quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Continuando o diálogo

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

 

Acreditamos que os fóruns de discussão na internet são excelentes locais para estabelecermos diálogos com as várias Escolas das Religiões Afro-brasileiras independente da distância física em que nos encontramos. Como afirmamos no texto anterior, não discutimos fé. Ou se tem ou não se tem, ou se crê ou não se crê. Buscamos sim, dentro da diversidade, aproximar as várias Escolas para valorizar a nossa Tradição pela Convergência.


Por conta disto, defendemos todas as Escolas. Nosso discurso não é proselitista, muito menos classista. Somos pelo fortalecimento de todas as Escolas e isto pode ser perfeitamente constatado nas construções do Pai Rivas dentro e fora da internet.

Um dos elementos que facilita este intercâmbio positivo é sem dúvida a educação. Por este exato motivo é que Pai Rivas a escolheu em vez do mercantilismo.  Não é pela lógica de mercado, mas pela lógica ética das tradições afro-brasileiras que a Faculdade de Teologia Umbandista (FTU) e todas as instituições parceiras ligadas a ela tem pautado as suas ações.

 

Este trabalho pela inclusão total está distante de uma cultura de massa, pois não é homogeneizante. Dito de outra forma, não é engessada e não usa cabresto. Queremos liberdade e esta só é plena quando está calcada na responsabilidade. Esta visão da Escola de Síntese introduzida pelo seu Grão-Mestre, o Pai Rivas, é paradigmática.


Aliás, muitas pessoas se incomodam com iniciativas como esta apenas porque não foram elas mesmas que as executaram. Sinceramente, para estes grupos sugiro desconsiderar o que escrevi. Não sabem o que dizem, pois não vivenciam o templo. Não sabe o que é ser discípulo, muito menos contemplar e trabalhar sob os auspícios de um Mestre de fato e de direito.

Insistimos neste ponto. Aos que não estão na senda iniciática, não possuem raiz, ou seja, não sabem a sua linhagem, por favor, deletem este texto. Afinal, ele só fará sentido para quem bate a cabeça no conga, respeita o seu pai de santo e não quer tomar a parte pelo todo criando uma relação de concorrência com os demais terreiros. Somos pelo respeito incondicional à rito-liturgia de cada casa. Sem imposição e muito menos sem inventar orixás.


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

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