segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Vídeo histórico: "A Umbanda do Caboclo das 7 Encruzilhadas nunca formou sacerdote em cursos"

Aranauan, Saravá, Axé!

 

Informamos mais cedo que a FTU não só defende a diversidade como a vivencia e que seu contato com as Religiões Afro-brasileiras como um todo por meio de suas verdadeiras e fidedignas Escolas é uma realidade.

 

A FTU possui um grande acervo de pesquisa de campo e gradativamente este material virá ao público por meio de seu sítio eletrônico.

Para iniciar esta nova série áudio-visual de produção acadêmica, é com grande satisfação que anunciamos o vídeo:

 

Pesquisa de Campo: Pesquisa sobre Umbanda Branca - "A Umbanda do Caboclo das 7 Encruzilhadas nunca formou sacerdote em cursos"

Entrevistado: Dirigentes da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade

Data: Junho de 2009

 

Esta entrevista com o Sr. Jorge, dirigente da sessão de pretos-velhos, e a Dona Laudelina, dirigente da sessão de desenvolvimento mediúnico, ambos da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade (TENSP) é clara sobre a formação do médium e do sacerdote.

Para acessar: www.ftu.edu.br, depois clique em "Produções Acadêmicas" - > Áudio-visual -> Pesquisas.

 

Ou acesse diretamente: http://www.ftu.edu.br/ftu/producoes-academicas/audio-visual/pesquisas/211-pesquisa-de-campo-pesquisa-sobre-umbanda-branca.html

 

A entrevista foi conduzida na época por mim e fui muitíssimo bem recebido pelos entrevistados. Com naturalidade contaram o processo de formação mediúnica e sacerdotal da TENSP, marcando com clareza a inexistência de cursos para sacerdotes ou sacerdócio sem mediunidade em todas as suas fases históricas – do Zélio aos dias atuais.

 

Em tempo. Agradeço ao meu pai espiritual, Pai Rivas, por ter me mostrado a possibilidade de exercitar a espiritualidade na academia. Por meio de Suas sábias orientações consegui adentrar na pesquisa científica para auxiliar neste processo de esclarecimento sobre as Religiões Afro-brasileiras. Não estamos interessados na opinião parcial, mas na busca criteriosa dos fatos. O que foi dito neste vídeo é incontestável. Assistam e vejam pelas palavras dos próprios "Babás de Umbanda" da TENSP como eles foram formados e como são formados todos que se filiam à casa.

 


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

A Academia na rua! Contribuição da FTU

Aranauan, Saravá, Axé!

A Faculdade de Teologia Umbandista(FTU) possui três frentes de atuação importantes para todos nós das Religiões Afro-brasileiras: ensino de excelência, pesquisa de ponta  e levar a academia para as ruas através do diálogo. Se a faculdade ficasse apenas na academia, isto por si só já representaria uma ganho coletivo enorme. Porém a faculdade extrapola indo à rua tal qual Exu para promover a inclusão real e total. Isto trouxe e está trazendo benefícios significativos.

 

Um destes é refutar a codificação. Os irmãos que concordavam com esta abordagem, encontraram na visão crítica da FTU um ponto de apoio importante. Hoje este tema é facilmente resolvido com lógica e bom senso. Por este justo motivo muitos que eram contra já não conseguem apresentar isto publicamente, porém ainda existem focos ideológicos que não podemos olvidar e nossa posição a favor das Escolas, a favor da diversidade e, portanto, contrário à codificação estará sempre presente no nosso diálogo.

Não adianta olhar a história e evocar trechos de livros de autores ou eventos no passado que utilizaram a palavra codificação para sustentar esta ideologia. Se houvesse uma preocupação acadêmica, o autor deveria ter seu pensamento invocado na íntegra, considerando os problemas da época, enfim o contexto que foi apresentado à sociedade. Mesmo que não exista esta preocupação, surge algo muito mais sério.

O decoro umbandista ou das religiões afro-brasileiras pede que ao citarem nossos ancestrais avoengos em sua literatura ou ações na comunidade o façam com zelo, atenção e consciência dos objetivos que terreiro e mesmo a Escola dos mesmos possuíam como base para este ou aquele posicionamento. Sendo assim citar trechos isolados são apetrechos para quem não sabe mais como sustentar uma posição difícil que é a da codificação, pois vai de encontro com a harmonia entre as Escolas.

 

Dentro deste exemplo, utilizemos uma aplicação prática. Pai Matta e Silva (Mestre Yapacany) apresentou várias ideias que marcaram época e que ainda estão em pleno vigor. Pois bem, sobre a codificação nos termos que ora discutimos é óbvio que ele foi contra. Quando citava a palavra codificação, falava do que vem do Astral para os homens e isto é ponto pacífico. Mas não basta fazer uma interpretação das palavras, por mais claras e objetivas que são as esposadas na obra do referido autor. É importante ir à campo e conversando com o seu legítimo sucessor Pai Rivas (Mestre Arhapiagha), o mesmo reforça o exposto acrescentando que àqueles que buscam uma codificação entre os homens querem tomar para si a função do Astral.

Os irmãos agora devem entender porque é importante, para quem pretende fazer teologia de forma séria, cursar uma faculdade regulamentada pelo MEC (Ministério da Educação). Aprender a formular uma correta hipótese, realizar uma investigação do seu objeto de estudo com clareza, pesquisar provas e contraprovas para enfim dar publicidade sobre os resultados do trabalho ratificando ou retificando as possíveis respostas do problema inicial. Isto é básico para a academia, mas pelo incrível que isto possa parecer existe material que é publicado com notas referenciais, algumas erradas inclusive, e "boom": divulga o mesmo como conteúdo teológico. Pior, seus autores carregam o nome da Sagrada Corrente Astral de Umbanda.

Sinceramente existem assuntos que circulam na internet que não são apenas incipientes, mas insipientes com "s" mesmo. Alguém ainda acha ser possível fazer o povo do santo de bobo ou folk? Não se sustenta mais uma posição codificadora diante da conscientização que todos nós das religiões afro-brasileiras temos sobre a importância do respeito às diferenças.

A FTU trabalha esta visão plural para que exista reconhecimento não só na academia, mas também dos adeptos das religiões afro-brasileiras. Temos no site da faculdade (www.ftu.edu.br), blog Espiritualidade e Ciência (espiritualidadeciencia.wordpress.com), canal do Youtube (http://www.youtube.com/pairivas), o mais recente livro do Pai Rivas "Espiritualidade e Ciência na Teologia das Religiões Afro-brasileiras", entre outros materiais de qualidade que buscam socializar os saberes e fazeres com diálogo e alteridade.

 

Nas vídeo-conferências, como exemplo de pesquisa da FTU, conhecemos o trabalho de sacerdotes de todos os estados da federação, mais Argentina, Uruguai e até mesmo Portugal. Além disso, a faculdade mantém contato com dirigentes de outros lugares do mundo e, dentro de pouquíssimo tempo, esta vasta pesquisa de campo será disponibilizada para todos os internautas em seu site de forma gratuita.

 

Como diz Pai Rivas, não basta falar ou fazer é preciso também viver e ser. A FTU não tem um discurso vazio ou com viés ideológico, ela expressa em ações as suas ideias. É por isso que afirmamos tratar de uma prática teorizada e teoria prática interdependente.

 

Como pesquisador acadêmico e, principalmente, religioso me sinto realizado ao saber que em pleno século XXI temos uma faculdade de teologia com ênfase nas religiões afro-brasileiras autorizada e credenciada pelo MEC que contempla na sua grade curricular aulas e vivências que contemplam todas as Escolas, sem exclusão. Esta postura de vanguarda foi coroada com a diplomação dos primeiros teólogos do mundo considerando a chancela da USP dada ao documento. Isto é maravilhoso!

Qualquer colega sério que pesquisa não pode olvidar este fato histórico e igualmente os conceitos que estão influenciando positivamente o cidadão religioso afro-brasileiro. Neste caso, ir contra os fatos é academicamente inadmissível e religiosamente antiético.

Saravá, Axé!
João Luiz Carneiro (Yabauara)

Doutorando em Ciências da Religião e Mestre em Filosofia

Discípulo de Pai Rivas (Mestre Arhapiagha)

 

Ps: Não citei outras formações acadêmicas, pois estas não fazem menção direta ao objeto de estudo aqui discutido. Só citamos a titulação quando a mesma é condizente ao assunto abordado.

Em nome da coerência vamos esclarecer!

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

Em tempo. Recentemente nos propusemos a não discutir ideias com grupos que não se caracterizam como Escolas, verdadeiros grupos "mutantes" como diria Pai Rivas. Ainda assim, existem ideias que não condizem com os fatos e em nome da dignidade, coerência e respeito às Religiões Afro-brasileiras precisamos esclarecê-los.

Aliás, isto já ocorreu antes. Iniciamos o ano, surgem textos ofensivos e produzindo ataques. Refutamos os erros com uso da coerência e depois somem... Ao longo de 2010 os irmãos perceberam como fomos felizes com as realizações coletivas trazidas pela FTU para as religiões afro-brasileiras, culminando (olhem bem) com a diplomação de seus primeiros teólogos. Quem bom, esta nova rodada de textos evasivos é um bom indício que o ano de 2011 será melhor ainda para todos nós. Desejamos isto para todas as Escolas das Religiões Afro-brasileiras!

Por falar em FTU, lembramos que por ser o primeiro curso de formação de teólogos com ênfase nas religiões afro-brasileiras do mundo, ela marcou a história. É bem verdade que para grupos que sustentam erros crassos de assuntos elementares da física isto seja difícil de entender, mas façamos um exercício simples de lógica. Se não existia faculdade de teologia umbandista antes da FTU, como um professor com formação em teologia umbandista poderia dar aula para as primeiras turmas?

Naturalmente, que após a formação de seus primeiros teólogos já possuímos docentes com esta formação. Estes teólogos estão agora avançando na pós-graduação, o que denota a preocupação da FTU em ter um corpo docente qualificado. Logo questionar a formação de seus professores e alunos é ir contra a FTU, a USP que chancelou o seu diploma e, principalmente, o MEC (Ministério da Educação) que regulamentou a faculdade e seus diplomados.

Quanto às ideias apresentadas pelo meu pai e avô de santé, Pai Rivas e Pai Matta, em suas obras, elas estão calcadas na visão das Escolas que eles trouxeram com clareza e lógica. Fazendo uso da boa metafísica, característica basilar de uma cosmovisão séria.

Um conceito central que auxilia em muito compreender o êxito da faculdade é o de Escolas trazido de forma inédita por Pai Rivas. Neste conceito Umbanda não é Escola, mas formada por várias Escolas. Respeitamos os autores que utilizaram este termo em outras situações com outras significações, mas Escola é uma forma de compreender e praticar o Sagrado. A Umbanda/Religiões Afro-brasileiras não possui uma, mas várias Escolas que juntas formam a Unidade na Diversidade.

Já Umbandização foi trazido pela primeira vez por Roger Bastide, não foi outro acadêmico o seu precursor.  Isto não é novidade, pois o próprio Pai Rivas já escreveu e falou sobre isto em vídeo-aulas. Mesmo assim, a umbandização ganhou uma nova forma de compreensão dentro da teologia das religiões afro-brasileiras de tal forma que nos beneficia muito mais, pois não suscita um purismo, mas sim a força da diversidade.

 

Tanto estes como outros conceitos oferecidos pelos sociólogos e antropólogos foram e são importantes, porém não podemos negar a forma própria e sistematizada na teologia que Pai Rivas e a FTU sustentam tendo legitimidade acadêmica. Afirmo isto, pois meu pré-projeto de Doutorado em Ciências da Religião foi aprovado tanto na PUC-SP como na UFJF e versavam exatamente sobre estas questões.

 

Por falar em teologia, tem um fato histórico que Pai Rivas nos conta sobre a existência de um jornal pernambucano chamado "O Carapuçeiro" escrito por um padre católico. Diante das construções que temos divulgado do Pai Rivas, deve ter muita gente precisando lê-lo. Concordam?

 

Não adiantam apelar tentando colocar as Escolas contra nós. Primeiro que atitudes de concorrência como esta só mostram a inconsistência com a proposta das religiões Afro-brasileiras, do Astral Superior. Segundo que não somos nós que formamos sacerdote em cursos e muito menos tentamos codificar a Umbanda. Como diz Pai Rivas, para quem fala a verdade só existe felicidade. Quem falta com a verdade é que precisa se preocupar para criara estratégias evitando entrar em contradição. Mas sempre entram...

 

Como recordar é viver, novamente observamos o santo de barro. Ele caiu e quebrou novamente. Sem nenhum esforço magístico, apenas seguindo a lei natural. Até porque é anacrônico em pleno século XXI apelar para mágica com batráquios, não é mesmo?

E deixa a Gira girar!

 

Ps1: Texto escrito hoje com a data de hoje mesmo

 

Ps2: Para compreender melhor os conceitos de Escolas e Umbandização sugerimos a leitura atenta do Blog Espiritualidade e Ciência disponível emespiritualidadeciencia.wordpress.com  

 

PS3:  Processo Seletivo 2011 da FTU

Inscrições 

03 de jan. de 2011 a 10 de fev. de 2011
Horário: 16h às 20h 

Provas 

12 e 13 de fev. de 2011
Horário: 13h às 17h 

Matrícula

14 a 15 de fev. de 2011  

Início das aulas

16 de fev. de 2011

Informações

(55 11) 5031-8852
faculdade@ftu.edu.br

 


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto "Caboclo pede Agô"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos mais um texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

Caboclo pede Agô

Leia um trecho:

Filhos de Fé! Entendam que o Caboclo que ora escreve é um desses mesmos Caboclos que "baixam no terreiro" e atendem aos Filhos de Fé, nas tão costumeiras consultas, conselhos, passes, etc. Este Caboclo é o mesmo 7 Espadas de Ogum, que "baixa" nas sessões de nossa humilde tenda, e que agora, nestas pequenas lições, vez por outra usará termos tão comuns em nossas "giras de terreiro". Os Filhos de Fé de nossa humilde choupana de trabalhos já estão acostumados com as variações da mediunidade e entendem que o ser espiritual pode usar a vestimenta astral que melhor lhe aprouver, tudo visando ser melhor compreendido quando se dirigir aos filhos da Terra, ainda presos a certos conceitos arraigados sobre Caboclos, Pretos-Velhos, etc. Devemos entender também que a mediunidade é fruto do perfeito entrelaçamento vibratório entre o cavalo (médium) e a entidade atuante, através de sutis laços fluídico-magnéticos, e principalmente através da sintonia e dos ascendentes morais-espirituais.

Continua...

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Exemplo de diálogo entre Sacerdotes: Viva a Convivência Pacífica!

Aranauan, Saravá!

Acabamos de ler no twitter do Pai Rivas (http://twitter.com/rivasneto) sobre a relação de amizade e diálogo franco com Roger Feraudy. Aproveitamos o ensejo para convidar os irmãos a conhecerem o twitter do Pai Rivas e ler sobre este assunto e muitos outros interessantíssimos.

 

Dada a importância de demonstrar a possibilidade de convivência pacífica entre sacerdotes de casas diferentes, pedi e obtive agô do meu Pai para transcrever Suas palavras:

 

Bens e Luz a Todos! Muitos me perguntaram sobre Feraudy. O que dizer sobre ele?Uma pessoa de conduta proba, honesta, sincera e não menos modesta. Amigo leal e sempre aberto ao diálogo franco. Apesar de não raras vezes termos opiniões diferentes, nossas discussões jamais alteraram a nossa amizade. Pelo contrário, se fortalecia.

Esse era o Feraudy, desimbuído da tola vaidade. Nunca se achou melhor que outro irmão, muito menos as suas obras e ainda mais as suas entidades espirituais. Nunca disse que elas eram as melhores da Umbanda.

Nunca soube por ele que havia fundado uma Escola de Umbanda. Se dizia sacerdote de uma Umbanda Oriental em sua parte esotérica. E muitas vezes me disse que eu era um ser privilegiado por ter as entidades que tinha e ser Iniciado por um grande Mestre.

Mais do que isso, ele mesmo tinha o pai Matta como seu Mestre à distância. Só posso dizer coisas boas do Feraudy. Tivemos e temos uma amizade sincera e verdadeira.

Tanto é verdade que ele nos fez a gentileza de dizer o que achava da obra "Umbanda - A Proto-síntese Cósmica" e nós colocamos na orelha da capa do livro. As palavras foram estas:

"Se tivéssemos que sintetizar nossa visão sobre Umbanda – A Proto-síntese Cósmica, diríamos que é uma obra definitiva, seus conceitos transcendem a visão dos adeptos, dos acadêmicos e mesmo da maioria dos sacerdotes, revelando uma doutrina cuja consistência sequer é imaginada".

Essa é amizade q possuo com a maioria dos irmãos de fé de todas as religiões afro-brasileiras de todos os Estados do Brasil. Viemos à terra para fazer amigos, não é mesmo? Axé.

Para quem não sabe, Roger Feraudy – saudoso e antigo amigo era odontólogo, ensaísta, compositor da MPB, renomado escritor e poeta. Profundo conhecedor da Umbanda em seus aspectos teórico-práticos. Sacerdote que escreveu várias obras umbandistas de alta relevância para o movimento.

 

A amizade de Pai Rivas é assim com todos. Não só nos estados do Brasil, mas com sacerdotes de várias lugares do planeta. As palavras transcritas do twitter (http://twitter.com/rivasneto) mostra que existe um diálogo verdadeiro, não um monólogo. Este diálogo não se deu e se dá como provocação, mas é aceito com naturalidade pelos sacerdotes de casas diferentes.

 

Quando Pai Rivas conversa comigo ou com outras pessoas, independente da casa que estão filiadas, nunca fala sobre coisas chulas. Estranha-nos pessoas que se dizem ir ao encontro da espiritualidade e conduzir outras no mesmo caminho usar deste expediente. Ironia bem feita cabia aos filósofos qualificados na Grécia Antiga. Agora ironia pejorativa, palavras de baixo calão, brincadeiras esdrúxulas se não cabe entre cidadãos, o que dirá de um religioso afro-brasileiro?!?

 

E deixa a Gira girar!


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Exu - O Grande Arcano: conheça a capa da 4ª edição!

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários!

Dia 19/02 será o lançamento da 4ª edição do livro "Exu - O Grande Arcano". Pai Rivas apresentou a capa desta obra paradigmática via twitter (http://twitter.com/rivasneto).

Conheça o livro da Capa Preta a ser publicada pela Ayom Editora: http://twitpic.com/3takdn

Ps: Tem mais novidade chegando!
Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Um exemplo de diálogo entre Escolas

Aranauan, Saravá aos irmãos planetários!


Para compreender a simplicidade e concomitante profundidade da Umbanda, remeto as palavras do Pai Rivas quando afirma ser ela uma ideia que se expressa em diversas linguagens. Cada linguagem está sob o manto da Umbanda, as Escolas expressam a suas linguagens.

 

Não é Escola aquela que não possui uma linha de transmissão, uma Raiz e age como parasita sobre outras Escola para sobreviver. Diante disto, precisa hipervalorizar a Escola que está parasitando para se fortalecer. Estimula a desunião e a verticalização dos terreiros considerando uns (os seus) melhores que os outros.

 

Como exemplo profícuo de diálogo entre as Escolas sugiro assistir o vídeo do Pai Rivas que entrevista Zélia e Zilméia no terreiro do Zélio, fundador da Umbanda Branca. Percebam, meus caros, o respeito, o carinho recíproco. Acesse:

 

História da Umbanda – Zélio de Moraes não foi o fundador da Umbanda - http://sacerdotemedico.blogspot.com/2010/08/historia-da-umbanda-zelio-de-moraes-nao.html


De igual forma, não podemos olvidar o problema que são estes grupos que não fazem parte de uma Escola e tentam se apropriar dela numa lógica de mercado selvagem e carente de valores espiritualizantes. Normalmente estas posturas fundamentalistas beiram o extremismo. Recentemente um listeiro discordou da colocação de um defensor da codificação e a sua integridade física, bem como de sua família foram ameaçadas em privado (pvt). Isto é uma demonstração de o que um grupo sedento pelo poder é capaz de fazer quando seus interesses últimos não são atendidos.  

A postura é nazifascista. Algo como: "se não concorda, só pode estar contra". Este processo alienante causou grandes traumas à humanidade e certamente a ética das religiões afro-brasileiras está distante disto.

 

Vamos valorizar o diálogo entre as Escolas!


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto extra "Faculdade de Teologia Umbandista e sua linha de pesquisa"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos mais um texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

Faculdade de Teologia Umbandista e sua linha de pesquisa

Leia um trecho:

Gostaríamos de divulgar um texto acadêmico de nosso filho espiritual Yabauara importante para as religiões afro-brasileiras, que visa esclarecer a função da Faculdade de Teologia Umbandista na sociedade brasileira


Reflexão crítica sobre a FTU

O texto ora apresentado se apóia na minha pesquisa em Ciências da Religião, nível doutorado, pela PUC-SP. Projeto este que foi aprovado na UFJF como requisito parcial para o processo seletivo no programa em Ciência da Religião.

Ainda na pesquisa em Filosofia, nível Mestrado, trabalhei o autor Jürgen Habermas e sua ética do discurso. Uma teoria que passa pelos aspectos intersubjetivos, políticos e éticos propriamente ditos. O discurso em Habermas exercita aos interlocutores no diálogo um encontro constante com o Outro. Ou seja, é uma alteridade real, não apenas idealizada.


Continua...

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia. 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Manifesto do Blog Espiritualidade e Ciência: reflexões importantes sobre a teologia

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários!

Ontem tivemos uma feliz surpresa ao ler a publicação extra, um manifesto sobre a Teologia das Religiões Afro-brasileiras no Blog Espiritualidade e Ciência - http://espiritualidadeciencia.wordpress.com.

Nossa felicidade se deve ao fato de constatarmos como as Religiões Afro-brasileiras foram e estão sendo beneficiadas pela fundação da FTU(Faculdade de Teologia Umbandista) e a diplomação dos primeiros teólogos com ênfase nas religiões afro-brasileiras da história!

Percebam meus irmãos que este processo de inclusão pela educação e teologia fomentada pelo Pai Rivas e a faculdade é algo maravilhoso. Sabemos que o Astral Superior trabalha pelo bem coletivo, pela felicidade planetária e certamente a educação é uma forma estruturante de realizá-la. Lógico que somos sabedores da existência de pessoas que não tiveram acesso à educação e muito fizeram pela religião, mas todos igualmente nunca agiram contra o ensino. Pelo contrário, estimularam em seus vários níveis.

Assim a proposta da faculdade é pedagógica e não mercadológica. Tanto é verdade que Pai Rivas fundou uma instituição de ensino superior, não um estabelecimento comercial. Submeteu as ideias espiritualizantes em formato teológico para avaliação do MEC e não para patentear marca junto ao INPE.

Este trabalho a favor de todas as Escolas não permite polarizações. Pai Rivas e as instituições sob sua orientação dialogam com as Escolas e estabelecem pontes que propiciam uma convivência pacífica. Não poderia ser diferente, está há mais de quatro décadas com terreiro aberto e iniciado nas religiões afro-brasileiras em suas várias expressões rito-litúrgicas. Sustenta a ideia do sacerdócio feito no terreiro por um pai espiritual feito da mesma forma.

As entidades que trabalham com Pai Rivas no terreiro e nos livros psicografados nunca produziram erros e muito menos estimularam uma visão de concorrência. Não quer que o seu grupo seja melhor, mas que todas as Escolas tenham melhores condições espirituais, culturais, sociais, políticas e econômicas.

Por tudo isso que vivencio na Escola de Síntese, sinceramente não estou interessado em discutir com grupos que não são Escolas. Estes não querem dialogar e tentam impor sua visão aos demais criando fragmentações deletérias. As religiões Afro-brasileiras propiciam a liberdade espiritual, pois seus adeptos têm total escolha sobre o caminho que querem seguir com responsabilidade.

A teologia com ênfase nas religiões afro-brasileiras ficou marcada na história pelo advento da FTU. Suas contribuições para a nossa comunidade como um todo são incontestáveis e perenes. Urge refletirmos sobre as palavras do Manifesto e nos posicionarmos a favor de todas as Escolas, afinal é nesta Unidade na Diversidade que encontramos meios concretos de realizar a paz e união umbandista/afro- brasileira 


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto extra "Manifesto I - Sobre Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos mais um texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

Manifesto I - Sobre Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras 

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia. 

Para conhecê-las, acesse: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com

Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)




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FTU: Educando para uma Cultura de Paz
(credenciada e autorizada pelo MEC - portaria 3864 de 18/12/2003)


Canal de Vídeos Gratuitos do Pai Rivas

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

Gostaríamos de divulgar o endereço do canal de vídeos do Pai Rivas no Youtube: http://www.youtube.com/pairivas. Neste endereço é possível assistir aos mais de 60 vídeos publicados em menos de um ano alcançando a marca superior de 58000 acessos.

Vídeos que falam sobre as religiões afro-brasileiras e se relacionam diretamente com a proposta do Blog Espiritualidade e Ciência e a teologia com ênfase nas religiões afro-brasileiras tendo na FTU uma instituição autorizada e credenciada pelo MEC que em 2010 formou os primeiros 21 teólogos umbandistas ou afro-brasileiros do Brasil e do Mundo.

 

Esta divulgação tem como objetivo apresentar a visão da Escola de Síntese e seu trabalho pelas Religiões Afro-brasileiras. É uma publicidade espiritualizada que abrange a todas as Escolas e fomenta a educação com meio de Inclusão Total. Ressaltamos que estamos falando apenas de Escolas como forma de transmissão de uma Raiz e sua linhagem e não de grupos.

 

Ps: A posição de vanguarda da Escola de Síntese se dá, pois Ela privilegia a todas as Escolas. As que não são Escolas...

 

Exercite o diálogo como terapia em http://twitter.com/rivasneto ou espiritualidadeciencia.wordpress.com

 


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Exu - O Grande Arcano: conheça a capa da 4ª edição!

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários!

Estamos há poucos dias do lançamento da 4ª edição do livro "Exu - O Grande Arcano". Pai Rivas, em primeira mão, acaba de apresentar a capa desta obra paradigmática via twitter (http://twitter.com/rivasneto).

Conheça o livro da Capa Preta a ser publicada pela Ayom Editora: http://twitpic.com/3takdn

Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A Educação pela Vivência, sem cartilhas...


Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

É com grande satisfação e alegria que acessamos a publicação 110 "Contos, encantos e encontros num ritual de fundamento da Escola de Síntese" e a publicação 111 "A Hierarquia Divina na Umbanda na visão da Escola de Síntese" do Blog Espiritualidade e Ciência disponível em:
http://espiritualidadeciencia.wordpress.com

Em ambas as publicações observamos uma apresentação natural de ideias, algo que reflete o sacerdócio forjado no terreiro passando por uma linha de transmissão, uma raiz de fato e direito. Isto não é privilégio de uma, mas de todas as Escolas. Nossa tradição oral nos conduz ao contato constante e verdadeiro entre discípulo e Mestre, filho e pai de santo. Algo que não pode ser substituído por apostila ou curso de formação mediúnica ou sacerdotal.

Lógico que entendemos e achamos justíssimos os templos que oferecem cursos para os seus médiuns, mas nos referimos especificamente àqueles que tentam passar uma visão distorcida para a comunidade das religiões afro-brasileiras. Compreendendo a importância do tema, penetremos no nosso diálogo para algo muito sério e delicado que é a educação infantil dos religiosos afro-brasileiros.

Apenas como exemplo hipotético, imaginemos um livro ou apostila que assumisse para si o ensino de nossas crianças em formato de "cartilha infantil" da Umbanda. Não bastasse o perigo da codificação das religiões afro-brasileiras, algo impossível que as Escolas nunca tentaram fazê-la, será possível alguém tentar uma codificação infantil?

Logo a criança, um ser recém encarnado, que está em uma fase de construção da sua personalidade, do seu caráter ter sua liberdade tolhida por uma visão única e equivocada de contatar o Sagrado?

Nem todos são pais, mas certamente todos são filhos e, neste sentido, sabem que a melhor forma de educar é pelo exemplo. Não adianta falar ou escrever uma coisa e fazer outra, a criança aprende aquilo que seus pais praticam.

Esta naturalidade da família cosanguínea analogicamente é a base da família espiritual. Os filhos espirituais vão aprendendo com seus irmãos mais velhos, com o sacerdote e os guias que baixam no terreiro. Com a criança não é diferente. Não precisam de catecismo umbandista, precisam aprofundar o contato com os ancestrais, com o sacerdote. Isto não dá para ser transmitido pela apostila ou mesmo livro de "evangelização infantil".

Por falar em Evangelho, naturalmente a figura do Cristo surge em nossa mente. Não o Jesus esculpido por interesses escusos ao longo da história antiga e recente, mas o Cristo Cósmico. Este Sábio usou a Sua vida como exemplo para todos. Respeitou e defendeu a liberdade com responsabilidade, assumiu posições que muitas vezes iam contra o status quo, enfim expressava pelas palavras aquilo que vivia. Qualquer semelhança com a Iniciação nas Religiões Afro-brasileiras não é mera coincidência, é coerência com a Tradição Oral.


E deixa a Gira girar!

 Ps: Esta é a visão que aprendi com meu pai espiritual, Pai Rivas, dentro do terreiro na Escola de Síntese 


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto "A Hierarquia Divina na Umbanda na visão da Escola de Síntese"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos mais um texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":


 

As publicações do blog têm como proposta fomentar a
 terapia do diálogo ou diálogo como terapia. 

Para conhecê-las, acesse: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com

Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)




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FTU: Educando para uma Cultura de Paz
(credenciada e autorizada pelo MEC - portaria 3864 de 18/12/2003)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Novidades sobre a Revista "Teologia de Síntese: ênfase nas religiões afro-brasileiras"

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,


No III Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI realizado pela FTU(Faculdade de Teologia Umbandista), foi lançada a Revista "Teologia de Síntese: Ênfase nas religiões afro-brasileiras".

Trata-se da primeira revista digital de difusão acadêmica sobre teologia das religiões afro-brasileiras organizada de maneira sistematizada da nossa história. A 1ª edição piloto já está no ar contemplando artigos e notícias que atendem tanto a comunidade acadêmica, quanto o povo do santo.

 

Neste mês de janeiro foi lançado um novo formato de leitura mais agradável para todos. Conheçam a revista neste endereço: http://www.ftu.edu.br/revista/ vá até a sessão "Edição Atual" e boa leitura!

 

Para entrar em contato com a revista, envie um email para revista@ftu.edu.br ou acesso o fale conosco no mesmo endereço do site.


Vamos à Apresentação da revista:

 

A Faculdade de Teologia Umbandista (FTU) inaugura mais um canal de diálogo com a sociedade civil. Trata-se da revista digital dedifusão acadêmica Teologia de Síntese: Ênfase nas Religiões Afro-brasileiras. O objetivo com esta iniciativa é aproximar o saber acadêmico e o saber popular tradicional passando pelo saber religioso, tal qual o diretor geral da FTU, o prof. F. Rivas Neto (Pai Rivas) cunhou como mote para a faculdade. Desta forma, a revista busca divulgar estudos sistematizados das religiões afro-brasileiras. Não podemos deixar de destacar o ineditismo desta proposta, pois é a primeira vez que a sociedade poderá acessar este conteúdo de forma organizada e continuada.

 

A revista eletrônica dará espaço aos docentes, teólogos formados e alunos de teologia umbandista da FTU para publicação de artigos, pesquisas, resumos de trabalhos de conclusão de curso, entre outros formatos de material acadêmico; bem como receberá a contribuição de docentes e discentes de outros programas acadêmicos em nível de graduação e pós-graduação que discutam a teologianas religiões afro-brasileiras ou disciplinas que se relacionam diretamente com ela no formato de artigos, traduções, resenhas e resumos.

 

Desfrute o material apresentado e envie seu comentário para o email divulgado.

Esta é mais uma conquista das Religiões Afro-brasileiras. Passamos a ter mais visibilidade na sociedade civil e nas comunidades acadêmicas que estudam a nossa forma de contatar o Sagrado...

 

E deixa a Gira girar!

 


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

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FTU: Educando para uma Cultura de Paz
(credenciada e autorizada pelo MEC - portaria 3864 de 18/12/2003)

Compreendendo a FTU: uma reflexão necessária

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

Acompanhando as palavras do Aratish, temos convicção da importância deste trabalho e só divulgamos e discutimos em lista aquilo que beneficia, que interessa a todos. Não faz sentido discutirmos os fundamentos que são vivenciados dentro da nossa Escola a não ser para aqueles que estão buscando a Iniciação nela. Pai Rivas tem literalmente milhares de filhos de santé espalhados pelo Brasil e fora dele. Não precisamos e nem queremos fazer proselitismo.


Basta observar que nunca foi visto por aqui afirmarmos que a nossa doutrina é melhor do que qualquer outra ou que apenas o que praticamos é o certo. Pelo contrário, nossa discussão em anos de lista é levar para a comunidade afro-brasileira e a sociedade civil a importância da diversidade das religiões afro-brasileiras que possuem em essência muito mais pontos de semelhança do que se possa imaginar. A Umbanda ou Religiões Afro-brasileiras , nas palavras do Pai Rivas, é uma ideia que se expressa em diversas linguagens.

Se os irmãos pensarem bem, esta inciativa do Pai Rivas é de muita coragem. Coragem, pois seria muito mais cômodo para um sacerdote ficar em seu terreiro alheio há tudo que está acontecendo da porta do templo para fora. Só que quem conhece o Pai Rivas sabe que comodismo não representa em nada o seu pensamento. Por este motivo, apresentou para seus filhos espirituais em um primeiro instante e tornou público há algumas décadas que o povo do santo se fortalece na interação pelo diálogo entre as Escolas. A força da nossa Tradição é o diálogo na diversidade. Mais do que falar, Fez, Faz, Vive e É.

Seguindo nesta direção, no início deste milênio, Pai Rivas fundou a FTU. Uma instituição de ensino superior (IES) que, como qualquer outra, possui uma mensalidade que os seus alunos pagam como meio para sustentar os custos da instituição. Lembramos que esta mensalidade nunca sofreu acréscimo, logo há cada ano fica mais barata. O que é uma exceção nesta lógica de mercado que virou o ensino privado no país. Além do exposto, todos os seus alunos possuem bolsas, muitas integrais (100%). Não tem mágica para isto acontecer, tudo está sob os auspícios dos Orixás (sem isto a faculdade não estaria de pé) e o planejamento acadêmico. Temos como exemplo os cursos de extensão e lato sensu presenciais e telepresenciais com dupla finalidade. Divulgar a teologia umbandista ou afro-brasileira para todos e criar uma renda que permita ofertar mais bolsas para os alunos que cursam o bacharelado presencial.

Desconstruindo a regra capitalista, os recursos financeiros não fazem parte dos objetivos últimos da FTU. Até nisso as religiões afro-brasileiras são exemplo. Os recursos servem como meios para viabilizar a disseminação da teologia para todos os setores da sociedade garantindo a nossa isonomia. Pedimos aos irmãos que por ventura pensem diferente para refletir bem nessas palavras antes de sair afirmando que a faculdade tem interesse pecuniário ou outras estratégias mercadológicas.

 

Ratificamos. Numa sociedade onde tudo virou capital, tudo é oportunidade para auferir lucros, Pai Rivas com imensa coragem funda uma faculdade ligada às religiões afro-brasileiras com ideias espiritualizantes paradigmáticas: promover a Inclusão total pela Educação. Quando divulgamos o trabalho do Centro de Cultura, Blog Espiritualidade e Ciência e as atividades da FTU (Faculdade de Teologia Umbandista), o fazemos na certeza que são frutos onde todos nós somos beneficiados. São oportunidades de mostrarmos como podemos dialogar com os demais cidadãos religiosos e seculares sem sofrer intolerância e mais: como a nossa teologia pode contribuir para uma cultura de paz perene.

PS: Para reforçar a importância do sacerdócio, sugerimos a leitura da publicação do Blog Espiritualidade e Ciência de hoje: Contos, encantos e encontros num ritual de fundamento da Escola de Síntese disponível em http://espiritualidadeciencia.wordpress.com


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


Em 19 de janeiro de 2011 15:51, Aratish <aratish@uol.com.br> escreveu:

 

Aranauan, Saravá a todos,

Em referência a esta mensagem gostaria de relembrar alguns fatos.

Em nossa comunidade foi Pai Rivas que redefiniu a importância da diversidade nas Religiões Afro-brasileiras, não apenas por ser o fundamento de origem destas religiões, mas também pelo dinamismo que esta imprime em sua construção coletiva e por sua importância na constituição da pluralidade cultural e religiosa brasileira. Esta construção coletiva vem sendo feita, pelo que ele apropriadamente definiu por Escolas, que se definem por uma origem ou Raiz e que tem uma linhagem de transmissão de conhecimentos e de práticas ético-doutrinárias que se referem e são referidas pela totalidade destas mesmas religiões.

Com esta vereda explicativa se evitam algumas confusões e analogias indevidas das quais gostaria de citar apenas duas: diversidade com caosidade e Escola com seita. Quando Pai Rivas fala em diversidade das Religiões Afro-brasileiras, não está se referindo a uma espécie de "vale-tudo" de interpolações - estranhas ou aberrantes a estas religiões -; muito menos ainda com a produção de "novos produtos" ou "produtos maquiados" produzidos por aqueles que fazem destas religiões um mercado - sempre interessados em amealhar ou serem afamados.

De igual maneira, o conceito de Escolas supõe uma relação de pertença e identidade de cada Escola com o conjunto da Religião. A Escola tem uma clara identificação com a Religião e de outro, sozinha, não é capaz de representar esta mesma totalidade. Esta dupla condição deixa claro que a codificação é um ato de violência, como também são as tentativas de impingir um "revelador" – aquele que vela (oculta) novamente, lembra Pai Rivas. Os grupos que pretendem a codificação, a dogmatização ou impor-se por uma suposta revelação, na essência almejam a hegemonia, e estas manobras são incompatíveis com o conceito de Escolas, logo, são seitas – se apartaram da união na diversidade da gestalt Umbandista ou das Religiões Afro-brasileiras.

Outro fato importante é que Pai Rivas propôs também uma nova paidéia – construção de um novo homem e de uma nova cidadania pela via da educação – que contempla com a mesma isonomia de importância de todas as Escolas e, ao mesmo tempo, uma paradigmática síntese dos saberes que supera a dualidade entre religiosismo e cientificismo, que a muito tempo engessa a nossa cultura numa falsa polarização. Nesse sentido, entre outras iniciativas, a fundação da única Faculdade de Teologia Umbandista, cujas diretrizes e práticas pedagógicas unem de forma segura o saber popular ao saber acadêmico e religioso, além da transdisciplinaridade entre os diferentes saberes, são incontestes conquistas.

Estes avanços também reorientaram os nossos debates e atenções para aspectos mais significativos – nossas semelhanças -, pautados pelo respeito à diversidade, mas sem fazer concessões ao erro e aos desvios de caráter. Os progressos já se fazem sentir, inclusive no uso de um léxico de palavras que Pai Rivas deu projeção na rede social ou em outras mídias de nossa comunidade, sem mencionar as proposições e idéias que passaram a ser voz corrente entre nós: Escolas Umbandistas, respeito à diversidade, união pelas semelhanças, construção coletiva, não codificação, cultura de paz, etc..

Referendo as palavras de meu irmão Yabauara - Pai Rivas não precisa de apologia, os frutos do seu trabalho falam por si só.

Axé a todos!

 

Aratish

Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Teólogo Umbandista





Em 17/01/2011 13:57, Aluizio M Veras Filho < aluizioveras@globo.com > escreveu:

Salve:

Achei muito interessante esse texto do nosso irmão Norberto Peixoto e repasso a vocês para reflexão.
Saravá fraterno
Aluizio Veras
Em 17 de janeiro de 2011 13:51, Saravá <sarava@portoweb.com.br> escreveu:

 

Codificando a Umbanda!?

A Umbanda é uma religião absolutamente aberta que tem inúmeras diferenças de interpretação, que variam de região para região, de terreiro para terreiro, de sacerdote para sacerdote.
A Umbanda não tem e nunca terá uma codificação ou um codificador. A Umbanda não tem uma bíblia, um livro sagrado, um poder central ou um Papa do saber.
A Umbanda não tem uma instituição que prevaleça sobre as demais e que estabeleça normas ou formas de culto que engessem a liberdade ritual de cada terreiro e sacerdote.
Especificamente a Umbanda que praticamos em nossa Choupana não é melhor do que qualquer outra prática umbandista dos milhares de terreiros deste Brasil.
O nosso canal de vídeos, divulgando nossas palestras, que ocorrem antes das giras, o estudo sistematizado da Umbanda e demais preleções falando da religião, baseia-se em pontos de vistas particularizados em nossa prática ritual e não objetivam impor doutrinas, verdades, dogmas ou tabus. Temos por motivação atender às inúmeras solicitações que tivemos para que disponibilizássemos estes vídeos de forma acessível a todos. Nossa intenção não é e nunca será estabelecer fundamentos que engessem quem quer que seja tolhendo a sagrada liberdade propiciada pela nossa religião. Cada centro, cada terreiro, tem sua própria raiz, origem e fundamentação e em todos eles o Sagrado vibra igualmente.
Entendemos a Umbanda enquanto religião estruturada do ponto de vista de nossa vivência ritual que atende a comunidade que simpatiza conosco, assim como acontece em todos os demais terreiros e com seus dirigentes e agrupamento de médiuns.
Não damos cursos pagos, não formamos sacerdotes e o nosso estudo sistematizado não emite quaisquer certificados ou imputa fundamentos à Umbanda.
Respeitamos incondicionalmente a mediunidade e as diferenças de interpretações do Sagrado emitidas por todas as lideranças umbandistas da atualidade. Preconizamos uma Umbanda Ética, que preserva a natureza, respeita as diferenças, não objetiva quaisquer ganhos pessoais ou de instituições e fomenta o respeito, a concórdia, o amor e a fraternidade em favor da coletividade como um todo.
Saravá fraternal,
Norberto Peixoto
Médium e dirigente
Choupana do Caboclo Pery
Grupo Umbandista Triângulo da Fraternidade.

 

 


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Atividade nos últimos dias:
Umbanda: Uma forma inteligente e espiritualizada de se bem viver
por Pai Rivas
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