quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

De Pai para Filho - Viva a Tradição!

Aranauan, Saravá, Axé!

 

A publicação de que foi ao ar na data de hoje: "Religiões Afro-brasileiras - Do Movimento Umbandista à Umbanda" – disponível em: http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/2013/02/religioes-afro-brasileiras-do-movimento.html - no blog do Pai Rivas concretiza, mais uma vez, a percepção de uma Raiz viva, ressignificada e que se amplia a cada dia.

 

Pai Rivas apresenta alguns aspectos da lógica religiosa do trabalho de seu Mestre, W. W. da Matta e Silva, principalmente no que diz respeito ao movimento umbandista e sua conexão com a religião primeva, a Aumbhandan. A ligação que existe as tradições africanas, ameríndias e indo-européias. São diferentes, mas em essência possuem inúmeros pontos comuns. Esses mesmos pontos que hoje, Pai Rivas, mostra (pela experiência ritual) na diversidade de cultos realizados nas dependências de sua casa de Iniciação.

 

Foi essa diversidade que alguns não entenderam. Quando se praticava o rito com mantras de Aumbhandan dentro da OICD, era bom. Com os ritos ligados à umbanda traçada, ao toque de Jurema, passou a não ser? Mas essa variedade de ritos são modalidades de uma mesma essência religiosa calcada em sabedoria e amor cósmicos. Razoável depreender que os que se afastam das religiões afro-brasileiras por não admitirem a diversidade, estão presos à forma e não observam o mais importante: o conteúdo religioso que permite ao adepto (re)encontrar-se com o Sagrado.

 

Isso se agrava quando trata uma modalidade religiosa como melhor ou superior às demais. Trata-se de um elitismo, etnocentrismo, enfim, um pseudo-intelectualismo. Algo sem o menor sentido, principalmente para quem busca um caminho religioso de realização espiritual, o que passa necessariamente pelo respeito ao coletivo.

 

Certamente esse apego à forma se afasta da Iniciação. A morte iniciática fica evidenciada, o que segundo as palavras de Pai Rivas, é pior do que qualquer outro tipo de morte. Naturalmente, concordo com meu Pai. Não poderia ser diferente. Só sou o que sou na vida porque tem um Pai. Negar o meu Pai é negar a minha filiação, minha Raiz. Coisa que jamais fiz.

 

A filiação genética, ou seja, nossos pais e mães biológicos são únicos. Não temos como trocar. Contudo, os nossos pais e mães espirituais é o casamento de uma escolha. Do filho que encontrou Nele ou Nela a sua referência de vida e o sacerdote/sacerdotisa que o recebeu como discípulo. Portanto, numa casa inciática não somos escravos. Estamos lá porque acreditamos que aquilo é bom para as nossas vidas. Caso contrário, não ficaria lá anos e mais anos militando diuturnamente.

 

Outro ponto importante é que não podemos separar o que aprendemos de quem nos ensinou. Só aprendi porque alguém, nesse caso o Mestre, transmitiu-me tal conhecimento. Por isso afirmo que devo reverência ao Mestre. O que sei e aprdendi veio Dele. Cindir o ensinamento do Mestre é agir de forma esquizofrenógena. Algo impensado para quem busca um caminho espiritual de estabilidade, harmonia e equilíbrio.


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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Blog "Espiritualidade e Ciência" publica vídeo "Religiões Afro-brasileiras - Do Movimento Umbandista à Umbanda "

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":



As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Iniciação é para, pela e na coletividade

Aranauan, Saravá, Axé,


Dando continuidade às ideias, reflexões e relatos de vivência com seu Mestre, Pai Rivas publicou ontem mais um vídeo intitulado: "A Raiz-Linhagem de Matta e Silva esta viva e reatualizada" (disponível em: http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/2013/02/a-raiz-linhagem-de-matta-e-silva-esta.html).

 

Muitos foram os pontos de destacada importância, mas vou focar apenas alguns no presente texto.

 

A iniciação é algo muito sério. Dentro da nossa Casa, passa pelo filho dar sua cabeça para que o pai espiritual coloque a mão nela. Ou seja, aquele que se filia a uma casa de iniciação das religiões afro-brasileiras, sendo aceito pelo pai ou mãe espiritual, confia que seu Mestre conhece os caminhos que precisa percorrer. Que seu Mestre tem plenas condições de construir meios para se fazer um bom destino. Em suma, que seu Mestre tem conhecimento e sabedoria em ângulos muito mais profundos e concretos do que o discípulo.

 

A Iniciação, portanto, não admite narcisismo ou egocentrismo. Se procurarmos o dicionário, fica fácil compreender o que significa ambas as palavras. Um indivíduo narcisista é aquele que se julga grandioso e possui necessidades de admiração e aprovação de outras pessoas em excesso. Já o egocêntrico acredita que tudo gira ao seu redor.

 

A Iniciação não é centralização de poder, mas exercício justo desse poder para benefício da coletividade. O Iniciado, na comunidade, não é o que mais é servido, mas o que mais serve. Enfim, o que mais trabalha. Elimina as zonas de conforto. Se apenas um mestre pode Iniciar o discípulo e a iniciação é tudo isso, naturalmente, ele acaba representando um exímio destruidor de egos. Tudo que um ególatra e/ou narcisista não quer.

 

Enquanto seu ego acha, porque em verdade nunca foi isso, que sua iniciação o coloca no patamar acima dos outros com pompas e bajulações, está tudo ótimo. O Mestre é tudo para esse "iniciado". Mas quando passa o tempo e vai "caindo a ficha" que a iniciação só é trabalho constante que elimina qualquer traço de egoísmo, dói. E muito! Tudo que achava grandioso já não é mais. As necessidades de admiração e aprovação continuam crescendo, mas cadê o trabalho, cadê os frutos? Além disso, para piorar, continuam acreditando que eles são a referência. Mas quem foi que deu a cabeça mesmo? A referência não está mais na Ancestralidade, nos Guias, no Mestre. Está em si mesmo. Mas, ao mesmo tempo, implora a aprovação dos outros. Como conjugar: ser melhor que todo mundo e necessitar de todos para o bajular? Respondo, não dá. Acaba em um processo alienante e mais uma vez os degraus da iniciação são rolados.

 

A Iniciação e os vários terreiros que convivem com a diversidade, exatamente como o conceito de escolas preconiza, afasta ideias puristas, fascistas, eugênicas, hegemônicas, homogeneizantes, pseudo-intelectualismos...

 

Como exemplo, vamos utilizar a própria umbanda esotérica, taxada por alguns como elitista. Pai Rivas lembrou de algo realmente muito lido, mas pouco compreendido. O vô Matta, Mestre Yapacany, deixou em vários momentos registrados que antes de firmar seu terreiro de umbanda esotérica em Itacurussá, conduzia um terreiro de umbanda popular na região da Pavuna, Rio de Janeiro. Se tocava sua gira na umbanda popular, certamente conhecia os fundamentos dela.

 

Além disso, Pai Guiné de Angola, responsável pelos principais fundamentos da umbanda esotérica, desde a época da umbanda popular na Pavuna incorporava em W. W. da Matta e Silva fazendo uso do nome de Pai Cândido. Ou seja, tanto o médium quanto a entidade atuavam na umbanda esotérica, mas também na umbanda popular. Isso é respeito pela diversidade, isso é vivência de terreiro.

 

E deixa a Gira girar!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica vídeo "Raiz-Linhagem de Matta e Silva esta viva e reatualizada"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":




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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Questões sobre mediunismo e iniciação

Aranauan, Saravá, Axé!

Ontem falei um pouco do mediunismo que experencio no meu terreiro e recebi gentis questionamentos sobre essa questão. Sendo assim, vou explorar agora um pouco mais sobre isso.

Entrei na Ordem Iniciática alguns anos depois da fundação da FTU. Anos antes, porém em 28-08-200, tomando como base sua passagem por várias escolas das religiões afro-brasileiras, Pai Rivas Neto passa a realizar os seguintes ritos quinzenalmente nas dependências do seu terreiro: "TOQUE DOS ENCANTADOS (contatos com as Encantarias várias promovendo a união com a Pajelança, Jurema, Terecô, Tambor de Minas e outros). TOQUE DE UMBANDA TRAÇADA (influências evidentes ameríndias e africanas, promovendo a união com os praticantes do culto Omolocô, do Candomblé de Caboclo e todos os demais que fazem essas ligações). TOQUE DE UMBANDA MÍTICA OU MISTA (influências regionais, com a presença de entidades que se manifestam como baianos, boiadeiros, marinheiros, entre outros, fazendo o entrelaçamento étnico e dos sincretismos que surgiram dentro da Umbanda). TOQUE DE KIMBANDA (Umbanda com fortes vínculos com a Kimbanda, com a presença dos Exus que carregam toda a valência que sua função espiritual representa). TOQUE DE UMBANDA INICIÁTICA (aspectos esotéricos da umbanda preconizada por W. W. da Matta e Silva, continuada e ressignificada, por seu sucessor F. Rivas Neto). TOQUE DO TRÍPLICE CAMINHO (presença das entidades denominadas Crianças, Caboclos e Preto Velho, representando a pureza, fortaleza e sabedoria, respectivamente)" [1].

Ou seja, incorporo em alguns ritos – até os dias de hoje – além de Caboclo, Preto-Velho, Criança e Exu (entidades que se manifestam na umbanda esotérica): Boiadeiro, Baiano, Marinheiro, além de outros Encantados. Em alguns ritos canto em Yorubá, banto, jeje. Claro que são ritos específicos, conduzidos por Pai Rivas que fora iniciado nessas tradições.

Como não estou no terreiro sozinho, todos os médiuns que participam da OICD de 2000 para cá, estiveram nesses 7 ritos, mesmo aquele que , por ventura, não esteja mais hoje. Todos os citadoos incorporaram as entidades da umbanda mista, da encantaria inclusive, muitos até defendiam e disseminavam suas ideias para fora do terreiro. Se acessarmos o blog do Pai Rivas e fizermos uma rápida busca desde 2010 quando o material começou a ser postado até, por exemplo, 2011 será fácil comprovar como todos os médiuns participaram ativamente desses ritos. Reitero, todos, sem nenhuma única exceção.

Sendo assim, podemos retomar o raciocínio de meu último texto:

Todos os Guias Espirituais que utilizaram seus respectivos médiuns de 2000 para cá, sem uma única exceção, estão coadunados, afinados, convergentes com a proposta que Pai Rivas apresenta da Espiritualidade. Aliás, não poderia ser diferente. Todos os Guias dessa casa de Iniciação fazem parte de uma mesma Linhagem.

Ir agora contra o trabalho do Pai Rivas após anos de contato iniciático, significaria duas únicas situações para o médium: ou nunca houve mediunismo, apenas animismo vicioso, pois teria mudado a opinião dos "Guias" conforme bel prazer, ou se rebelaram contra essas entidades e, portanto, cometendo um suicídio iniciático, rolaria os degraus da Iniciação. Quando um dos dois acontece, não tem jeito. Ataques, acusações, traições à sua própria iniciação e quem o iniciou.

Aliás, sobre iniciação, Pai Rivas a valoriza. Contudo, não hipervaloriza. Até porque o próprio iniciado quer trabalhar pelos outros, evita purismos ou falsos intelectualismos. A Iniciação, portanto, é contra a homogneia (igualar por baixo, olvidando a diversidade) e hegemonia (um querer ser melhor que os demais). O verdadeiro iniciado, conforme preconiza Pai Rivas, valoriza a diversidade. Valoriza todas as escolas. Temos que pensar nessas coisas.



[1] RIVAS NETO, F. Escolas das Religiões Afro-brasileiras: Tradição Oral e Diversidade. São Paulo: Arché, p. 67-68, 2012.


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A medinuidade é a chave da vivência templária

Aranauan, Saravá, Axé!

Ainda absorvendo as ideias maravilhosas que foram expostas no último vídeo de Pai Rivas em seu blog, gostaria de retomar a questão da escola de iniciação em Ifá. Tal escola apresenta elementos inovadores, mas não inventados. O oráculo fazendo uso de uma escrita sagrada é algo primevo detectado pela pesquisa isenta de Nina Rodrigues. Essa mesma escola está viva em pleno século XXI por meio de Pai Rivas que recebeu não só os fundamentos desse método de Ifá, como também recebeu a sucessão da Raiz de Mestre Yapacany (W. W. da Matta e Silva).

Por falar em Mestre, não podemos olvidar que esse termo foi utilizado largamente pelo próprio vô Matta em suas obras. Não é algo novo. Não só usava a nomenclatura para os Mestres de Iniciação, mas para os próprios mentores. Esses últimos denominava de Mestres Astralizados. Tão simples como está exposto nos livros.

Ainda sobre a ideia de escola de transmissão, não podemos negar que essa era um dos pontos mais fortes do mestrado de W. W. da Matta e Silva. Tanto é verdade que um dos ritos mais importantes conduzido por ele foi o famoso "Rito dos 7 Mestres". Nesse memorável rito estavam: Mestre Yatsara (Omar Belico dos Reis), Mestre Arabayara (Ovídio Carlos Martins), Mestre Rodolfo, Mestre Itassoara (Valter Lima e Silva), Mestre Yassuami (Mário Tomar), Mestre Arhapiagha (F. Rivas Neto), além do próprio Mestre Yapacany que era o sétimo Mestre e condutor do rito. Falando recentemente desse maravilhoso rito de fundamento com Pai Rivas, soube que, ao final do mesmo, o encerramento foi coroado com a presença do Mestre Astralizado Pai Guiné de Angola.

Enfim, os registros são vários. Aliás, para analisar a história precisamos verificar os fatos em suas várias nuances com muita calma e isenção para não deturpar os acontecimentos. Ainda assim, confesso que todos os registros que tomei contato por meio de fotos, vídeos, documentos registrados em cartório são provas incontestáveis, mas não superam minha vivência templária com Pai Rivas. Exemplifico.

Estou na OICD trabalhando mediunicamente desde o primeiro dia que pisei o sagrado santé de meu Mestre. Desde então só tenho alegrias. Não só com o que vivencio no dia-a-dia, como também o contato mediúnico com as entidades. Incorporo, assim como todo médium umbandista em sua casa espiritual, Caboclo, Preto-velho, Criança, Exu, entre outros maravilhosos Guias.

Todos, reitero, todos os Ancestrais que trabalho, sem uma única exceção, estão coadunados, afinados, convergentes com a proposta que Pai Rivas apresenta da Espiritualidade. Aliás, não poderia ser diferente. Todos os Guias de minha casa de Iniciação fazem parte de uma mesma Sagrada Corrente Astral.

Ir agora contra o trabalho de meu Pai após anos de contato iniciático significaria que minha mediunidade e os Guias que fizeram e fazem uso dela em consonância com a Raiz de meu santé significaria: ou nunca houve mediunismo, apenas  animismo vicioso, pois teria mudado a opinião dos "meus" Guias conforme meu bel prazer, ou me rebelei contra essas entidades e, portanto, cometendo um suicídio iniciático, rolaria os seus degraus.

Tenho defeitos, mas certamente a lógica e bom senso não se afastam de minha vida templária. Como acredito na minha mediunidade e confio nos meus Guias, experencio diuturnamente a felicidade de percorrer um caminho espiritual verdadeiro e seguro. Feliz por ser filho de santo, por possuir um Pai, Avô de santo, enfim, uma Raiz.

Axé Babá Mi!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A umbanda esotérica: uma escola de Ifá tradicional e atual

Aranauan, Saravá, Axé!

 

Satisfação, alegria, "sorriso" nos olhos, enfim, felicidade. Essas poucas palavras não conseguem resumir o que senti quando assisti o vídeo "Religiões Afro-brasileiras - Escrita Secreta dos Babalawos" de Pai Rivas (disponível em: http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/2013/02/religioes-afro-brasileiras-escrita.html).

 

A beleza da tradição afro-brasileira é a contínua mudança. Uma mudança que não nega ou inverte o passado. Pelo contrário, uma tradição que na inovação, na ressignificação, na reconstrução mantém-se como guardiã da sabedoria ancestral desde remotos tempos. É isso que a umbanda esotérica fez e continua fazendo. Quando adita o termo "esotérica" à umbanda, devemos perceber a sua real finalidade. Trata-se de compreender a essência, o fundamento daquilo que se propõe viver e ritualizar.

 

Mais uma vez foi possível compreender um pouco mais dessas características da umbanda esotérica na fala de Pai Rivas ao evocar as palavras de seu mestre, W. W. da Matta e Silva. Pai Rivas lembra que seu Mestre foi pioneiro em apresentar um método de um dos principais fundamentos das religiões afro-brasileiras: o jogo de Ifá.

 

Só que isso já fora dito por Ele outras vezes. Confesso que o vídeo dessa vez foi muito, mas realmente muito além. Um fato realmente novo. Pai Rivas demonstra como o nosso avô de santé Matta e Silva fundou uma escola de Ifá. Quando falamos escola, estamos remetendo à ideia do Pai Rivas de transmissão de um corpo de conhecimento sacerdotal, enfim, da Raiz.

 

Ainda nas explicações de Pai Rivas, que cita os escritos de seu Mestre e mostra as páginas do livro "Macumbas e Candomblés na Umbanda", o método apresentado remete aos sinais sagrados muito próximos dos hieróglifos. O que realmente destoa do conhecimento geral que se tem desse jogo oracular. Ocorre que no mesmo vídeo, Pai Rivas vai ao encontro de um pioneiro acadêmico: Nina Rodrigues. Em sua pesquisa, até hoje muito referendada pelos acadêmicos contemporâneos, disserta que na região do Daomé, atualmente Benin, portanto Jeje, existia uma sociedade de babalawôs. que dominavam o Fá e possuíam uma escrita sagrada secreta com sinais que também remetiam aos hieróglifos. Não é exclusiva da nação ketu, o que significa afirmar que não basta ler ou ouvir o que se diz sobre os Orixás, é necessário vivência sacerdotal e muita capacidade para compreender os aspectos transcendentais que perpassam as várias tradições africanas. Em suma, seus pontos comuns que balizam todo o fundamento.

 

Ou seja, essa inovação do  Mestre Yapacany não é invenção, mas sim valorização da tradição primeva sobre o conhecimento do ifá, conhecimento do universo, portando do destino dos homens. Que se não fosse por Ele, certamente estaria completamente perdido.

 

A tradição se mantém viva, pois em sua Escola de transmissão de fundamentos, repassou o conhecimento para seu legítimo sucessor: Pai Rivas. Ele detém esse conhecimento e como  guardião do mesmo, até o presente momento, não transmitiu ainda para nenhum de seus filhos espirituais. No que pese dar continuidade à escola de iniciação em Ifá. Atualmente, na Casa Branca de Okamaraguaçushaman ou Ilê Funfun Awô Oxôoogun (Casa Branca do Destino e da Cura das Religiões Afro-brasileiras).

 

Ou seja, o vídeo bombástico mostra a ligação profunda de um dos fundamentos mais importantes das religiões afro-brasileiras pela umbanda esotérica. Fundamentos esses apresentados ineditamente por W. W. da Matta e Silva que são hoje ressignificados, atualizados e ampliados potencialmente pelo seu sucessor, Pai Rivas. Não é um retorno à umbanda esotérica, mas sim a contínua vivência dela. Tal construção de pai para filho marca indelevelmente que a tradição nunca pára. Passou pelos Jeje, Ketu, aportou no Brasil e quem pegou o fundamento pegou. Ela é viva e pujante, basta reconhecer no seu Mestre.


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

 
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Religiões Afro-brasileiras - Escrita Secreta dos Babalawos

Aranauan, Sarava, Axé!

A publicação de hoje no blog de Pai Rivas é intitulada:

Religiões Afro-brasileiras - Escrita Secreta dos Babalawos


Pai Rivas apresenta conceitos escritos por Nina Rodrigues e W. W. da Matta e Silva que mostram antigas e novas nuances interessantíssimas sobre o culto de Ifá.

Para todos que gostam de boas discussões, vale a pena!

Como neto de santé de Mestre Yapacany e filho de santé de Mestre Arhapiagha sinto-me honrado por ouvir palavras tão profundas!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica vídeo "Religiões afro-brasileiras - Mestre Yapacany e Oponifá"


Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":


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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica vídeo "RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS - MATTA E SILVA CONTESTANDO... "


Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto+fotos "Casa Branca: A reforma... "

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!

É com grande alegria que divulgamos texto+fotos inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

Casa Branca: A reforma...

Leia um trecho:

Há alguns meses temos comentado em nosso blog sobre a inauguração de nosso templo em Itanhaém. Em função do grande período chuvoso neste início de mês não tivemos a oportunidade de finalizar as obras no tempo previsto e estamos em ajustes.
Gostaríamos de mencionar nesta publicação alguns comentários sobre o processo de construção do nosso espaço sagrado. Sabemos que as casas são espaços de suma importância para todas as pessoas, locais em que as famílias compartilham experiências. No universo do santo, as coisas não são diferentes. Ao contrário, as casas ganham uma importância vital porque guardam não apenas a família-de-santo como a relação destas com os Orixás. Nas casas-de-santo afro-brasileiras estão guardadas as várias tradições, e o axé das várias linhagens
.

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica vídeo "RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS - NÃO HÁ UMBANDA, E SIM "UMBANDAS""

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


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RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS - NÃO HÁ UMBANDA, E SIM "UMBANDAS"


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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Isso é raiz...

Aranauan, Saravá, Axé!

 Na publicação de hoje (http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/2013/02/religioes-afro-brasileiras-matta-e.html), Pai Rivas conta um pouco mais da história das religiões afro-brasileiras e suas concretizações hodieranamente. Para tanto, faz uso da vivência com seu Mestre, nosso avô de santé W. W. da Matta e Silva.

A citação das obras "Umbanda de Todos Nós" e "Macumbas e Candomblés na Umbanda" por Pai Rivas serviram de base para ressaltar como esse insigne Mestre foi o precursor da Faculdade de Teologia Umbandista mesmo passado décadas de seu desencarne até a fundação da mesma.

A própria bibliografia e a escolha dos autores citados em sua pesquisa denota a importância que o vô Matta dava à Ciência, sem deixar de colocar claramente as contribuições da Religião. Ou seja, promovia um diálogo entre o senso religioso e o crítico sem solução de continuidade e com naturalidade que é peculiar aos autores que pensam de forma gestáltica. Se formos parar para pensar, analogamente, a essência da Faculdade de Teologia Umbandista está nesse diálogo: Ciência e Religião. Respeitando as diferenças, mas aproximando pelos pontos em que o diálogo consegue construir essas verdadeiras e duradouras "pontes".

Contudo, acredito que W. W. da Matta e Silva é precursor por um outro motivo tão ou mais importante. Pai Rivas, seu filho espiritual, Iniciado e detentor da Raiz de Guiné, carrega a valêncida Dele dando continuidade à Sua tradição com o elemento que marca toda casa de fundamento: trabalho. Apenas trabalhou e trabalha em memória e respeito à Sua Ancestralidade. Essa mesma Ancestralidade que sustenta espiritualmente a constituição e desenvolvimento da primeira faculdade de teologia afro-brasileira do mundo.

Tudo que foi feito desde o século XX pelo vô Matta, hoje Pai Rivas dá continuidade e amplia no século XXI. Por exemplo, se antes vô Matta citava os principais acadêmicos da época em sua primeira e talvez mais importante obra, hoje Pai Rivas construiu um ambiente reconhecido pela sociedade onde os mesmos acadêmicos de referência do nosso "tempo" adentram o terreiro que acolhe a FTU para dialogar "olho no olho" com respeito e amizade. Isso é Raiz!

E deixa a gira Girar!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
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Blog "Espiritualidade e Ciência" publica vídeo "RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS - MATTA E SILVA, O PRECURSOR DA FTU"

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RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS - MATTA E SILVA, O PRECURSOR DA FTU

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