando sua atual condição e a possibilidade de penetrar na senda iniciática com um Mestre. Muitos até podem possuir belas palavras para dissertar sobre isto ou aquilo do mundo, mas aí a lucidez espiritual nos chama novamente à realidade e pergunta: Onde está a prática? E a vivência? E, principalmente, os frutos que um trabalho sério sempre oferece? Cala-te ao profano, diria o Mestre...


Nesta hora vem o duro e necessário silêncio, pois o velho e bom adágio nos recorda que um bom Mestre foi um bom Discípulo. Este aforismo, transmitido por tantas gerações pela Oralidade é um dos mais simples e básicos fundamentos da Iniciação, porém até hoje se faz necessário evocá-lo por ser muito reproduzido mas pouco compreendido. Pai Rivas nos conta no vídeo sobre o processo de respeito ao seu mais Velho e exemplifica o tempo que aguardou para reatualizar os fundamentos da Escola Esotérica, da qual foi consumado sucessor e detentor da Raiz, mesmo após a morte física do meu avô de santo, W. W. da Matta e Silva.


Pai Rivas pode vir a público na rede mundial de computadores afirmar, porque vivenciou, foi e É. Quanto aos desenraizados que sempre sonharam, mas nunca concretizaram, o que dizer? Nada. Se quando estiveram por vários anos com um Mestre de fato e de direito não compreenderam aspectos mais básicos da Espiritualidade, agora vão? Impossível. Quem sabe com o passar do tempo (muito tempo?) voltem à senda iniciática para retomar a lição básica? Mas novamente a figura do Mestre será fundamental. Aí...

Agradeço ao Pai Rivas pelo vídeo que sinceramente marcou minha alma de forma positiva. Com o senhor aprendi e aprendo o que é uma Linhagem, uma Raiz, o respeito incondicional à humanidade independente dos laços consanguíneos. Aprendi com o Senhor não apenas pelo que me conta, mas pelo Exemplo vivo que o Senhor sempre é. Aliás, foi mais uma vez agora mesmo na vivência do rito.


É nesta simplicidade com honestidade e profundidade, sem demagogia ou elitismo que se processa a Iniciação nas Religiões Afro-brasileiras.



Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica vídeo "Pais e Mães de Santo - Os Bastiões da Tradição Oral"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

Pais e Mães de Santo - Os Bastiões da Tradição Oral

Continua em: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto+vídeo "Toque da Jurema - A cura em várias dimensões"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos texto+vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":


Toque da Jurema - A cura em várias dimensões

Leia o resumo:

O Toque de Jurema (Encantarias – Encantados) é um culto público com fins propiciatórios à (1) cura, (2) resolver problemas vários do cotidiano, (3) amor e, finalmente, (4) problemas espirituais vários.

O Culto à Jurema tem na adaptação do homem aos três ambientes: natural, social e sobrenatural a forma de encontrar a estabilidade, a harmonia e o equilíbrio.

A quebra desse equilíbrio (dos três ambientes) pode desencadear vários óbices, inclusive a deflagração de agressão mística – demandas, ataques mágicos ou berundangas - responsável por infortúnios espirituais tais como "vida amarrada" e perturbação espiritual na dimensão afetiva promovendo o insucesso no amor e as maiores dificuldades no aspecto econômico-financeiro. Finalmente, os problemas mais ou menos graves de saúde mental ou somática.

Palavras-chave: Cura, Fumaçadas, Marca, Mestres, Toque da Jurema.




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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Desdobramentos da publicação do Blog Espiritualidade e Ciência

Aranauan, Saravá, Axé!

Acompanhando o twitter do Pai Rivas (http://twitter.com/rivasneto), soubemos da sequência de importantes comentários registrados na última publicação do Blog "Espiritualidade e Ciência" que podem ser acessados por meio deste link: http://sacerdotemedico.blogspot.com/2011/06/religioes-afro-brasileiras-salve-salve.html#comments

O tema é delicado, porém sua formação sacerdotal permitiu uma resposta tranquila, serena, porém não menos objetiva e profunda. Gostaríamos de discutir seu teor com todos os internautas.

Tendo em vista a publicação que mostrou fotos do Culto aos Encantados conduzido pelo Mestre Arhapiagha, o leitor Alexandre parabeniza as mesmas e o trabalho desenvolvido no Blog. Na sequência, comenta um fato que não podemos olvidar. Desde que Pai Rivas começou a demonstrar a diversidade das Religiões Afro-brasileiras de forma teórica e prática na internet, temos observado uma profusão de iniciativas que imitam, ou melhor, tentam imitá-lo. Contudo, continua ele, esta "imitação" não consegue a alcançar o aspecto mediúnico, ou seja, o fundamento propriamente dito. Diante deste cenário, Alexandre pergunta a opinião do autor do Blog.

Como já adiantamos, Pai Rivas responde com clareza. Comenta o fato de muitas pessoas iniciantes optarem por fazer uso deste expediente. Respeita a posição e atitude de todos incondicionalmente. Porém, considerando o trabalho sacerdotal com mais de quatro décadas, tudo que expressa foi obtido dentro do terreiro, ritualizando, vivenciando com os Ancestrais Ilustres e seus Mestres encarnados que O iniciaram. Logo, o fundamento só pode ser aprendido e transmitido por quem possui esta vivência.


Fica claro que expor o rico material de terreiro por uma casa de iniciação conduzida por um Mestre só dignifica as Religiões Afro-brasileiras. Quanto conhecer o fundamento, o "orô", à distância ou deturpar a tradição, podemos ficar tranquilos. Só o sabe quem recebeu Iniciação e na Tradição Oral das Religiões Afro-brasileiras Ela só é possível por meio das mãos cheias de um sacerdote de fato e de direito dentro do terreiro.

E deixa a Gira girar!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto+fotos "Religiões Afro-brasileiras: Salve, Salve a Jurema! Culto aos Encantados"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos texto+vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":
 

Leia um trecho:


Num ambiente descontraído, de muita energia positiva e felicidades foi celebrado mais um toque de Jurema-Encantaria de Mestre Canindé, no Centro de Cultura Viva das Tradições Afro-brasileiras.

Vários Mestres, como é da Tradição da Encantaria, acostados juntos com os príncipes e princesas (índios, curadores e feiticeiros) acompanhados de outras "famílias" da Jurema e de vários cultos das religiões afro-brasileiras.

A celebração pública foi prestigiada por um número grande de sacerdotes de vários rincões do Estado de São Paulo, de diversas religiões afro-brasileiras. Muitos admiradores das "Mesas" de Mestre Canindé e do povo da Turquia lá compareceram e foram beneficiados com o Toque e com as prosas e consultas de Mestre Canindé, Rei da Turquia acostados em Mestre Arhapiagha.

Continua em: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com


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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Informações sobre o Livro Exu - O Grande Arcano

Aranauan, Saravá, Axé!
 
Acabamos de ler no twitter do Pai Rivas (http://twitter.com/pairivas) sobre como adquirir o livro "Exu - O Grande Arcano".
 
A obra já está sendo disponibilizada nas grandes livrarias, mas quem quiser pode entrar diretamente em contato com o autor por meio do twitter em formato "direct messages". O livro além de um conteúdo religioso e teológico de profundidade, está com um acabamento maravilhoso. Vale a pena!

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto+vídeo "Orixá é dono da cabeça - Senhor do inconsciente"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos texto+vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

Leia o resumo:

A maior parte da mente é inconsciente. Por intermédio de seu conteúdo influencia a porção consciente; o inconsciente é o ponto chave da atuação do Orixá, influenciando diretamente a consciência do indivíduo, fazendo com que se afirme que o "filho de santo" adquire o comportamento, (arquétipo) de seu Orixá, o que proporciona uma maior capacidade de identificação individual e social com o grupo afim.

Os estudos realizados na FTU e os textos postados no Blog Espiritualidade e Ciência (F. Rivas Neto) tem ampliado e dado margem ao salutar diálogo. Ousou afirmar que o Orixá influencia o indivíduo por intermédio da porção inconsciente, ou seja, o Orixá atua no inconsciente profundo proporcionando o transito para o consciente. O conteúdo por intermédio de rituais de fundamento e atualização do axé é levado ao consciente favorecendo a identidade, fortalecendo a personalidade do indivíduo, e, principalmente, a conexão com seu genitor divino – o Orixá, por intermédio do Ori preparado para tal (Ori Inu).

Palavras-chave: Consciente, FTU, Inconsciente, Ori, Orixá.

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sábado, 18 de junho de 2011

Lançamento da 2ª reimpressão da 4ª edição do livro "Exu - O Grande Arcano"

Aranauan, Saravá, Axé!

Notícias alvissareiras acabam de chegar no twitter do Pai Rivas (http://twitter.com/rivasneto)!

Após o sucesso absoluto do lançamento da 4ª edição do livro "Exu – O Grande Arcano", a primeira reimpressão esgotou rapidamente. Na elaboração da segunda reimpressão, Pai Rivas, por meio da editora Ayom, entrega uma edição especial em conteúdo e forma que vale a pena conhecer.

Algumas fotos foram liberadas em primeira mão pelo Pai Rivas e podem ser acessadas nestes links:

http://twitpic.com/5dkme3

http://twitpic.com/5dkoi3

http://twitpic.com/5dkpg0

Durante a semana traremos maiores informações. Eu já adquiri o meu exemplar e é realmente maravilhoso o conteúdo aditado à obra clássica e o formato do livro. Literalmente, é o Livro da Capa Preta!



Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Blog Espiritualidade e Ciência publica vídeo "HOMENAGEM AO PAI JOSÉ FLAVIO - UM GRANDE BALUARTE DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":
 

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto+vídeo "Aspectos teológicos do fundamento Axé-Ori-Bara"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos texto+vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

 
Leia o resumo:

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As Religiões Afro-brasileiras são "formuladas" por intermédio da Tradição Oral, não por incapacidade ou falta de tecnologia, mas por entender que o conceito doutrinário, sua raiz se forma na mente em primeira instância, depois se consolida em linguagem escrita, obrigatoriamente transitando antes pela oralidade (... e no início era o Verbo, a oralidade).

Ao optar pela oralidade as Religiões Afro-brasileiras sinalizam que seus fundamentos são abertos, condizentes com os avanços espirituais do próprio ser humano.

A Tradição, sua constante é a contínua mudança, se não em seus aspectos estruturais, de cunho espiritual, todavia todo o mais é adaptável; permite releituras e ressignificados.

Palavras-chave: Axé-Ori-Bara, Faculdade de Teologia Umbandista, fundamentos, Teologia, Tradição Oral


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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Não somos cultura de periferia!

Aranauan, Saravá, Axé!

São tantas as informações importantes para as Religiões Afro-brasileiras. Isto é maravilhoso! Com esta imensa e representativa quantidade de boas notícias, não comentamos um vídeo que para mim será paradigmático nas discussões sobre a nossa religião. Trata-se do vídeo: Religiões Afro-brasileiras: cultura de periferia é manutenção da miséria publicado no blog "Espiritualidade e Ciência" (http://espiritualidadeciencia.wordpress.com) e que está também disponível no canal do Youtube do Pai Rivas – http://www.youtube.com/pairivas#p/u/0/mxfkLC-jV-8.

Com a simplicidade e profundidade que é peculiar ao Pai Rivas, temas críticos são abordados de forma transdisciplinar observando os impactos na sociedade a partir de dicotomias dos aspectos mais abstratos aos mais concretos criadas pelas religiões tradicionais e apropriações modernistas de religiões mais recentes .

Uma destas dicotomias foi posicionar de um lado uma minoria de "privilegiados" como cultura de centro e do outro, permitam-me a redundância, uma enorme e avassaladora maioria como cultura de periferia. Claro está que as Religiões Afro-brasileiras foram e infelizmente ainda são taxadas como cultura de periferia, ou seja, estariam excluídas do centro irradiador de poder e decisão da nossa sociedade.

Afirmo estariam, pois elas de fato não estão mais. Com o advento da FTU (Faculdade de Teologia Umbandista), primeira instituição de ensino superior confessional do povo do santo e que foi autorizado e credenciado pelo MEC (Ministério da Educação) para formar bacharéis em teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras, ocupamos um espaço importante neste centro de poder. Não foi um processo de inclusão superficial, pois a porta de entrada escolhida pelo Astral e concretizada pelo Pai Rivas ao fundar a faculdade foi a Educação e, uma vez nela, a Teologia.

Percebam meus irmãos que a FTU não surgiu para criar uma linguagem própria, etnocêntrica das Religiões Afro-brasileiras reproduzindo uma lógica do opressor/oprimido. Pelo contrário, ela nasce para dar condições do adepto da nossa religião expressar sua cosmovisão, sua visão de mundo, respeitando a diversidade inerente e igualmente importante para as Religiões Afro-brasileiras neste centro de poder.

Ou seja, como diz Pai Rivas, oscilando entre a periferia e o centro, a FTU carrega para o centro todos os excluídos. E o que antes era uma dicotomia entre cultura de centro e cultura de periferia, na religião em primeira instância e em todos os setores de forma gradativa, se transforma em cultura de todos, sem privilegiados ou excluídos.

Muitos outros pontos poderiam ser discutidos aqui. Porém, gostaria de convidar o irmão planetário para assistir o vídeo e gradativamente dialogarmos sobre o exposto. Vamos conversando!



Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A poderosa botica do Curandeiro


Aranauan, Saravá, Axé!
Ontem participei de uma maravilhosa gira de Caboclo e Preto-velho nas dependências da FTU (Faculdade de Teologia Umbandista). Falar sobre o quão feliz me sinto em pisar no terreiro, receber as bênçãos do meu Pai Espiritual e destes Ancestrais Ilustres seria igualmente maravilhoso, mas gostaria de comentar sobre algo que me pegou de surpresa, em sentido positivo.
Refiro-me à "botica" do curandeiro! Nome carinhoso dado pelo Pai Rivas agora há pouco em seu twitter (http://twitter.com/rivasneto) e que expressa a diversidade de ervas utilizadas nas Religiões Afro-brasileiras para cura em aspectos naturais, sobrenaturais e sociais. Mais do que isto, pude ter o prazer de conversar com Pai Rivas sobre o tema e ouvi ideias profundas que compartilharei com todos.
Pai Rivas disponibilizou na tenda em frente ao santuário da faculdade 256 ervas que possuem poderosas propriedades medicinais e sacerdotais de cura. Afirmamos medicinais, pois o próprio Pai Rivas lembra que a fitoterapia é um ramo acadêmico que se especializou na utilização das ervas para fins terapêuticos.
Aprofundando a conversa, Pai Rivas nos explica que associou estas 256 ervas com os Orixás e que elas, por serem o próprio axé vegetal, permitem a Cura Universal, na justa medida que o liga a si e ao seu Orixá, ao seu Olori. Claro que este Axé só possui este poder quando bem trabalhado no indivíduo, tanto no seu Ori como no Bará, por um sacerdote ou curandeiro que conhece o fundamento.
Esta Cura Universal é possível, pois esta visão sacerdotal de Pai Rivas encara a medicina oficial e a terapia das Religiões Afro-brasileiras como complementares, tratando o ser humano como uma unidade biopsicossocial que precisa manter sua saúde nos quatro espaços fundamentais: espiritual, amoroso, físico e material.
Cada dia que piso no terreiro e me atento ao exemplo vivo que é meu Pai, percebo a importância de assumirmos nosso estilo de vida, o estilo de vida do santo. Temos uma visão não convencional do mundo e ela permite pensar, entre outras coisas, a saúde como algo integral. Dos aspectos mais abstratos aos concretos sem solução de continuidade.
Voltando a botica, ao final do rito elas já estavam esgotadas. Contudo, certamente no próximo rito chegarei mais cedo para ter acesso às ervas cultivadas e despertadas espiritualmente por meios sacerdotais, uma verdadeira expressão da cura universal em síntese.

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Blog Espiritualidade e Ciência publica vídeo "Religiões Afro-brasileiras: cultura de periferia é manutenção da miséria"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":
 

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