quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ile Oka 7 Estradas local de encontro do povo de axé

Ile Oka 7 Estradas local de encontro do povo de axé

Leia um trecho:
Dia 27 de janeiro realizamos maos um toque no Ilê Oka Sete Estradas. Lá fazemos nossos toques de Candomblé de Caboclo. O Ilê recebeu mais uma vez várias pessoas, mas contamos com a presença do Babá Galotti de Airá e de sua esposa. A presença doa dois muito nos honrou. Ê sempre motivo de alegria e honra receber Babás e Iyás em nossos Ilês. O povo do santo junto reforça e compartilha ainda mais o axé! 
Abaixo, as palavras de Obalolá, sobre algumas das experiências vivenciadas ontem. 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

MANDINGAS, SIMPATIAS e GARRAFADAS - O Poder Curativo das Ervas Ativadas

Lançamento do mais novo Curso de Extensão Universitária da FTU:

MANDINGAS, SIMPATIAS e GARRAFADAS - O Poder Curativo das Ervas Ativadas

O curso será ministrado pelo  Especialista em Teologia afro-brasileira Francisco Rivas Neto (Babalorixá Rivas) que discorrerá sobre o Poder oculto curativo e magístico das ervas nas tão conhecidas "mesinhas, garrafadas, unguentos, simpatias", entre outros aspectos inéditos que serão discutidos.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O CONGRESSO NACIONAL DA UMBANDA ESOTÉRICA E OS SEUS QUATRO PÚBLICOS-ALVOS FUNDAMENTAIS




O CONGRESSO NACIONAL DE UMBANDA ESOTÉRICA E OS SEUS QUATRO PÚBLICOS-ALVOS FUNDAMENTAIS

As instituições conduzidas por Pai Rivas (Mestre Arhapiagha) sempre foram pautadas pelo profícuo diálogo com várias instâncias da sociedade: diálogos intrarreligiosos, diálogos inter-religiosos, diálogos interdisciplinares e diálogos com as várias instituições sociais (academia e sociedade civil como um todo).
Com o Congresso Nacional da Umbanda Esotérica não será diferente. Por isso, ele é destinado e dirigido a quatro públicos-alvos fundamentais:

1. ADEPTOS DA UMBANDA ESOTÉRICA
Em primeira instância, o Congresso interessa obviamente aos adeptos da Umbanda Esotérica, uma vez que versará sobre as ratificações e retificações promovidas por Mestre Arhapiagha, seu Mestre-Raiz, sendo evidente que todos os seus adeptos terão vivo interesse em estarem atualizados em relação a elas.

2. ADEPTOS DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS
Mas o Congresso não interessa apenas aos praticantes de Umbanda Esotérica, como também a todos os integrantes das Religiões Afro-brasileiras.
Em primeiro lugar, porque todas as Escolas e Religiões Afro-brasileiras têm, entre si, pontos de contato e influências recíprocas, de modo que alterações em qualquer Escola acabam sempre por se refletir em todas as demais.
Em segundo lugar, porque, assim como a Umbanda Esotérica, todas as Escolas das Religiões Afro-brasileiras têm um dinamismo interno que lhes permite reorganizações, reformulações e repaginações, necessárias para que suas tradições se mantenham vivas.
Em terceiro lugar, porque os adeptos de outras Escolas e Religiões Afro-brasileiras serão informados de que a Umbanda Esotérica, atualmente, está completamente distanciada de qualquer elitismo, sectarismo ortodoxo e, sobretudo, das chagas da misoginia, da homofobia, do racismo e da ideologia evolucionista.

3. ACADÊMICOS
Para os acadêmicos o interesse não é menor. É sem dúvida bastante pertinente e até instigante, do ponto de vista acadêmico, observar "in loco" determinado grupo religioso em pleno processo de reorganização e reformulação doutrinal, ética e ritualística.
Ir um acadêmico ao Congresso significará "ir a campo", o que lhe oferecerá ferramentas indispensáveis para uma compreensão mais apurada do universo religioso afro-brasileiro, pautado que é pela diversidade e por um profundo dinamismo estrutural.

4. SOCIEDADE EM GERAL
Por fim, a própria sociedade como um todo está contemplada pelas finalidades do Congresso, sobretudo diante do fato de que as retificações e reformulações pelas quais a Umbanda Esotérica passa dizem respeito a direitos humanos e a demandas relativamente recentes da sociedade civil: o combate à homofobia, à misoginia, ao racismo, ao etnocentrismo, aos evolucionismos social, cultural e espiritual, dentre tantas outras mazelas lamentavelmente ainda presentes na sociedade.


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Fazendo história... A voz (e vez) da mulher na Umbanda Esotérica

Aranauan,


O paradigmático vídeo de hoje apresenta o impactante título "A voz da primeira Iniciada na Umbanda Esotérica" (https://www.youtube.com/watch?v=l0tOpxcI7Zg). Trata-se de um adendo à trilogia que se encerrará em breve.

Seu conteúdo permite muitas reflexões significativas, afinal 2 sacerdotes falam ao público com uma consistência que possibilita uma discussão teológica de alto nível. As palavras da primeira Iniciada da Umbanda Esotérica no 7º grau do 2º ciclo, Yamaracyê, nos colocam para pensar que não é mais possível olvidar que a religião é uma construção humana, mesmo que haja fé no sobrenatural. Em sendo humana, está submetida a todos os contextos sócio-culturais da sua época.

No ocidente e, em especial, no Brasil a cultura cristã católica marca o fazer social e religioso. As primeiras umbandas reconhecidas pela academia como tal são, inclusive, cristãs, praticada por uma classe média etnocêntrica e/ou por setores da elite. Estes valores cristãos, que diferem muito do Cristo, são reflexos de um preconceito sem precedentes e de consequências sociais gravíssimas. Sobre misoginia, vale lembrar que a mulher adquiriu o direito ao voto recentemente, e até os dias de hoje, possui salário no mercado brasileiro inferior ao homem mesmo em igualdade de cargo e função. Sobre a homofobia, uma agressão ao núcleo familiar idealizado cristão. Vide a dificuldade de casais homossexuais adotarem filhos, mesmo com a enorme quantidade de crianças desamparadas pelos pais biológicos, e outros direitos que são garantidos aos casais heterossexuais.

Na UE, em particular, as influências também aconteceram. Mulheres não poderiam se iniciar em graus e ciclos como o que fora conquistado pela Yamaracyê. Justificativas de ordem espiritual foram construídas para preconceituar o homossexual. A revolução promovida pelo Mestre Araphiagha agora, gestada há pelo menos 25 anos, desde o desencarne do fundador W. W. da Matta e Silva, coloca definitivamente um basta a esta herança cristã maldita, pegando carona nas duras e consistentes palavras de Friedrich Nietzsche constante em suas obras.

Como bem disse a Mestra Yamaracyê, retirar a imagem do cristo é retirar a axiologia cristã do centro. Não permitindo nenhuma prática que promova desigualdades em termos espirituais, culturais, sociais, políticos e econômicos. O que fica no centro da UE, então? Como já explicitado, Ifá.

A ética africana desde as Divindades até o fazer social nunca promoveu estas exclusões. Não é por menos que o panteão africano tem Deuses e Deusas (contrário à misoginia) e Deuses sem gênero definido, os "meta-meta" (contrário à homofobia). Apenas para ficar nestes dois exmplos. Mais do que isso, Mestra Yamaracyê nos convida a refletir sobre tudo isso deixando de lado a tão batida ideia de "sincretismo" e levando mais a sério o porquê destas mudanças.

Por seguir a doutrina de Ifá de forma central, a UE não tem aspectos salvacionistas ou proselitistas. Pelo conceito sacerdotal e teológico de Escolas, preconizado por Mestre Araphiagha, admitimos muitas formas de se fazer e praticar o núcleo duro chamado "Umbandas". Aqueles que prescindem dos valores cristãos, dependentes de suas práticas moralistas, acorram à Umbanda Cristã. Não precisam ficar na UE.

Saindo um pouco da discussão teológica e adentrando na minha vivência como adepto da UE, não posso deixar de admirar a coragem de Mestre Araphiagha ao realizar tal revolução. Igualmente nutro satisfação de ver minha irmã mais velha, honrando a nossa Linhagem com tamanha competência e capacidade para versar sobre assuntos religiosos, acadêmicos e sociais. Simplesmente deixam os despeitados de cabelos "em pé". Aliás, nem isso. Parece-me que o cabelo era de papel e simplesmente desmanchou... Chega a ser temerário a falta de percepção do que é ser um Mestre-Raiz, um verdadeiro Mago. Sua magia briga, e briga feio, pelo meu Pai. A lei é justa e uma só. Se extraviou... Bem, mas o que importa mesmo é que nossa comunidade se enche de satisfação e alegria por saber que com Ifá na "sala de estar" o destino nos permite caminhos abertos e corpos fechados sob os auspícios de nosso Mestre. Vamos conversando.


Yabauara

A voz da primeira Iniciada na Umbanda Esotérica

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

2º vídeo da Trilogia sobre Umbanda Esotérica - Uma reflexão

Dando sequência à trilogia da Umbanda Esotérica, Mestre Araphiagha (F. Rivas Neto) entrega aos praticantes e simpatizantes da Umbanda Esotérica o vídeo intitulado "UE Iniciação não é fé e caridade" (https://www.youtube.com/watch?v=wWHUxIjwU00). Impossível não reparar como a semiótica da UE é simples, porém profunda. O peji, a cruz, o toco, o oponifá... Bem, quem tem olhos para isso que contemple a força da simbologia da Umbanda Esotérica. 
Diante disso, é até compreensível aos que não buscam a Iniciação na Umbanda Esotérica, ou que mesmo os que rolaram os degraus dela, simplesmente não alcançarem a força de sua doutrina. Aí produzem uma série de clivagens em seu conhecimento, exaltando pontos que simplesmente não fazem sentido e deturpam a essência desta nobre escola umbandista. Explico-me.
Quando Mestre Araphiagha coloca o "ifá" na sala de estar, em hipótese alguma está negando todas as justas e verdadeiras tradições milenares que influenciaram a Umbanda Esotérica desde sua fundação por Mestre Yapacani (W. W. da Matta e Silva). Mas ressalta aquilo que poucos entenderam, simplesmente pelo fato de não conhecerem a T.U.O. em Itacurussá. Pior, alguns voltaram seus olhos apenas para a letra morta, enquanto o Velho Mestre, o meu avô de santé¸ militava diuturnamente em seu santuário não com livros, com a Bíblia ou o signário cristão. Interferia na vida das pessoas que acorriam à Ele, curando-as por meio dos coquinhos de dendê, do copo da vidência, do tabuleiro onde repousava o próprio Deus do Destino (oponifá). 
Daí a tranquilidade para Mestre Araphiagha ressaltar este aspecto da Umbanda Esotérica. Foi Ifá e a Lei de Pemba (que já traçava pelo seu mediunismo excepcional e não por imitação de livro) que o estimulou a procurar o Velho Mestre. Foi Ifá que determinou a sucessão da Raiz de Guiné para Velho Payé. Foi no rito de transmissão que as vontades do Orixá do Destino concretizaram a nova fase da UE.
De igual maneira, não é de se estranhar o silêncio doído (com bastante ranger de dentes) daqueles que não viveram isso ou que, quando puderam experimentar, tropeçaram nas consequências do mau destino, fruto da egolatria, narcisismo, enfim da própria vaidade que não permitia enxergar um palmo na frente que não fosse espelho. O que resta? Sobre ifá, continuarem calados. Não podem ensinar o que não sabem e não adiante copiar da internet falsos conhecimentos que fazem qualquer pessoa minimamente conhecedora do assunto rir...
Sendo assim, o que resta mesmo é falsear uma prática de Umbanda Esotérica (com "s") com o que há de mais esdrúxulo: propugnar a caricatura de uma Umbanda exotérica (com "x"). Por exemplo, chega a ser piegas fazer um rebuliço pela imagem do Jesus que foi paradigmaticamente retirado do peji por Mestre Araphiagha. Diante de Ifá, da Lei de Pemba, da Mediunidade, da Iniciação, dão realce a um quadro?
Por que defender princípios cristãos na UE, se sua doutrina, seu estilo de vida podem e conseguem conviver tranquila e sadiamente com a episteme e ética africanas decorrentes do Ifá? Simples, e reitero, porque não sabem nada disso. Só sabem reproduzir a convenção, o moralmente aceito, as palavras doces, mas que no fundo são tão ferinas quanto à sociedade que crucificou o Cristo por não compreendê-lo. Torna impossível seguir o exemplo de discípulos do Cristo, como João que militou por sua doutrina e estilo de vida. Preferem seguir Paulo de Tarso, o discípulo do Cristo morto. 
Os ensinamentos dos Grandes Iniciados, entre eles o próprio Cristo, estão tão fortes como nunca na UE. Nos dizeres de Mestre Araphiagha neste vídeo, a essência permanece. Principalmente, nos aspectos espirituais, sociais e culturais. Afinal, nesta nova fase, sob a égide de Ifá, está claro e transparente o posicionamento contrário à homofobia, à misoginia e ao racismo. Não perceberam que ao colocar Ifá na "sala de estar" da UE, Mestre Araphiagha torna a umbanda esotérica tão ou mais iniciática do que na época de sua fundação. De igual maneira, deixa tão ou mais acessível ao povo. Todos podem se beneficiar dos vaticínios de Orunmilá Ifá. Basta pisar nas areias do Santuário de Itanhaém, a T.U.O. redviva. Mas para se iniciar nela? Não basta fé e caridade. Imprescindível demonstrar dedicação, lealdade e capacidade às Santas Almas Guardiães do Cruzeiro Divino representadas pelo e no Mestre-Raiz.

Yabaura


UE Iniciação não é fé e caridade

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Sobre o vídeo postado pelo Mestre Araphiagha

Aos que se interessam pela Umbanda Esotérica...
Não é por menos que o adágio Iniciático de que todo Mestre foi um excelente discípulo se apresenta mais forte do que nunca. Quem assistiu ao vídeo "Na Umbanda Esotérica Iniciação não é caridade" (https://www.youtube.com/watch?v=WAUsncJo48s), entendeu que não basta querer fazer caridade para alcançar a Iniciação. É necessário muito mais que isso, se capacitar e dedicar ao Espiritual sob as mãos daquele que já venceu neste caminho, ou seja, o Mestre.
Existem excelentes obras tanto de meu Pai quanto meu Avô de santé sobre Umbanda Esotérica. Recomendo a leitura de todas. Só não podemos esquecer que livros são bons para informar. Na Umbanda Esotérica só um Mestre de Iniciação Raiz que pode formar filhos e iniciados em todos os Graus. Por um motivo simples, ele passou por todos. 
Foi assim que meu Pai recebeu de Mestre Yapacani (W. W. da Matta e Silva), entre diversos presentes espirituais, a confirmação de suas entidades. Caboclo Cobra Coral, Caboclo Arruda e Caboclo Urubatão da Guia, para ficar apenas nos Caboclos. Não foi algo apreendido no livro que informa, foi confirmado na vivência da T.U.O. – Itacurussá em uma profunda relação ética de Pai para Filho, de Mestre Yapacani para Mestre Araphiagha. Mais do que isso, entre o fundador da Umbanda Esotérica e sucessor da mesma. Isto não dá para mudar. E quantos gostariam de adulterar esta história ou mesmo apagar por puro despeito, não é mesmo? Para estes...
Não adianta dizer que segue Mestre Yapacani. Ler livros não inicia ninguém, muito menos na Umbanda Esotérica. E aos seguidores do "livro", amantes da letra morta, por que olvidam o texto registrado em cartório e assinado por Mestre Yapacani que transmite a Raiz de Guiné, da Umbanda Esotérica, para Mestre Araphiagha? Por que não reconhecem os fundamentos e diretrizes sobre Ifá que ninguém pegou (exceto Mestre Araphiagha) mesmo estando escrito em "Macumbas e Candomblés na Umbanda"? Simples, porque querem manipular o que foi escrito com igual destreza em que tentam ofender quem milita e trabalha para ver se ganha 5 minutos de fama nas redes sociais.
Pior do que não conseguir seguir o Mestre, estes alienistas alienados querem ludibriar os outros. Cada um faça o que julgue melhor pra si. Só não venha fazer uso da doutrina e da ética da Umbanda Esotérica. Ela não é terra de ninguém. Tem fundador (W. W. da Matta e Silva), sucessor (F. Rivas Neto), lugar (T.U.O. – Itanhaém) e fundamento (Ifá e sua decorrência que é a Lei de Pemba).

Yabauara

Na Umbanda Esotérica Iniciação não é caridade

Este é o primeiro vídeo da trilogia sobre Umbanda Esotérica! Nele, Pai Rivas discorre sobre a iniciação na Umbanda Esotérica a qual pressupõe esforço, dedicação, mérito e capacidade do iniciando, diferindo-a da ética cristã incorporada em grande parte das umbandas, cujo lema é a fé e caridade. A iniciação requer capacidade!
https://www.youtube.com/watch?v=WAUsncJo48s