Nada de morte, só vida!
Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
Blog voltado para exposição de idéias sobre o movimento umbandista e sua influência na sociedade.
O conceito simplificado colocado à discussão é corrente na maioria das religiões afro-brasileiras, principalmente na Umbanda Traçada, Candomblé de Caboclo, e outros cultos deles derivados.
Acredita-se que a Essência só se manifesta, tem existência efetiva, quando em contato com a Substância. Portanto, a Substância (matéria/energia) permite a Existência da Essência (Espírito).
Prosseguindo o conceito, afirma-se que o corpo (Substância) só é vivo quando respira, tem vida, ou seja, o corpo (Ará) manifesta a alma, o sopro vital (Emi). Disto conclui-se que corpo e alma são princípios de realidades diferentes. Sim, a alma (Emi) se faz presente no mundo físico (aye), sendo sua origem, todavia, no orun (mundo sobrenatural).
Palavras-chave: Axé, Ayê, Existência, Orun, Religiões Afro-brasileiras
Continua em: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com
Aranauan, Saravá, Axé!
Gostaria de encaminhar as palavras da minha irmã Yacyrê sobre o trabalho desenvolvido por ela e os agradecimentos que externa ao seu Pai Espiritual, demonstrando de forma inequívoca o que é ser filho de Orixá.Mais uma vez, Yacyrê, parabéns. Você, sem se esconder, vive o estilo de vida do povo do santo.
Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: yacyre yacyre <yacyre.yacyre@gmail.com>
Data: 26 de maio de 2011 23:41
Assunto: Re: [apometria_umbanda] Uma vitória das Religiões Afro-brasileiras que marcou história...
Para: apometria_umbanda@yahoogrupos.com.br
Aranauan, saravá e axé.
Agradeço as palavras de meu irmão Yabauara que acompanhou passo a
passo do meu ingresso no Programa de Mestrado em Ciências Humanas e
Sociais da UFABC. Obrigada pelos momentos de discussão que travamos,
sempre muito enriquecedores.
Porém permita-me deixar registrados agradecimentos maiores, em função
de sua vital importância para que eu tivesse essa conquista. Falo
especificamente de minha formação espiritual, como discípula há 15
anos de Pai Rivas (Mestre Arhapiagha) na Ordem Iniciática do Cruzeiro
Divino. Com os ensinamentos vivenciados (não retóricos) de meu Mestre
adentrei em perspectivas muito maiores quanto à iniciação que se
refletem em nossa prática diária e que não se encerram nunca, aliás,
estamos apenas no início de uma longa jornada, a qual compartilho com
muitos outros irmãos de santé, mais de 500 espalhados pelo Brasil.
Agradeço ao meu Mestre por isso. Mas não só por isso.
A Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino me fez encontrar a FTU -
Faculdade de Teologia Umbandista - instituição essa que, embora
legitimada pelo Ministério da Educação e Cultura e reconhecida
amplamente pelo meio acadêmico brasileiro e internacional, ainda não
foi bem compreendida pelos próprios adeptos das religiões
afro-brasileiras. Sabemos que esse é um caminho longo a ser trilhado,
mas pontuo também que muitas das dificuldades se fazem em função do
nosso próprio universo religioso que se constitui originalmente pelas
bases da diversidade mas não aplicada na prática.
Voltando ao intento da minha mensagem, reitero meus agradecimentos
pela minha formação espiritual (da qual me sinto muito honrada e
espero retribuir a ela) mas também de minha formação acadêmica, tendo
como referencial meu bacharelado em Teologia com ênfase nas Religiões
Afro-brasileiras na FTU. Meu percurso espiritual atrelado ao caminho
acadêmico proporcionado pela FTU possibilitaram o ingresso no
mestrado. Meu projeto trata exatamente dessa aproximação e gostaria de
comentar que os examinadores da banca no momento da entrevista ficaram
exultantes com a proposta e citaram a maturidade e inovação da mesma.
Deixei claro que não era uma construção minha, mas uma ideia da FTU
que se concretizou pelos ensinamentos e experiências de seu fundador e
mestre raiz da OICD, Pai Rivas.
Enfim, ao Mestre meus pedidos de bençãos.
E aos meus irmãos umbandistas, do Culto de Nação, Candomblé de
Caboclo, Jurema, Toré, Xambá e muitas outras modalidades das religiões
afro-brasileiras, nós possuimos há muito tempo tradição, mas ela
precisa ser expandida para além de nossos templos, terreiros,
choupanas, roças, a Tradição precisa ir para o mundo, ser ouvida e
respeitada. Isso não significa de maneira alguma levar fundamentos e
erós, mas dar visibilidade e permitir que cada vez mais as Religiões
Afro-Brasileiras estejam em patamar de igualdade com as demais e
mostrem sua contribuição à sociedade.
Axé,
Yacyrê.
Em 25/05/11, Yabauara<yabauara@gmail.com> escreveu:
------------------------------------> Aranauan, Saravá, Axé!
>
> Meus irmãos planetários. Com grande felicidade divulgo as palavras do Pai
> Rivas registradas em seu twitter – http://twitter.com/rivasneto. Na
> oportunidade em questão, foi comentada a entrada da sua filha espiritual
> Yacyrê – teóloga com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras e professora da
> FTU – no programa de Mestrado em Ciências Humanas e Sociais da UFABC
> (Universidade Federal do ABC).
>
> Gostaria de destacar alguns pontos simbólicos desta conquista individual da
> Yacyrê, porém que também é coletiva e espiritual na justa medida em que
> insere ainda mais o povo no santo nos pólos de discussão na esfera pública
> por excelência, ou seja, as universidades públicas.
>
> Primeiro que a nossa irmã de *santé* vem e é do terreiro. Conquistou
> predicados importantes para adentrar o mundo acadêmico graças aos
> ensinamentos de seu Pai Espiritual, seu Mestre que sempre a estimulou por
> meios éticos e verdadeiros. Dentro do terreiro Pai Rivas despertou o
> interesse dela em aprofundar sua iniciação na academia como outra forma de
> concretização do Sagrado e não algo estranho ao mesmo.
>
> Aqui entra o segundo ponto. Por meio deste estímulo anteriormente citado e
> em sendo umbandista ou adepta das Religiões Afro-brasileiras, como queiram,
> entrou na primeira Faculdade de Teologia Umbandista do mundo que oferece um
> curso de bacharelado de Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras.
> No final do ano passado conquistou o diploma da FTU e compôs a primeira
> turma de teólogos das Religiões Afro-brasileiras da história, sendo o mesmo
> diploma emitido pela FTU e chancelado pelo MEC.
>
> Marcado por uma religião cívica que é o Cristianismo, suas dificuldades não
> foram poucas. Como as denominações cristãs utilizam a teologia como parte
> da formação sacerdotal e estes na igreja católica são todos homens e em
> outros setores são a maioria, ela, ao lado de outras aguerridas
> trabalhadoras da nossa religião, também marcou história por ser teólogA.
>
> O último ponto é o curso que a Yacyrê entrou. Um curso multidisciplinar em
> uma instituição de referência no país que é a Federal do ABC. Sua formação
> acadêmica, tenho certeza, permitirá discutir questões humanas, portanto
> sociais, em níveis diferentes e mais profundos do habitual quando contempla
> a visão também desde dentro da Religião. De igual maneira, as contribuições
> que receberá dos nobres professores e discentes de lá serão importantíssimas
> para, em contínua mudança, aprimorarmos o conteúdo oferecido aos alunos da
> FTU.
>
> Finalizando, sem o intuito de encerrar o assunto, Yacyrê: você provou o
> porquê de não sermos cultura de periferia. Não saímos do terreiro de nosso
> Pai para entrar na Academia. Muito pelo contrário, foi por meio das
> orientações Dele, por causa da nossa Tradição Oral e da nossa Raiz que
> nósconseguimos estar hoje pesquisando em instituições de alto nível
> acadêmico. Mas permita dizer que você foi além, pois entrou num curso de
> pós-graduação *stricto senso *portando um diploma confessional das Religiões
> Afro-brasileiras.
>
> Você não escondeu sua condição, você "escancarou" que seu estilo de vida é o
> das Religiões Afro-brasileiras. Minha irmã, talvez nós não tenhamos a exata
> noção da importância desta conquista. Contudo, afirmo com convicção: como
> discípula do Pai Rivas, como adepta das Religiões Afro-brasileiras e
> acadêmica formada em Teologia destas mesmas Religiões Afro-brasileiras, este
> feito é histórico.
> Honrado em ser filho do Pai Rivas e, consequentemente, seu mano de *santé*.
> Orgulhoso por ser adepto das Religiões Afro-brasileiras. Sinceramente, sinto
> a sua vitória como minha também. Afinal, aprendemos com o nosso mais Velho,
> com nosso Mestre que não somos pela concorrência. Nossa ética é a
> interdependência. Não é mesmo?
> Vamos celebrar esta vitória durante o rito de Caboclo na FTU?
>
> Paóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó
>
>
> Aranauan, Saravá Fraternal,
> Yabauara (João Luiz Carneiro)
> Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
>
Umbanda: Uma forma inteligente e espiritualizada de se bem viver
por Pai Rivas
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Aranauan, Saravá, Axé!
Hoje o Blog Espiritualidade e Ciência – http://espiritualidadeciencia.wordpress.com – apresenta o texto com fotos "Candomblé de Caboclo aproximando as Religiões Afro-brasileiras: Dialogando com o Orixá". Esta publicação foi precedida por outras duas igualmente importantes. Na segunda-feira entrou o texto + vídeo "Culto aos Encantados nas Religiões Afro-brasileiras " . E na semana passada foi ao ar o vídeo "O Poder das Ervas nas Religiões Afro-Brasileiras ". São publicações que trabalham vários ângulos das Religiões Afro-brasileiras, ou seja, uma ideia que se manifesta por meio de diversas linguagens, como vaticina Pai Rivas.
Depois de postado texto e vídeo sobre o fundamento dos "Encantados" em suas várias manifestações, faz-se necessário algumas considerações.
As religiões afro-brasileiras se manifestam de formas diferentes nas diversas regiões brasileiras; todas com fator comum, Tradição oral.
A Tradição Oral nas religiões afro-brasileiras, não é falta de tecnologia, habilidade ou competência, mas o método escolhido.
Não se pode estigmatizar determinada religião por ela ser de Tradição Oral, ao contrário, favorecê-la, pois está sempre se ressignificando, propiciando novas leituras que impedem o inconcebível fundamentalismo e a codificação ou engessamento doutrinário-ritualístico.
Aranauan, Saravá, Axé!
Meus irmãos planetários. Com grande felicidade divulgo as palavras do Pai Rivas registradas em seu twitter – http://twitter.com/rivasneto. Na oportunidade em questão, foi comentada a entrada da sua filha espiritual Yacyrê – teóloga com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras e professora da FTU – no programa de Mestrado em Ciências Humanas e Sociais da UFABC (Universidade Federal do ABC).
Gostaria de destacar alguns pontos simbólicos desta conquista individual da Yacyrê, porém que também é coletiva e espiritual na justa medida em que insere ainda mais o povo no santo nos pólos de discussão na esfera pública por excelência, ou seja, as universidades públicas.
Primeiro que a nossa irmã de santé vem e é do terreiro. Conquistou predicados importantes para adentrar o mundo acadêmico graças aos ensinamentos de seu Pai Espiritual, seu Mestre que sempre a estimulou por meios éticos e verdadeiros. Dentro do terreiro Pai Rivas despertou o interesse dela em aprofundar sua iniciação na academia como outra forma de concretização do Sagrado e não algo estranho ao mesmo.
Aqui entra o segundo ponto. Por meio deste estímulo anteriormente citado e em sendo umbandista ou adepta das Religiões Afro-brasileiras, como queiram, entrou na primeira Faculdade de Teologia Umbandista do mundo que oferece um curso de bacharelado de Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras. No final do ano passado conquistou o diploma da FTU e compôs a primeira turma de teólogos das Religiões Afro-brasileiras da história, sendo o mesmo diploma emitido pela FTU e chancelado pelo MEC.
Marcado por uma religião cívica que é o Cristianismo, suas dificuldades não foram poucas. Como as denominações cristãs utilizam a teologia como parte da formação sacerdotal e estes na igreja católica são todos homens e em outros setores são a maioria, ela, ao lado de outras aguerridas trabalhadoras da nossa religião, também marcou história por ser teólogA.
O último ponto é o curso que a Yacyrê entrou. Um curso multidisciplinar em uma instituição de referência no país que é a Federal do ABC. Sua formação acadêmica, tenho certeza, permitirá discutir questões humanas, portanto sociais, em níveis diferentes e mais profundos do habitual quando contempla a visão também desde dentro da Religião. De igual maneira, as contribuições que receberá dos nobres professores e discentes de lá serão importantíssimas para, em contínua mudança, aprimorarmos o conteúdo oferecido aos alunos da FTU.
Finalizando, sem o intuito de encerrar o assunto, Yacyrê: você provou o porquê de não sermos cultura de periferia. Não saímos do terreiro de nosso Pai para entrar na Academia. Muito pelo contrário, foi por meio das orientações Dele, por causa da nossa Tradição Oral e da nossa Raiz que nósconseguimos estar hoje pesquisando em instituições de alto nível acadêmico. Mas permita dizer que você foi além, pois entrou num curso de pós-graduação stricto senso portando um diploma confessional das Religiões Afro-brasileiras.
Você não escondeu sua condição, você "escancarou" que seu estilo de vida é o das Religiões Afro-brasileiras. Minha irmã, talvez nós não tenhamos a exata noção da importância desta conquista. Contudo, afirmo com convicção: como discípula do Pai Rivas, como adepta das Religiões Afro-brasileiras e acadêmica formada em Teologia destas mesmas Religiões Afro-brasileiras, este feito é histórico.
Paóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó
As religiões afro-brasileiras ou afro-americanas (universais?!!) são marcadas pela Tradição Oral e por riquíssima semiologia, que denota a preocupação com a melhor adaptação possível do homem ao ambiente sobrenatural.
Devida a essa preocupação é que surgiram e se ressignificam continuamente as várias religiões afro-brasileiras, fortalecendo a identidade do grupo e, principalmente, do indivíduo que começa a ter um estilo de vida livre de preconceitos e pressupostos e proporciona autoconfiança (na medida certa) que enobrece e fortalece a personalidade.
Foi com esse escopo que realizamos mais um "Toque da Jurema", "de Encantados", tal como são denominados os espíritos que representam os Orixás no Candomblé de Caboclo, e nos apressamos em disponibilizar o vídeo do ritual aos amigos de nosso blog, que são, no mínimo, simpatizantes das religiões afro-brasileiras.
Continua em: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com