domingo, 14 de junho de 2009

Identidade Umbandista e seus efeitos sociais


A identidade umbandista é construída pelas inúmeras influências de tradições e culturas existentes em praticamente todos os pontos do nosso orbe. Não é por menos que a Umbanda é tida como Matriz Religiosa Brasileira, onde seu povo pelos diversos processos de miscigenação representa a síntese do nosso planeta.

Isso é totalmente diferente de utilizar outras religiões como padrão para a nossa. Procuraram imitar o catolicismo por muito tempo, simplesmente adotando algumas de suas práticas. Depois, imitaram o Espiritismo criando falsas necessidades de codificação da nossa religião. Agora querem imitar os Neopentecostais, colocando como salvação a adoção de suas práticas no meio político e econômico.

Dito de outra forma, o umbandista é influenciado a reproduzir soluções de outras religiões dentro de sua comunidade. Ao utilizar soluções próprias da Umbanda, no entanto, é taxada de importar conceitos. Veja como invertem o papel da Umbanda para a humanidade.

Por que classificar a estrutura Umbandista como um prédio sem síndico ou como amontoado de misturas? A Umbanda não é exótica, mas heróica por ser um instrumento importante de renovação da sociedade. A FTU é um exemplo vivo e emblemático desta transformação.

A FTU representa um avanço, uma mudança de patamar, para todos nós umbandistas. Com Ela, a Umbanda demonstrou a importância que dá para a Educação e como Ela pode colaborar com a diminuição das desigualdades religiosas, culturais, sociais, políticas e econômicas.

Podemos afirmar isto ao analisar a realização do I Congresso de Umbanda do Século XXI em suas dependências no ano passado. Acadêmicos e Sacerdotes de todos os cantos do país foram para dentro do terreiro produzir e ouvir conteúdo de peso sobre a Umbanda em aspectos acadêmicos e religiosos que socializam o conhecimento e reconhecem no Homem a solução para os problemas sociais.

Infelizmente muitos criticaram a FTU simplesmente por despeito ou por não terem eles construído a idéia. A visão corporativista já é considera anacrônica para o movimento umbandista, pois as Escolas de Umbanda estão cônscias a cada dia que passa da importância de dialogar e construir meios que dignifiquem a Totalidade de Escolas, respeitando a especificidade de cada Uma. Haja vista que felizmente observamos nas listas de discussão na internet irmãos que criticavam esta aproximação da Umbanda com a Academia através da FTU, reproduzirem textos acadêmicos.

A Umbanda respeita todas as religiões e, por isso mesmo, não se arvora em criticar pejorativamente nenhuma delas. Seus valores são fortes o suficiente para não imitarmos os outros segmentos religiosos. Lembremos que a Igreja Católica e Protestantismo, por exemplo, não acreditam na Reencarnação. Logo, suas abordagens no campo religioso e político são de certa forma justificáveis. O movimento umbandista é essencialmente reencarnacionista e desenvolve caminhos mais abrangentes na solução dos problemas de ordem espiritual e social.

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