segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Fwd: Palestra hoje!!!

Aranauan, Saravá, Axé!

Reencaminhamos as palavras da minha irmã de santo sobre a palestra de hoje na FTU! Imperdível...

Para se inscrever, basta preencher os seus dados na chamada do site da faculdade: www.ftu.edu.br


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU



---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Yacyrê yacyrê <yacyre.yacyre@gmail.com>
Data: 28 de novembro de 2011 11:00
Assunto: [OICD] Palestra hoje!!!
Para: escoladesintese@yahoogrupos.com.br


 

Aranauan pessoal!
 
A palestra do Prof Dr. Ivan Vilela está confirmadíssima! Falei com ele agora pouco por telefone.
Quem ainda não se inscreveu pode fazê-lo tranquilamente pelo site da FTU ou mesmo pessoalmente na secretaria em caso de resolver de última hora!
Além de conversar conosco sobre a cultura brasileira ele vai nos ofertar alguns minutos da sua música, da sintonia fina existente entre ele e sua viola.
Vale a pena!
Boa semana a todos!

--
Yacyrê
Vestibular FTU 2012!!!

  

__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
"A Escola da Síntese preconiza a Universalidade e a Unidade de todas as coisas que nos remete à Paz Mundial que se consolida na Convergência."                                                             (Mestre Yamunisiddha Arhapiagha)

                                           
.

__,_._,___

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica vídeo "Seminário – cura e auto cura nas Religiões Afro-brasileiras"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica vídeo "Congresso Sacerdotal na FTU"

 


Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CONVITE Palestra Ivan Vilela na FTU




--


Blog "Espiritualidade e Ciência" publica vídeo "Congresso entrevista professores"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":
 

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Fwd: MAIS UMA PALESTRA NA FTU!!

Aranauan, Saravá, Axé!

Estou repassando o convite da minha irmã de santo e professora da FTU, Yacyrê.

Vamos lotar a FTU, gente!!!

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
 
Clique na imagem e
conheça o site da FTU




Em 18/11/2011, às 15:10, Yacyrê yacyrê escreveu:


Aranauan!
 
Gostaria de compartilhar com vcs mais uma boa notícia!!
Após o congresso maravilhoso a FTU trará mais um palestrante de peso para conversar conosco!!
 
Prof Dr. Ivan Vilela com a palestra: Cantando a própria história!
Dia 28 de novembro (segunda-feira às 21h)
Em breve o Gerson colocará as informações sobre o palestrante e sobre a palestra para que vocês possam se inscrever.
Gente é uma oportunidade maravilhosaaa!! Pra quem gosta de cultura brasileira e música é um prato cheio!
Vamos encher a FTU como fizemos com a palestra da Yamaracyê!!!
Aranauan!
 


-- 
Érica Ferreira da Cunha Jorge
Mestranda em Ciências Humanas e Sociais UFABC
Professora na Faculdade de Teologia Umbandista
Professora Pesquisadora da UAB/UABC


  



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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

FTU publica a 4ª edição da Revista Teologia da Convergênc​ia

Aranauan, Saravá, Axé!
 
A Faculdade de Teologia Umbandista (FTU) está apresentando a revista digital de difusão acadêmica "Teologia da Convergência: Ênfase nas Religiões Afro-brasileiras". O objetivo com esta iniciativa é aproximar o saber acadêmico e o saber popular tradicional passando pelo saber religioso, tal qual o diretor geral da FTU, o prof. F. Rivas Neto (Pai Rivas) cunhou como mote para a faculdade. Desta forma, a revista busca divulgar estudos sistematizados das religiões afro-brasileiras. Não podemos deixar de destacar o ineditismo desta proposta, pois é a primeira vez que a sociedade poderá acessar este conteúdo de forma organizada e continuada.

A Comissão Editorial é composta pelos seguintes pesquisadores:

  • Carlos Benedito (UFMA)
  • Dilaine Soares Sampaio de França (UFPB)
  • F. Rivas Neto - Pai Rivas (FTU)
  • Irene Dias de Oliveira (PUC-GO)
  • José Flávio Pessoa de Barros (UERJ - in memoriam)
  • João Luiz de A. Carneiro (PUC-SP)
  • Julio Moracen (UNIFESP)
  • Luiz Assunção (UFRN)
  • Marcelo Ayres Camurça (UFJF)
  • Maria Elise Rivas -Sacerdotisa Yamaracyê (FTU)
  • Maria Helena Villas Boas Concone (PUC-SP)
  • Maristela Andrade (UFPB)
  • Mary Del Priore (UNIVERSO/RJ)
  • Mundicarmo Ferretti (UEMA)
  • Sérgio Ferretti (UFMA)
  • Sérgio Paulo Rigonatti (USP)
  • Silas Guerriero (PUC-SP)
  • Sumaia Gonçalves (FTU)
  • Volney José Berkenbrock (UFJF)
  • Yuri Tavares (USP)

Neste mês de novembro foi publicada a quarta edição. A mesma poderá ser acessada por meio deste link: http://ftu.edu.br/revista/
Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

 

Fotos e Caderno de Resumos do Congresso: Maravilhoso!

Aranauan, Saravá, Axé!

Estou vendo e revendo várias vezes as fotos do Congresso no Blog "Espiritualidade e Ciência". De fato, um evento para marcar a história das Religiões Afro-brasileiras/ Afro-americanas.

 
Também não poderia deixar de registrar a digitalização do caderno de Resumo dos GTs. Para quem não está acostumado com o jargão acadêmico, trata-se de resumos das produções acadêmicas que professores e alunos da FTU e de outras instituições apresentaram durante o Congresso agrupado em três grupos de trabalho. São produções belíssimas e que estão numa linguagem acessível a todos.
 
Para conferir ambos, acesse: www.espiritualidadeciencia.wordpress.com

E deixa a Gira girar!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)



Blog "Espiritualidade e Ciência" publica fotos do IV Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI/ I Congresso Internacional das Religiões Afro-Americanas

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!                                                         

 

É com grande alegria que divulgamos fotos inéditas publicadas no Blog "Espiritualidade e Ciência":

 

IV Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI/ I Congresso Internacional das Religiões Afro-Americanas

 

 Continua em: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com
 
 


 
As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.

 


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Re: Ensaio de reflexões sobre o Congresso promovido pela FTU

Aranauan, Saravá, Axé!

Escrevemos este primeiro texto sobre o Congresso e sentimos falta de algo importante. Como foi possível tudo isto? É claro que o projeto idealizado pelo Pai Rivas e o Astral foi determinante e para ilustrar este trabalho gostaria de fazer um "recorte histórico" no último mês que antecedeu o congresso acadêmico.

Como poderíamos esquecer o II Congresso Internacional de Sacerdotes e Sacerdotisas das Religiões Afro-brasileiras? Este evento reuniu mais de 80 lideranças (leia-se pais e mães de santo) das cinco regiões de nosso país, mais os países Paraguai e Portugal. Foi um encontro de gente do santo, sacerdotes novos e sacerdotes com mais de meio século de casa aberta. Gente do Culto de Nação, Tambor de Mina, Umbanda em suas várias Escolas, Terecô e tantas outras Tradições que compõem as Religiões Afro-americanas.

Não obstante, estas lideranças se juntaram a mais de 2000 vozes para louvar Exu com seu enredo ligado a Omulu-Obaluayê. A FTU estava lotada e a linguagem religiosa da diversidade imperou no templo da instituição. Com a casa literalmente cheia, fomos para rua!

Na rua todos éramos um só. Assim como o corpo que possui membros diferentes um dos outros mas não perde a unidade, nós vivenciávamos a diversidade de diversos terreiros e esta era (e é!) a nossa identidade.

Alguns dias depois, após a força deste rito e congresso sacerdotal, veio o Congresso acadêmico. E nele, o prof. Wagner Sanches lembrou que a teologia precisa interagir em três perspectivas: comunidade religiosa, academia e sociedade. Tal e qual não foi a nossa surpresa constatar a máxima aderência com a nossa teologia, quando reconhecemos na iniciativa do Pai Rivas pela FTU de ensejar o aspecto da comunidade religiosa (Congresso Sacerdotal e Rito de Exu); aspecto acadêmico (IV Congresso) e aspecto social (Rito de Exu na rua e na Esfera Pública, entre outras iniciativas).

É desta maneira inteligente que a Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras busca aproximar os saberes acadêmico, religioso e popular.

Importante lembrar que o rito do ano que vem de Exu já possui data: 27 de outubro. Pai Rivas e a FTU convida todos. Não apenas para serem convidados, mais para participarem ativamente do III Congresso Sacerdotal e do Rito.

Assim, nos congratulamos com todos. Todos das Religiões Afro-brasileiras!

Ps: Fotos que ilustram bem estas realidades podem ser vistas no Blog Espiritualidade e Ciência (http://espiritualidadeciencia.wordpress.com). Assim que sair as fotos do Congresso, divulgamos.

 



Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)





Em 15 de novembro de 2011 01:42, Yabauara <yabauara@gmail.com> escreveu:

Aranauan, Saravá, Axé!

Como perfeitamente colocado pelo Caboclo 7 Espadas, este ano, a FTU encerra e abre mais um ciclo com o IV Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI/ I Congresso Internacional das Religiões Afro-americanas. Alguém poderia perguntar, mas como o Caboclo? Antes de responder, vamos ver como foi este evento acadêmico paradigmático...

Não nos ateremos ao conteúdo detalhado das palestras e comunicações dos Grupos de Trabalho, pois eles já estão parcialmente publicados na Revista Teologia da Convergência e o restante do material completo, sairá na próxima publicação do ano que vem. Maiores informações: http://www.ftu.edu.br/revista/

Contudo, a vivência... Que vivência! Já na sexta, o prof. Rolf Prade nos apresentou os avanços da genética para compreender estes processos elementares da vida e fiquei com a sensação de ao olhar as engrenagens da vida orgânica, ficamos mais próximo do espírito. Afinal, a primeira é concretização do segundo... Esta palestra do congressista ocorreu dentro do templo que fora especialmente preparado para receber o Congresso. Quando chegar fotos, divulgamos.

No sábado, um dia muito especial. Recebemos pela manhã o prof. Silas Guerriero  – coordenador do curso de pós-graduação da PUC-SP em Ciências da Religião. Ao lado de sua esposa, conversou longamente com os organizadores do evento antes da palestra e demonstrara alegria em poder compartilhar reflexões acadêmicas com todos os presentes. Em sua fala, abordou com clareza o problema do termo religião e as possibilidades de ângulos de interpretação para compreensão mais ampla do conceito.

Na sequência tivemos os GTs dos professores Sérgio Junqueira, representado pelo prof. Luis Alberto (um "indiozão" de quatro costados!), profa. Maria Helena Concone (renomada pesquisadora das Religiões Afro-brasileiras) e profa. Irene Dias (Coordenadora do curso de pós-graduação em Ciências da Religião da PUC-GO). Ao conversar com todos os professores, foi unânime a surpresa positiva pela qualidade dos trabalhos. Principalmente a dos alunos e professores da FTU, se considerarmos a novidade que são no espaço acadêmico. Aliás, isto ficou registrado em público quando a faculdade reuniu os coordenadores para realizarem uma síntese dos trabalhos apresentados.

Após um belíssimo almoço preparado pelo povo do santo, retornamos ao Congresso para ouvir atentamente as palavras do Pai Rivas. Mais uma vez, um sacerdote em pleno espaço acadêmico discutindo em condições de igualdade com cientistas renomados. A partir do tema Teologia do Ori/Bará, uma séria de aspectos religiosos e acadêmicos foram aproximados para se (re)pensar Religiões Afro-americanas em perspectivas mais profundas, onde a Espiritualidade é encarada como algo inerente a todo ser humano, vivente em seu interior, nas palavras do autor. Nas considerações feitas pela plenária, não podemos esquecer a fala do prof. antropólogo Norton da UFMA, quando comentou a sabedoria incutida na ideia de relacionar o Ori/Bará com a Espiritualidade fazendo uso de avanços da psiquiatria e psicanálise.

Seguindo com a programação de sábado, fomos brindados com as palavras do professor Sérgio Ferretti. Ao evocar as festas de santo, por meio de seu rigor descritivo em texto, fotos e vídeos, sentimos penetrar nos sentidos o Tambor de Mina. A emoção tomou conta da plenária.

Se não bastassem as atividades até então realizadas, Pai Rivas convidou todos os professores ainda presentes no Congresso para conhecerem o Centro de Cultura Viva das Religiões Afro-brasileiras. Acompanhando-O, foram, além de mim, alguns de seus filhos espirituais, Mundicarmo Ferretti, Sérgio Ferretti, Irene Dias e dois orientandos, Hulda (que estuda intolerância religiosa na comunidade do povo do santo) e Oli (pesquisa o tema "Exu").

Ao passar pelo Ajubó dos Orixás, explicando cada Orixá e Exu relacionado, Pai Rivas apresentava um saber sacerdotal que era possível ser compreendido pelos acadêmicos, pois o decodificava e traduzia para uma linguagem crítica. Naquela experiência, comprovamos que o diálogo entre Ciência e Religião não só é possível, como ocorreu de fato. Momentos seguintes, passamos pelo assentamento de Oxaguian, orixá da casa, e os professores puderam conhecer tanto a Camarinha quanto o Ilê Ifá.

Antes de irmos embora, é claro, não poderíamos deixar de louvar os Mestres na Encantaria. E louvando-Os, cantando as louvarias, ladainhas, doutrinas, passamos por várias regiões do país, penetramos no seio dos genes espirituais do povo brasileiro: a diversidade! Igualmente importante foi a evocação do Mestre Canindé, Rei da Turquia, Dom Sebastião, Sereinha e tantos outros Ancestrais que acostam nos inúmeros templos da Região Norte, Nordeste. Ao cantar e tomar jurema, ao celebrarmos a vida, vivenciarmos o Tambor de Mina, o Terecô e a Pajelança, além do Toque de Jurema, foi a vez dos Ferrettis sentirem-se um pouco mais próximos do Maranhão!

No dia seguinte, último do Congresso, prof. Volney fez a exposição teórica do que sentimos ao trabalhar na FTU: experiência religiosa e teologia. Uma fala segura, consistente, que abriu portas para a reflexão de que uma sociedade multirreligiosa prescinde de um diálogo inter-religioso real, não apenas idealizado. E que a prática deste diálogo, passa pelos pressupostos da experiência religiosa. Uma crítica teológica muito pertinente. Tanto é verdade que a FTU com o conceito de Escolas e Umbandização procura fazer isto no ambiente intra-religioso e no aspecto inter-religioso, recebe vários teóricos e sacerdotes de outras denominações.

Logo depois, tivemos a sequencia dos GTs. Dada a quantidade de inscrições, o GT da profa. Maria Helena fora dividido em dois e professor Sérgio Ferretti coordenou um dos grupos. Para fazer a síntese, a profa. Maria Helena convidou o Pai Rivas. Mais uma vez a qualidade dos trabalhos foi evocada por todos os coordenadores. Isto nos alegra muito, pois mostra que a FTU já é um centro de referência e produção acadêmica na área de Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras e Tradição Oral.

Após uma excelente lasanha que comi entre outros pratos no almoço oferecido pela FTU, assistimos a fala do professor Wagner Sanches, que trouxe a teologia para encarar problemas sociais, provocando este saber acadêmico para ser mais pragmático. Enfrentar objetivamente questões que nem sempre são de fácil solução. A profa. Mundicarmo deu início ao encerramento do evento evocando os Caboclos, os Reis Encantados e provocando outros olhares sobre estes Ancestrais que são tão especiais para nós das Religiões Afro-brasileiras.

Quando afirmamos início ao encerramento, não mentimos. Duas horas depois do término formal do congresso, lá estávamos dentro do terreiro cantando para os nossos Ancestrais. Qual não foi a nossa surpresa, quando Pai Joaquim incorporou em Pai Rivas e nos deu bênçãos que emocionaram coletivamente. Emoção esta que foi amplamente aprofundada com a perfeita incorporação do Caboclo 7 Espadas.

Confesso que chorei, chorei muito. Chorei de alegria pelo sucesso do Congresso, chorei de felicidade pelo projeto da FTU idealizado por Pai Rivas e seus Ancestrais, chorei por ver o Caboclo que escreva livros que mudaram a minha vida e forma de pensar sobre ela. Ouvi deste mesmo Caboclo que este quarto evento marcava o fim de um ciclo e, naturalmente, o início de outro. Tenho certeza que será tão dourado quanto tudo que pude vivenciar ao lado de meu Mestre derradeiro, Pai Rivas. Mudanças estruturais estão chegando. Que bom, afinal meu Pai mesmo é quem diz: a constante da nossa Tradição é a contínua mudança. Espero (re)encontrar todos novamente no ano que vem!

E deixa a Gira girar!



Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)




Ensaio de reflexões sobre o Congresso promovido pela FTU

Aranauan, Saravá, Axé!

Como perfeitamente colocado pelo Caboclo 7 Espadas, este ano, a FTU encerra e abre mais um ciclo com o IV Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI/ I Congresso Internacional das Religiões Afro-americanas. Alguém poderia perguntar, mas como o Caboclo? Antes de responder, vamos ver como foi este evento acadêmico paradigmático...

Não nos ateremos ao conteúdo detalhado das palestras e comunicações dos Grupos de Trabalho, pois eles já estão parcialmente publicados na Revista Teologia da Convergência e o restante do material completo, sairá na próxima publicação do ano que vem. Maiores informações: http://www.ftu.edu.br/revista/

Contudo, a vivência... Que vivência! Já na sexta, o prof. Rolf Prade nos apresentou os avanços da genética para compreender estes processos elementares da vida e fiquei com a sensação de ao olhar as engrenagens da vida orgânica, ficamos mais próximo do espírito. Afinal, a primeira é concretização do segundo... Esta palestra do congressista ocorreu dentro do templo que fora especialmente preparado para receber o Congresso. Quando chegar fotos, divulgamos.

No sábado, um dia muito especial. Recebemos pela manhã o prof. Silas Guerriero  – coordenador do curso de pós-graduação da PUC-SP em Ciências da Religião. Ao lado de sua esposa, conversou longamente com os organizadores do evento antes da palestra e demonstrara alegria em poder compartilhar reflexões acadêmicas com todos os presentes. Em sua fala, abordou com clareza o problema do termo religião e as possibilidades de ângulos de interpretação para compreensão mais ampla do conceito.

Na sequência tivemos os GTs dos professores Sérgio Junqueira, representado pelo prof. Luis Alberto (um "indiozão" de quatro costados!), profa. Maria Helena Concone (renomada pesquisadora das Religiões Afro-brasileiras) e profa. Irene Dias (Coordenadora do curso de pós-graduação em Ciências da Religião da PUC-GO). Ao conversar com todos os professores, foi unânime a surpresa positiva pela qualidade dos trabalhos. Principalmente a dos alunos e professores da FTU, se considerarmos a novidade que são no espaço acadêmico. Aliás, isto ficou registrado em público quando a faculdade reuniu os coordenadores para realizarem uma síntese dos trabalhos apresentados.

Após um belíssimo almoço preparado pelo povo do santo, retornamos ao Congresso para ouvir atentamente as palavras do Pai Rivas. Mais uma vez, um sacerdote em pleno espaço acadêmico discutindo em condições de igualdade com cientistas renomados. A partir do tema Teologia do Ori/Bará, uma séria de aspectos religiosos e acadêmicos foram aproximados para se (re)pensar Religiões Afro-americanas em perspectivas mais profundas, onde a Espiritualidade é encarada como algo inerente a todo ser humano, vivente em seu interior, nas palavras do autor. Nas considerações feitas pela plenária, não podemos esquecer a fala do prof. antropólogo Norton da UFMA, quando comentou a sabedoria incutida na ideia de relacionar o Ori/Bará com a Espiritualidade fazendo uso de avanços da psiquiatria e psicanálise.

Seguindo com a programação de sábado, fomos brindados com as palavras do professor Sérgio Ferretti. Ao evocar as festas de santo, por meio de seu rigor descritivo em texto, fotos e vídeos, sentimos penetrar nos sentidos o Tambor de Mina. A emoção tomou conta da plenária.

Se não bastassem as atividades até então realizadas, Pai Rivas convidou todos os professores ainda presentes no Congresso para conhecerem o Centro de Cultura Viva das Religiões Afro-brasileiras. Acompanhando-O, foram, além de mim, alguns de seus filhos espirituais, Mundicarmo Ferretti, Sérgio Ferretti, Irene Dias e dois orientandos, Hulda (que estuda intolerância religiosa na comunidade do povo do santo) e Oli (pesquisa o tema "Exu").

Ao passar pelo Ajubó dos Orixás, explicando cada Orixá e Exu relacionado, Pai Rivas apresentava um saber sacerdotal que era possível ser compreendido pelos acadêmicos, pois o decodificava e traduzia para uma linguagem crítica. Naquela experiência, comprovamos que o diálogo entre Ciência e Religião não só é possível, como ocorreu de fato. Momentos seguintes, passamos pelo assentamento de Oxaguian, orixá da casa, e os professores puderam conhecer tanto a Camarinha quanto o Ilê Ifá.

Antes de irmos embora, é claro, não poderíamos deixar de louvar os Mestres na Encantaria. E louvando-Os, cantando as louvarias, ladainhas, doutrinas, passamos por várias regiões do país, penetramos no seio dos genes espirituais do povo brasileiro: a diversidade! Igualmente importante foi a evocação do Mestre Canindé, Rei da Turquia, Dom Sebastião, Sereinha e tantos outros Ancestrais que acostam nos inúmeros templos da Região Norte, Nordeste. Ao cantar e tomar jurema, ao celebrarmos a vida, vivenciarmos o Tambor de Mina, o Terecô e a Pajelança, além do Toque de Jurema, foi a vez dos Ferrettis sentirem-se um pouco mais próximos do Maranhão!

No dia seguinte, último do Congresso, prof. Volney fez a exposição teórica do que sentimos ao trabalhar na FTU: experiência religiosa e teologia. Uma fala segura, consistente, que abriu portas para a reflexão de que uma sociedade multirreligiosa prescinde de um diálogo inter-religioso real, não apenas idealizado. E que a prática deste diálogo, passa pelos pressupostos da experiência religiosa. Uma crítica teológica muito pertinente. Tanto é verdade que a FTU com o conceito de Escolas e Umbandização procura fazer isto no ambiente intra-religioso e no aspecto inter-religioso, recebe vários teóricos e sacerdotes de outras denominações.

Logo depois, tivemos a sequencia dos GTs. Dada a quantidade de inscrições, o GT da profa. Maria Helena fora dividido em dois e professor Sérgio Ferretti coordenou um dos grupos. Para fazer a síntese, a profa. Maria Helena convidou o Pai Rivas. Mais uma vez a qualidade dos trabalhos foi evocada por todos os coordenadores. Isto nos alegra muito, pois mostra que a FTU já é um centro de referência e produção acadêmica na área de Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras e Tradição Oral.

Após uma excelente lasanha que comi entre outros pratos no almoço oferecido pela FTU, assistimos a fala do professor Wagner Sanches, que trouxe a teologia para encarar problemas sociais, provocando este saber acadêmico para ser mais pragmático. Enfrentar objetivamente questões que nem sempre são de fácil solução. A profa. Mundicarmo deu início ao encerramento do evento evocando os Caboclos, os Reis Encantados e provocando outros olhares sobre estes Ancestrais que são tão especiais para nós das Religiões Afro-brasileiras.

Quando afirmamos início ao encerramento, não mentimos. Duas horas depois do término formal do congresso, lá estávamos dentro do terreiro cantando para os nossos Ancestrais. Qual não foi a nossa surpresa, quando Pai Joaquim incorporou em Pai Rivas e nos deu bênçãos que emocionaram coletivamente. Emoção esta que foi amplamente aprofundada com a perfeita incorporação do Caboclo 7 Espadas.

Confesso que chorei, chorei muito. Chorei de alegria pelo sucesso do Congresso, chorei de felicidade pelo projeto da FTU idealizado por Pai Rivas e seus Ancestrais, chorei por ver o Caboclo que escreva livros que mudaram a minha vida e forma de pensar sobre ela. Ouvi deste mesmo Caboclo que este quarto evento marcava o fim de um ciclo e, naturalmente, o início de outro. Tenho certeza que será tão dourado quanto tudo que pude vivenciar ao lado de meu Mestre derradeiro, Pai Rivas. Mudanças estruturais estão chegando. Que bom, afinal meu Pai mesmo é quem diz: a constante da nossa Tradição é a contínua mudança. Espero (re)encontrar todos novamente no ano que vem!

E deixa a Gira girar!



Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)



segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica vídeo "Iniciação nas Religiões Afro-brasileiras"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos vídeo inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":
 

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.