Entidades das Religiões Afro-brasileiras: um olhar sobre estados "prisionais" e marginalização
Em nossa última publicação comentamos sobre o enredo do ritual de exu que será com Odé, senhor da caça, provedor e protetor da família. Este ano dramatizaremos um dos mitos e o vincularemos ao Orixá de Exu. Se Odé foi capaz de vencer o poder maligno do passáro das feiticeiras, Exu vem com sua valência mostrar a força, axé e destino em ação. Daí o nome do ritual Exu: Guardião do Destino, Vencedor da Morte.
Recentemente, estive conversando com uma de minhas filhas que está inserida no meio acadêmico sobre uma de suas aulas no Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais. A aula versava sobre sistema prisional, exclusão e desigualdade social. Segundo ela mesma me contou, uma série de teorias e debates de autores estavam sendo articulados por mais de 20 pessoas na ocasião. Todos aparentemente muito engajados no "problema" colocado. Minha filha, como não poderia ser diferente, começou a se questionar sobre a verdadeira eficácia da discussão, já que muitos dos que lá se encontravam jamais pisaram sequer em um colégio público. O debate que parecia caloroso ficava em âmbito das paredes da sala de aula porque do ponto de vista prático, nenhuma das pessoas parecia engajar-se com a proposta para além de uma disciplina de pós-graduação. Com este comentário de minha filha, logo fiz minhas associações com as religiões afro-brasileiras e, especialmente, com os exus, os quais em breve estaremos louvando (26 de outubro).
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