quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

De Pai para Filho - Viva a Tradição!

Aranauan, Saravá, Axé!

 

A publicação de que foi ao ar na data de hoje: "Religiões Afro-brasileiras - Do Movimento Umbandista à Umbanda" – disponível em: http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/2013/02/religioes-afro-brasileiras-do-movimento.html - no blog do Pai Rivas concretiza, mais uma vez, a percepção de uma Raiz viva, ressignificada e que se amplia a cada dia.

 

Pai Rivas apresenta alguns aspectos da lógica religiosa do trabalho de seu Mestre, W. W. da Matta e Silva, principalmente no que diz respeito ao movimento umbandista e sua conexão com a religião primeva, a Aumbhandan. A ligação que existe as tradições africanas, ameríndias e indo-européias. São diferentes, mas em essência possuem inúmeros pontos comuns. Esses mesmos pontos que hoje, Pai Rivas, mostra (pela experiência ritual) na diversidade de cultos realizados nas dependências de sua casa de Iniciação.

 

Foi essa diversidade que alguns não entenderam. Quando se praticava o rito com mantras de Aumbhandan dentro da OICD, era bom. Com os ritos ligados à umbanda traçada, ao toque de Jurema, passou a não ser? Mas essa variedade de ritos são modalidades de uma mesma essência religiosa calcada em sabedoria e amor cósmicos. Razoável depreender que os que se afastam das religiões afro-brasileiras por não admitirem a diversidade, estão presos à forma e não observam o mais importante: o conteúdo religioso que permite ao adepto (re)encontrar-se com o Sagrado.

 

Isso se agrava quando trata uma modalidade religiosa como melhor ou superior às demais. Trata-se de um elitismo, etnocentrismo, enfim, um pseudo-intelectualismo. Algo sem o menor sentido, principalmente para quem busca um caminho religioso de realização espiritual, o que passa necessariamente pelo respeito ao coletivo.

 

Certamente esse apego à forma se afasta da Iniciação. A morte iniciática fica evidenciada, o que segundo as palavras de Pai Rivas, é pior do que qualquer outro tipo de morte. Naturalmente, concordo com meu Pai. Não poderia ser diferente. Só sou o que sou na vida porque tem um Pai. Negar o meu Pai é negar a minha filiação, minha Raiz. Coisa que jamais fiz.

 

A filiação genética, ou seja, nossos pais e mães biológicos são únicos. Não temos como trocar. Contudo, os nossos pais e mães espirituais é o casamento de uma escolha. Do filho que encontrou Nele ou Nela a sua referência de vida e o sacerdote/sacerdotisa que o recebeu como discípulo. Portanto, numa casa inciática não somos escravos. Estamos lá porque acreditamos que aquilo é bom para as nossas vidas. Caso contrário, não ficaria lá anos e mais anos militando diuturnamente.

 

Outro ponto importante é que não podemos separar o que aprendemos de quem nos ensinou. Só aprendi porque alguém, nesse caso o Mestre, transmitiu-me tal conhecimento. Por isso afirmo que devo reverência ao Mestre. O que sei e aprdendi veio Dele. Cindir o ensinamento do Mestre é agir de forma esquizofrenógena. Algo impensado para quem busca um caminho espiritual de estabilidade, harmonia e equilíbrio.


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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