terça-feira, 31 de julho de 2012

Sobre a Cruz Iniciática

Aranauan, Saravá, Axé!

Estamos acompanhando de perto as belíssimas informações que Pai Rivas está discutindo em seu twitter. O tema de ontem que foi desdobrado hoje é a Cruz Iniciática. Elemento componente da Alta Iniciação para aqueles que são ou se interessam pela Umbanda Esotérica. Vamos ler?

https://twitter.com/rivasneto 

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto "EXPANSÃO DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS-NASCE MAIS UM TERREIRO!!"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

EXPANSÃO DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS-NASCE MAIS UM TERREIRO!!

Leia um trecho:

Aproveitando a última publicação em que comentávamos sobre a relação pai e filho espiritual, tendo como exemplo o vínculo estabelecido entre mim e Mestre Yapacani, gostaríamos de falar sobre um ritual interno destinado à louvação de exus e pomba-giras realizado no Templo de Mãe Fabíola no litoral paulista no último dia 27 de julho.
Mãe Fabíola é nossa filha há menos de um ano quando nos pediu orientações para guiar seu caminho espiritual e, desde então, tem sido orientada por nós para ajustar seu templo. Neste final de semana alguns de meus filhos espirituais já haviam sido convidados para nos auxiliar em nosso outro templo, que está sendo estruturado também no litoral. Assim, aproveitando a ocasião principal de acertar alguns detalhes de nosso templo, levamos nossos filhos ao ritual interno conduzido por Mãe Fabíola.
Descreveremos rapidamente o encontro pois todos sabem que nas religiões afro-brasileiras nada é possível de ser totalmente compreendido apenas em livros e, muito menos, em manuais. Uma característica fundamental de nossa cosmovisão é a transmissão oral vivenciada, ou seja, a apreensão se dá a partir de vivências de anos no universo "do santo". De qualquer forma, aproveitamos o blog para compartilhar parte desse encontro com nossos amigos.

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.
















sexta-feira, 27 de julho de 2012

Por uma sociedade mais justa!

Aranauan, Saravá, Axé!

 

Ontem falamos um pouco sobre o texto de Pai Rivas que abordava a relação Mestre-Discípulo. Recordo-me de mencionar a importância da vivência desta relação. Pois bem, hoje tive uma conversa com meu Pai de Santo maravilhosa. Um diálogo tão, mas tão salutar que resolvi compartilhar.

 

Pai Rivas aproveitou a ligação e me convidou para uma Gira na casa espiritual de uma irmã de santo minha em pleno litoral paulista. Devido aos compromissos de viagem previamente assumidos não poderei ir, mas certamente estarei lá em pensamento e coração.

 

Continuando a prazerosa conversa, o diálogo sobre o cotidiano no terreiro nos levou para o cotidiano da vida. Pai Rivas me ensinava sobre os processos que as Religiões Afro-brasileiras passaram e como elas podem hoje contribuir decisivamente para a justiça social sem descaracterizar a pluralidade em vários níveis existentes na sociedade. Lembrou que estes processos construíram conhecimento ímpar sobre a mestiçagem. Além disto, sua manifestação nas várias camadas sociais permite a Elas conhecerem bem de perto a desigualdade social.

 

Uma importante concretização disto é a FTU – Faculdade de Teologia Umbandista. Novamente evocando meu Pai, ouvi Dele categoricamente que a FTU não é um fruto pessoal ou das pessoas que contribuíram diretamente, mas de uma sociedade que busca ser mais justa. Sem exclusões. Meu Pai alerta que precisamos estar mais focados nestes benefícios que a FTU/Religiões Afro-brasileiras oferecem para o povo indistintamente.

 

Não podemos mais admitir uma sociedade que de um lado possui prédios grandes e luxuosos e no outro palafitas! Com estas palavras, Pai Rivas abriu ainda mais os meus olhos para as necessidades de nossa comunidade planetária. Só posso concordar com Ele também quando afirma que a FTU não oferece apenas acesso à educação, mas permite criar um senso de pertença e isonomia perante todos os cidadãos que antes não existia.

 

Sinceramente sempre fomos retratados como excluídos, folks, exóticos. Agora, temos condições reais de mudar este cenário graças a tudo que a FTU representa e expressa.

 

Mas não podemos negar. Estas discriminações e perseguições não se devem exclusivamente pela questão religiosa. É por valorizar o ser humano, a diversidade e a igualdade que não desrespeita as diferenças que passamos por tudo isto. Daí, Pai Rivas afirmar que mais do que afro-descendentes, somos Universo-descendentes.


Meu Pai Espiritual está realmente preocupado com isto. Ou seja, em políticas de humanização. Em tempo, é por este motivo que alguns tentamir contra o que faz. Ao mexer com a sociedade em sua essência, muitos interesses escusos são contrariados. E aí, os dois lados da vida usam de todos os artefatos para neutralizar quem trabalha. Mas sabemos que aos que militam com e para o Astral Superior, não têm com o que se preocupar.

 

Discutimos vários pontos ao telefone, mas nunca deixamos de nos interessar pelo terreiro. É dele que advém, para nós que somos adeptos, a iluminação, renovação e cura em vários níveis. Consequentemente esta tríade evocada por Pai Rivas nos impulsiona para questões que transcendem o terreiro.

 

Exemplificando. Quem não se lembra do CONUB? Uma instituição que foi gestada dentro da FTU para muito além do seu tempo. Durante o seu período mais ativo, contribuiu decisivamente para a Umbanda/Religiões Afro-brasileiras. Não foi a toa que Pai Rivas indicou um filho seu muito importante, Pai Ramos (mestre Aramaty) para ser presidente desta referida instituição. Lembramos que seu nome fora aclamado unanimemente por todos os conselheiros. Igualmente, dentro da minha Raiz, mestre Aramaty recebeu também a incumbência de dirigir o templo da OICD localizado na sede do nosso país, em pleno Planalto Central!

 

Minha amizade com mestre Aramaty sempre foi verdadeira. Como bons irmãos, às vezes discordamos, mas nunca, reitero nunca, em relação ao bem da nossa Raiz e tudo que influencia direta ou indiretamente as Religiões Afro-brasileiras.


Citamos exemplos no passado recente, mas também não podemos esquecer-nos de algo que acaba de acontecer. Pai Rivas agradece muito ao seu filho espiritual e teólogo Aratish (Antônio Luz) por levar a compreensão profunda deste processo de mestiçagem às terras européias. Aratish não se limitou ao periférico. Mostrou com clareza a importância de (re)pensar o mestiço a partir da primeira e única faculdade teológica com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras e como isto muda paradigmaticamente a ótica social.


Aratish nos conta que os europeus ficaram encantados com a FTU e sua proposta. Isso permite reiterar que o terreiro de fato tem plenas condições de dialogar com seu público religioso, com a Academia e a sociedade como um todo, independentemente da localização, língua ou cultura.

 

Por tudo isso, a conversa com Pai Rivas me fez pensar no lugar da Religião no mundo. Devemos tratar de questões públicas não pela opinião pública (forjada pelos mais poderosos), mas para afetar positivamente a todos. Precisamos produzir resistência à desigualdade e as Religiões Afro-brasileiras estão fazendo isto em todos os níveis, principalmente além dos muros do templo quando possui uma Faculdade de Teologia que atua incansavelmente.

 

Em suma, evocando Pai Rivas, a Religião (sem rótulos) precisa estar atenta e dar sua contribuição, principalmente pela Ética, para um novo olhar, um novo viver Espiritual, Cultural, Social, Político e Econômico.


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto "A INICIAÇÃO E A BOA RELAÇÃO ENTRE MESTRE E DISCÍPULO"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

A INICIAÇÃO E A BOA RELAÇÃO ENTRE MESTRE E DISCIPULO

Leia um trecho:

Ao adentrar no processo de iniciação nas Religiões Afro-brasileiras, os filhos espirituais criam certas expectativas naturais para quem inicia um novo projeto de vida. A iniciação nas Religiões Afro-brasileiras visa um processo de reestruturação espiritual, mental e sentimental no indivíduo e, portanto, não é um caminho tão comum como muitos podem imaginar.
Infelizmente, a visão reduzida que muitos tem acerca das religiões afro-brasileiras partiu do que foi escrito pela antropologia e sociologia desde o início do século passado. Os vários rituais que foram descritos são apenas uma parte ínfima do que acontece em um processo de iniciação.
É natural que as pessoas imaginem coisas e criem expectativas mas o iniciante deve procurar ficar sereno pois o pai de santo sabe como orientar esse processo. Toda vez que escrevemos sobre isso é impossível não relembrar da nossa própria caminhada, como nossos vários mestres e que culminou com aquele que me alçoou ao encontro dos ancestrais, W.W.da Matta e Silva, com quem tive a honra de viver 18 anos.

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.














quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sobre desenraizados e seitas

Aranauan, Saravá, Axé!

Falamos ontem de seitas e desenraizados. Certamente precisamos melhor nos colocar para que os conceitos sejam plenamente compreendidos e possamos ter uma discussão salutar.

Sobre seita. Nada melhor que as palavras do meu Pai. Ainda este ano, dia 08-01-12, ele fez um belíssimo texto intitulado "Religiões Afro-brasileiras - A diversidade de cultos neutralizando violência" disponível em http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/2012/01/religioes-afro-brasileiras-diversidade_09.html

Neste texto, pedimos agô para transcrever Suas palavras que expressam tudo que pensamos e sentimos:

"Não são das religiões afro-brasileiras lideres de seitas inflamados pelo egocentrismo e narcisismo, que desejam ajustar o mundo segundo suas convicções.

Assim precisamos expressar, não porque desrespeitamos tais líderes, mas para reiterar que não são das religiões afro-brasileiras.

Segundo a psiquiatria que tomaremos como pressuposto, se é defrontado com muitos lideres de seita que desejam controlar as ações de seus discípulos, com uma visão delirante de mundo.

É necessário estar atento ao fato de alguém se declarar líder, mormente quando se diz divino, e quando afirma ser o único a conversar com Deus, sendo necessário, pois, destruir esse mundo para criar um novo mundo (Armagedon?!!).

A maioria, segundo alguns tratados de psiquiatria, em especial a psicanálise, possui ego inflado e um desprezo geral pela humanidade. Valoriza somente seu grupo, que segundo eles é privilegiado, em detrimento do "restante" da população planetária.

O ego narcísico (narciso nega tudo que não for espelho) leva os líderes de seita a cometerem várias atrocidades, marcas de uma psicopatia evidente.

No passado recente, tivemos no Japão Shoto Asarrara que tentou envenenar com gás letal os usuários do metrô de Tókio.

O interessante é que todos os líderes de seita têm as mesmas características no inicio de suas pregações milenaristas, salvacionistas e hegemônicas. Todos afirmam ter tido uma revelação divina, julgando-se, pois ipso facto, melhores que os demais mortais. Dizem que precisam espalhar seus ensinamentos, chegando ao ponto de se acharem os únicos enviados de Deus, quando não, o próprio "Deus" (ego inflado).

Muitos deles levados pelo narcisismo distribuem à socapa crueldade, tortura e brutalidade (extremismo) que chocam a sociedade.

A megalomania é um dos fatores que os distingue. Procuram discípulos que inflam ainda mais seus egos, que os adorem como um verdadeiro Deus.

O líder de seita em geral é narcisista que deseja ser elogiado, mas que reage com violência quando contrariado, algo identificador de sua personalidade. Acredita que merece ser tratado de forma especial, pois é melhor que os outros, é o escolhido do próprio Deus (mesmo que na aparência demonstrem o contrário).

Quando citamos tais escolhos à religiosidade imediatamente nos vem à consciência o Templo do Povo, fundado e dirigido por Jim Jones, que infelizmente, induziu mais de 900 pessoas, entre crianças, jovens e idosos a se suicidarem com cianureto".

Sobre desenraizados. Lembramos que é ruim para aquele que busca as Religiões Afro-brasileiras não possuir raiz. Mas bem pior, são aqueles que se tornaram desenraizados. Quem não possui raiz nunca soube o que é a vida templária, o que é a relação de Mestre e Discípulo, desconhece o prazer de bater a cabeça no congá e verdadeiramente incorporar um Ancestral, pois muitos infelizmente só recebem o caboclo "eu mesmo", ou seja, nada. Ficam imitando gestos, jeitos e trejeitos, dando consultas onde ficam mais inseguros do que a própria pessoa que o procura para receber um aconselhamento.

Já um desenraizado chegou a ter um contato com a Tradição em profundidade que varia dependendo de cada caso, porém não suportou a responsabilidade. Tentou pegar o atalho falacioso do caminho "fácil" repleto de vaidade e egoísmo. Naturalmente acabou perdendo o rumo e o prumo. Prefere negar o que não conseguiu enxergar. Seu egoísmo e vaidade não permitiram enfrentar seus fantasmas pessoais, acabaram fugindo e certamente expulsos da Raiz.

Meus irmãos. O assunto é delicado, mas não podemos olvidá-lo. As Religiões Afro-brasileiras apresentam caminhos maravilhosos e, por serem verdadeiros, não admite viver de aparências. Requer esforço, dedicação, militância. Necessita paciência e a experiência de quem já superou o que hoje são as nossas atuais dificuldades e mais uma vez nos deparamos com a importância do Mestre, Pai Espiritual, enfim, Sacerdote ao qual nós estamos ligados. Sem ele, simplesmente não é possível.

Falando da minha experiência no terreiro em uma Raiz, lembro-me das danças que o senhor Exu Capa Preta ou mesmo a voz e as palavras do Sr. 7 Encruzilhadas que, quando chega no reino, fala "Ba noite". Isto é maravilhoso. Esdrúxulo é pensar um desenraizado querendo imitar estas características que vira em Pai Rivas, pois não tem mais chão. Perdeu o contato com a Ancestralidade.

Mas vamos dialogando. O tema é grave, mas – como só trato de fatos e verdades – certamente trará luz onde houver sombra.


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

terça-feira, 24 de julho de 2012

Encontro da Tradição Oral e Escrita em terras europeias

Aranauan, Sarava, Axé,

Boas notícias oriundas do velho continente. O teólogo Antônio Luz que na nossa raiz possui o nome inciático  Aratish, depositou na Biblioteca Nacional da Áustria o livro "Escolas das Religiões Afro-brasileiras - Tradição Oral e Diversidade". Autoria de Pai Rivas, este livro trata de assuntos que permeiam as várias formas de compreender e praticar as Religiões Afro-brasileiras neutralizando processos de hegemonia e homogenia. Toda a diversidade religiosa é respeitosa, sem - contudo - admitir desigualdades.

Trata-se de um legítimo encontro entre as Tradições Oral e Escrita!





Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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Re: [apometria_umbanda] Re: Posição sobre os recentes emails polêmicos

Aranauan, Saravá, Axé!

 

Lendo as palavras do meu irmão Itarayara, voltamos à discussão de seitas que fora citado por pessoas que deturparam totalmente a aplicação do conceito. De fato, fiz uma rápida procura em meus emails e localizei a questão sobre seita em uma vídeo-aula de nº 15 do Pai Rivas que foi ao ar no dia 10/12/2008 e está disponível no site da FTU: www.ftu.edu.br . Fica a pergunta: por que pegar estas ideias, inverter e se colocar como vítima? Pior, por que a insistência de querer sempre imitar o Mestre?

 

Esta é mais uma das típicas atitudes de desenraizados. Mas podemos citar outras.

 

Na falta de referências, se refugiam na internet. Aliás, a internet ocupa um papel fundamental, pois – como não possuem mais o Mestre de Iniciação – cabe ao Google dar as respostas sobre fundamento. Procuram receita de ajeum na internet, fazem umbanda de "Facebook". Tornam-se verdadeiros baba"nets" ou ya"nets".


Seria cômico se não fosse trágico.

 

Reafirmamos o que discutimos em outro momento, mas que se aplica perfeitamente a este caso: precisamos de Escolas e não de seitas!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)




Em 24 de julho de 2012 17:58, Thomé Sabbag Neto <tsabbagneto@yahoo.com.br> escreveu:
 

Aranauam, Saravá, Axé a todos!

Através de terceiros, fiquei sabendo que o Sr. William do Carmo recentemente registrou publicamente: a) comentários pejorativos a uma Casa Espiritual séria, atribuindo-lhe adjetivos como "seita"; b) que estaria sofrendo "ataques e ameaças" por parte de pessoas as quais, também dolosamente, qualificou de "fanáticos"; e c) que tem supostamente sido vítima de distorções e "factoides", o que o levará a procurar seus direitos na Justiça.
Pelo bem da verdade, que sempre há de prevalecer (como nos ensina Exu), venho publicamente expor as inversões que estão presentes em todos os níveis de seu discurso:
A) O conceito de seita, tão bem conhecido por quem quer que estude as coisas de forma objetiva e sem desvios emocionais vitimizadores, pressupõe as seguintes características principais: milenarismo, salvacionismo, misoneísmo, dentre outras. Quem quer que conheça um Terreiro sério, com tantas décadas recebendo a comunidade e lhe estendendo bênçãos de forma ininterrupta, sabe que nenhuma dessas características lhe podem ser aplicadas. Afirmar o contrário é mentir, não só a respeito do Templo, mas sobretudo a respeito de si mesmo e da própria história...
Além disso, as seitas também podem se originar a partir de tradições espirituais genuínas, mas apenas mediante a ruptura dos vínculos que conferiam, antes, legitimidade à seita nascente. Ou seja: um grupo filiado a uma tradição espiritual autêntica desgarra-se dela, mediante expulsão ou qualquer outra forma, passando a funcionar "sozinha", "autonomamente", perdendo inteiramente a legitimidade de que gozava antes. A partir de então, passa a querer sustentar sua legitimidade "no grito", mediante imposições autoritárias ou falácias reconfortantes; mas, apesar de todos os seus esforços, nada é capaz de suprir o vazio decorrente da ruptura e talvez isso explique o porquê de os dissidentes passarem vidas inteiras, após o desligamento, falando sobre a antiga Casa da qual participaram, sem conseguir "virar a página".
Evidencia-se assim a primeira inversão: seita é a comunidade liderada, hoje, por William do Carmo de Oliveira, na medida em que, sem qualquer legitimidade que decorra de uma linhagem espiritual ou cadeia iniciática regulares, continua com suas atividades normalmente, como se nada tivesse acontecido, principalmente ostentando o nome iniciático que lhe foi dado por aquele que, hoje, ele chama de "líder de seita". Ao contrário, Pai Rivas – como o Sr. William já cansou de afirmar publicamente em listas de email – é legítimo detentor de uma Raiz Espiritual que lhe foi transmitida regularmente, sem qualquer ruptura ilícita.
B) A segunda inversão é a de que ele, William, está sofrendo ataques e ameaças. Como diversas pessoas têm demonstrado à exaustão, ele é o algoz e não a vítima! Essa é a segunda inversão.
Diversas pessoas sofreram de abusos e assédios, tendo ele como algoz; e quanto mais isso aparece publicamente, mais ele alega que está sendo vítima de ameaças e agressões.
Mas eu pergunto: quais foram os ataques? Que ameaças sofreu? No máximo, se é que se pode empregar tais palavras aqui, só o podem ser num sentido muito oblíquo e conotativo: a ameaça de ter a verdade revelada publicamente! Essa é a única "ameaça" que está sofrendo; nenhuma outra. E quem teme a verdade é porque não a pode ter em seu favor.
Também não se pode dizer que são apenas "fanáticos orientados pelo líder da seita" que têm revelado a sua loucura e seus crimes. Ora, inclusive pessoas vinculadas ao próprio Sr. William, ou seja, de seu convívio e amizade pessoais, têm se manifestado publicamente e se afastado rapidamente de sua companhia.
Temos emails que demonstram isso: já são quatro as pessoas que, sendo do convívio pessoal do Sr. William, já se posicionaram contrárias aos seus desmandos. Nenhum deles, repita-se, fez-lhe qualquer ameaça. Só disseram a verdade. Só expuseram os fatos, contra os quais não há argumentos.
Aliás, ele mesmo tem insistentemente cooptado pessoas de minha Casa Espiritual (como minha mãe carnal e irmã de santé, Yanauara), criando facções e falsos conflitos, seguindo à risca a estratégia torpe de dividir para dominar.
Essa é, portanto, a segunda inversão: sendo algoz, acusa suas vítimas de serem agressivas e ameaçadoras (?!).
C) A terceira inversão é a de que ele procurará a Justiça para fazer valer os seus direitos. Ora, quem deu azo à prática de ilícitos, civis e criminais, foi o próprio Sr. William (nenhum dos quais jamais foi parar na Justiça, pois nenhuma de suas vítimas jamais o denunciou ou acionou judicialmente!).
Que direito de sua titularidade foi violado?  Nenhum. Que direitos de terceiros violou? Inúmeros. Portanto, a terceira inversão é de polo: o Sr. William pretende figurar no polo ativo de demandas judiciais, quando, em verdade, poderia/deveria ocupar o polo contrário, embora não o fará porque ninguém mais, em minha Casa Espiritual, aguenta os desdobramentos dessa triste história.
Caso haja qualquer inverdade em minhas declarações públicas sobre tais eventos, peço que me interpelem judicialmente.

Aranauam, Saravá, Axé!

Itarayara (Thomé Sabbag Neto)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


De: Yabauara <yabauara@gmail.com>
Para: João Luiz Carneiro <joaoluizcarneiro@gmail.com>
Enviadas: Terça-feira, 24 de Julho de 2012 16:36
Assunto: <OICD> Fwd: Posição sobre os recentes emails polêmicos

Aranauan, Yarananda,
 
Um sincero sarava para todos,
 
De fato, sou prova viva que nosso pai espiritual nunca quis outra coisa que não a paz e tranquilidade entre todos e, naturalmente, entre seus filhos espirituais. Mesmo os que não são mais seus filhos e foram expulsos.
 
Mas fatos são fatos. Não dá para distorcer a realidade com tantas testemunhas e não me é estranho se estes desenraizados, que foram expulsos por quebra de decoro ético à nossa Raiz, acabarem se juntando.
 
Tenho emails, facilmente comprovados por qualquer ente jurídico, que mostram como o sr. Wiliam do Carmo criticava o Diamatino a ponto de questionar a utilização do seu nome iniciático depois de expulso da nossa casa. E, passa o tempo, vem ele fazendo o mesmo.
 
Insisto fatos são fatos e não posso ficar calado mediante a tentativa de distorcer ou até mesmo inverter a realidade. Citam agora até mesmo a ideia de seitas, quando notoriamente isto foi discutido por nós a muito tempo atrás e se existe alguma aplicação do termo, certamente não é para nós. Não somos dissidentes e muito menos fomos expulsos.

Se os desenraizados não tem mais chão, não conseguem mais construir um caminho coerente para seguir, isto é problema deles. Mas toda vez que faltarem com a verdade, não vou me calar.
 
Encerrando, se estou faltando com a verdade, peço que me interpelem judicialmente.
 
 

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)




Em 23 de julho de 2012 11:29, Yarananda <yarananda21@uol.com.br> escreveu:
Essas acusações não me surpreendem em nada!
Passei por isso e sei exatamente como é, mas fique claro que por ordem superiores na época, 
me silenciei para não trazer maiores consequências a esse louco e a família dele!

O Sr. William do Carmo de Oliveira é uma fábrica de loucuras!!
Eu posso dizer que experienciei fatos muito mais sérios dos que foram expostos e que deixariam todos horrorizados!
Podem ter certeza que no momento oportuno eu vou expor essa insanidade toda e provar que sei o que estou falando!!!!!

Felizmente o astral superior me livrou dessa insanidade toda por intermédio de meu Mestre: Pai Rivas!

Quero essa loucura toda afastada de mim! E quem puder se afaste disso!!!!
E por esse motivo não quero mais ter que me pronunciar porque quando eu 
o fizer as coisas vão ficar muito piores para esse louco!!

Yarananda



On Jul 19, 2012, at 6:08 PM, Yabauara wrote:

Aranauan, Saravá, Axé!

Temos recebido alguns emails com acusações muito sérias de pessoas que não conhecemos e que saíram do terreiro de um indivíduo que fora expulso da nossa Casa. O último foi no dia de ontem.
Sinceramente não sei o porquê. Não temos ligações com essas pessoas e, muito menos, com o dirigente expulso. Se as pessoas a seguiram e não estão seguindo mais, não me diz respeito.

Espero que com isto, fique claro que não vamos perder tempo com questões deste gênero.

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

 
 


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__._,_.___
Atividade nos últimos dias:
Umbanda: Uma forma inteligente e espiritualizada de se bem viver
por Pai Rivas
.

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Fwd: Posição sobre os recentes emails polêmicos

Aranauan, Yarananda,

 

Um sincero sarava para todos,

 

De fato, sou prova viva que nosso pai espiritual nunca quis outra coisa que não a paz e tranquilidade entre todos e, naturalmente, entre seus filhos espirituais. Mesmo os que não são mais seus filhos e foram expulsos.

 

Mas fatos são fatos. Não dá para distorcer a realidade com tantas testemunhas e não me é estranho se estes desenraizados, que foram expulsos por quebra de decoro ético à nossa Raiz, acabarem se juntando.

 

Tenho emails, facilmente comprovados por qualquer ente jurídico, que mostram como o sr. Wiliam do Carmo criticava o Diamatino a ponto de questionar a utilização do seu nome iniciático depois de expulso da nossa casa. E, passa o tempo, vem ele fazendo o mesmo.

 

Insisto fatos são fatos e não posso ficar calado mediante a tentativa de distorcer ou até mesmo inverter a realidade. Citam agora até mesmo a ideia de seitas, quando notoriamente isto foi discutido por nós a muito tempo atrás e se existe alguma aplicação do termo, certamente não é para nós. Não somos dissidentes e muito menos fomos expulsos.


Se os desenraizados não tem mais chão, não conseguem mais construir um caminho coerente para seguir, isto é problema deles. Mas toda vez que faltarem com a verdade, não vou me calar.

 

Encerrando, se estou faltando com a verdade, peço que me interpelem judicialmente.

 

 


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)




Em 23 de julho de 2012 11:29, Yarananda <yarananda21@uol.com.br> escreveu:
Essas acusações não me surpreendem em nada!
Passei por isso e sei exatamente como é, mas fique claro que por ordem superiores na época, 
me silenciei para não trazer maiores consequências a esse louco e a família dele!

O Sr. William do Carmo de Oliveira é uma fábrica de loucuras!!
Eu posso dizer que experienciei fatos muito mais sérios dos que foram expostos e que deixariam todos horrorizados!
Podem ter certeza que no momento oportuno eu vou expor essa insanidade toda e provar que sei o que estou falando!!!!!

Felizmente o astral superior me livrou dessa insanidade toda por intermédio de meu Mestre: Pai Rivas!

Quero essa loucura toda afastada de mim! E quem puder se afaste disso!!!!
E por esse motivo não quero mais ter que me pronunciar porque quando eu 
o fizer as coisas vão ficar muito piores para esse louco!!

Yarananda



On Jul 19, 2012, at 6:08 PM, Yabauara wrote:

Aranauan, Saravá, Axé!

Temos recebido alguns emails com acusações muito sérias de pessoas que não conhecemos e que saíram do terreiro de um indivíduo que fora expulso da nossa Casa. O último foi no dia de ontem.
Sinceramente não sei o porquê. Não temos ligações com essas pessoas e, muito menos, com o dirigente expulso. Se as pessoas a seguiram e não estão seguindo mais, não me diz respeito.

Espero que com isto, fique claro que não vamos perder tempo com questões deste gênero.

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

 
 


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Quebrando a lógica do opressor/oprimido

Aranauan, Saravá, Axé!


Mais uma semana iniciando com boas ideias na rede mundial de computadores. Refiro-me à última publicação do Pai Rivas intitulada: "O conceito de escolas: reviravolta no processo histórico das religiões afro-brasileiras" (disponível em: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com).

 

Neste texto, Pai Rivas nos lembra sobre a construção histórica das Religiões Afro-brasileiras. Esta foi, sem sombra de dúvidas, repleta de perseguições, maus tratos e repressão contra o povo de santo. Afinal, desde seus participantes aos elementos religiosos cultuados, é possível constatar que esta religião era repleta de indivíduos classificados como pobres, pretos, mestiços, escravos, enfim, as classes oprimidas pela sociedade.


Ao citar as classes oprimidas, imediatamente remetemos ao pensador Paulo Freire. Ao analisar a lógica do oprimido-opressor, tocada por Hegel quando afirmou que "o oprimido reproduz a lógica do opressor", aprendemos com Freire que a cultura, educação e outras ferramentas sociais forjam na mente do oprimido traumas difíceis de superar. Quando, por algum motivo alheio à regra do capital, o oprimido ascende socialmente, imediatamente repete (ás vezes de forma até mais contundente) as perseguições e desmandos dos seus antigos opressores aos seus "mais novos oprimidos".

 

De certa forma, as religiões Afro-brasileiras passaram por este processo. Pai Rivas é bem claro no texto que pode ser lido no link mencionado acima. Nas primeiras oportunidades onde os adeptos das religiões afro-brasileiras conseguiram sair desta opressão cultural, social e até mesmo religiosa,  montaram seus núcleos de culto bem fechados e estabeleceram relações do que seria melhor ou pior para si. Na verdade, não tinham outra saída. Esta estratégia era a única factível para sobreviverem. Meus respeitos a todos os meus mais Velhos.

 

Observem que com isto, a história das Religiões Afro-brasileiras estava, pelo menos até bem pouco tempo atrás, fadada ao isolamento dos terreiros em núcleos e, por conflitos e tensões histórico-sociais, assumir novas/velhas posturas de opressores na primeira e menor ascensão que sujeitos ou grupos conseguissem.

 

Retomando o pensamento de Paulo Freire, citamos: "O grande problema está em como poderão os oprimidos que "hospedam" o opressor em si, participarem da elaboração como seres duplos, inautênticos da pedagogia de sua libertação. Somente na medida em que se descobrem "hospedeiros" do opressor poderão contribuir para o planejamento de sua pedagogia libertadora".

 

Sinceramente, não tenho a resposta para o problema em escala brasileira. Mas acredito que no âmbito das Religiões Afro-brasileiras já podemos dar o primeiro passo. Aliás, ele já foi dado quando os vários pais e mães de santo preparam o terreno para um ambiente de menor conflito e, consequentemente, maior diálogo intrarreligioso.

 

Para pensar a nossa pedagogia da libertação, nada melhor que uma instituição de ensino. Quisera o Astral das religiões de matriz afro-brasileira que se consolidasse uma Faculdade de nível superior autorizada e credenciada pelo MEC (Ministério da Educação) para (re)pensar e concretizar este projeto. Refiro-me naturalmente à Faculdade de Teologia Umbandista (FTU).


Estes frutos já surgiram com o desenvolvimento e aprofundamento do conceito de Escolas trazido pelo Pai Rivas. Não precisamos mais nos legitimar pelo que nossos opressores fizeram. Podemos quebrar o ciclo vicioso de opressor-oprimido, aceitando a importância de todas as formas de compreender e praticar o Sagrado nas Religiões Afro-brasileiras. Podemos olhar e experenciar a diversidade religiosa afro-brasileira não mais como concorrência intrarreligiosa, mas como convivência pacífica.

 

Sei que é uma hipótese, mas não posso me furtar do direito de constatar que as religiões afro-brasileiras pela primeira vez na história estatística do IBGE não perdeu números relativos à sua pertença religiosa. Fizemos um grande trabalho de resistência da nossa identidade. É uma vitória de todo povo de santo e a FTU certamente ajudou neste processo, porque ela não defende este povo, ela é povo.

 

Que bom! Novos tempos chegaram. Podemos nos fortalecer sem enfraquecer o outro. Pelo contrário, o conceito de Escolas nos ensina que o crescimento de um representa o crescimento do Todo. Nos dizeres de Pai Rivas, viva diálogo gelstáltico! Vamos dialogar?

 

 


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

 
Clique na imagem e conheça o site da FTU


Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto "O CONCEITO DE ESCOLAS: REVIRAVOLTA NO PROCESSO HISTÓRICO DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

O CONCEITO DE ESCOLAS: REVIRAVOLTA NO PROCESSO HISTÓRICO DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

Leia um trecho:

Destinamos nossa última publicação a discorrer sobre as particularidades existentes em cada processo de iniciação das Religiões Afro-brasileiras e como o conceito de Escolas instaura uma nova prática de respeito incondicional a todas elas.
Gostaríamos no texto de hoje de ressaltar alguns pontos, justamente para esclarecer o amigo leitor a fim de que não venhamos a ser mal interpretados. No texto anterior dissemos que cada Escola tinha seu próprio estilo de iniciação segundo sua ética e fundamentos específicos. 

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.














sexta-feira, 20 de julho de 2012

A Iniciação não admite verdades por simples conveniência

Aranauan, Saravá, Axé!

 

Sendo coerente com que escrevi ontem, vou tratar de questões realmente importantes e que permitem um diálogo com os vários adeptos das Religiões Afro-brasileiras.

 

Pegando carona no trabalho apresentado pelo nosso irmão de santé Aratish no congresso da Universität Wien (Universidade de Viena) na Áustria e a última publicação do Pai Rivas intitulada "O conceito de Escolas legitima e valoriza os processos de Iniciação nas Religiões Afro-brasileiras" (disponível em: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com/), gostaria de discutir a ideia de indivíduos "fora-do-mundo"/"no mundo.

 

Pai Rivas faz uma leitura do antropólogo Louis Dumont e lembra que sua pesquisa apontou para um modelo de iniciação adotado no Hinduísmo onde o indivíduo que busca tal despertar objetiva uma renúncia às coisas do mundo. Aliás, a sociedade "profana" é vista como um grande óbice. Esses modelos que podemos encontrar no Budismo, na Umbanda Esotérica e em outras formas religiosas foram categorizados pelo antropólogo como "indivíduos fora-do-mundo". De igual maneira, Dumont – na leitura de Pai Rivas – aponta outra forma onde o indivíduo convive naturalmente em seus meios sociais ("indvíduos-no-mundo").


Sinceramente não estamos preocupados em escolher qual modelo é melhor. Aliás, esta classificação não cabe. Cada um busca os caminhos que julgam os melhores para si. E está tudo certo. Ocorre que isto só passa a ser um problema quando justamente quem faz uma escolha julga a sua melhor e, consequentemente, julga o diferente como pior.

 

Analisar a Umbanda Esotérica, escola a qual Pai Rivas é Mestre-Raiz, ajuda bastante na percepção destas nuances. Sua forma de iniciação é muito próxima ao citado pelo Louis Dumont quando estudou o caso na sociedade indiana. O problema é quando o filiado à Umbanda Esotérica  deturpa esse processo. Nas palavras do Mestre-Raiz desta importante Escola umbandista: "Muitos integrantes da umbanda esotérica afirmam que seu processo de iniciação é muito mais árduo, difícil. Mas questionemos, não será mais difícil quando a iniciação é processada e praticada em meio ao turbilhão de valores sociais anti-espirituais? E seria justo pensarmos apenas no nosso processo de iniciação, seria possível ser liberto quando muitos seres ainda sofrem, penam e gemem de mazelas materiais? Assim, muitas pessoas costumavam disseminar a superioridade da iniciação da umbanda esotérica frente a outras, em um discurso neo-evolucionista e preconceituoso com outras práticas".

 

Interessante que observamos isto em outras doutrinas. Quantos não citam (aliás, sem viver) doutrinas do oriente como se fossem melhores que as professadas no ocidente, aproveitando o desconhecimento do senso comum para projetar seus desejos e necessidades? É como se a doutrina oriental retirasse o sujeito do mundo ocidental "profano". Pobre falácia...

 

Falamos da Umbanda, falamos do Budismo, Hinduísmo, mas também poderíamos citar "n" outras expressões religiosas.

 

A questão é que ao achar a sua doutrina melhor ou sua Iniciação "mais difícil" quando comparado ao outro, de certa forma, cria-se uma postura que lembra a construção da "verdade por conveniência". Ou seja, se algo fala a favor do que desejo, aceito como a mais pura verdade sem questionamentos. Caso contrário, crio fugas como "não vi, então não posso afirmar" ou "tudo é relativo". O que não passam de evasivas.

 

Contudo, na exata medida em que o conceito de Escolas é inserido na visão das Religiões Afro-brasileiras, ficamos mais tranquilos. Ao aceitar as várias formas de praticar e compreender o Sagrado como legítimas, esta poderosa ideia neutraliza as hegemonias e homogenias. Todos terreiros das Religiões Afro-brasileiras passam ter voz e vez sem privilégios.

 

E deixa a Gira girar!


Yabauara


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Posição sobre os recentes emails polêmicos

Aranauan, Saravá, Axé!

Temos recebido alguns emails com acusações muito sérias de pessoas que não conhecemos e que saíram do terreiro de um indivíduo que fora expulso da nossa Casa. O último foi no dia de ontem.
Sinceramente não sei o porquê. Não temos ligações com essas pessoas e, muito menos, com o dirigente expulso. Se as pessoas a seguiram e não estão seguindo mais, não me diz respeito.

Espero que com isto, fique claro que não vamos perder tempo com questões deste gênero.

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto "O CONCEITO DE ESCOLAS LEGITIMA E VALORIZA OS PROCESSOS DE INICIAÇÃO NAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS"

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos texto inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

O CONCEITO DE ESCOLAS LEGITIMA E VALORIZA OS PROCESSOS DE INICIAÇÃO NAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

Leia um trecho:

Esta semana nosso filho espiritual Antonio Luz foi apresentar um trabalho acadêmico em um Congresso Internacional sediado na Universidade de Viena (Áustria). Na ocasião, aproveitou e divulgou nossa obra recém editada Escolas das Religiões Afro-brasileiras – Tradição Oral e Diversidade. Escrevemos esse livro na expectativa de apresentar o conceito de Escolas e seus fundamentos dentro da epistemologia teológica afro-brasileira, mas principalmente para disseminar um valor, o do respeito incondicional a todas as formas de se praticar e viver as religiões afro-brasileiras.
Pensando sobre o conceito de Escolas é impossível não refletir sobre a importância da iniciação nas várias Escolas Afro-brasileiras, cujos processos são particulares e diferenciados.

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.













quarta-feira, 18 de julho de 2012

CURSO DE ERVAS FTU no Rio de Janeiro!

Aranauan, Saravá, Axé!

Gostaríamos de compartilhar com todos a novidade da FTU e Templo Estrela do Oriente(RJ).

Curso Extensão Universitária - "O Poder das Ervas Rituais-Medicinais"

Pedimos a gentileza de ler o texto de divulgação do TEO abaixo da nossa assinatura.

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU



---------- Mensagem encaminhada ----------
De: TEO <eventos@temploestreladooriente.com>
Data: 16 de julho de 2012 11:51
Assunto: CURSO DE ERVAS FTU
Para: TEO <eventos@temploestreladooriente.com>


Queridos irmãos

É com grande satisfação que O TEMPLO ESTRELA DO ORIENTE, como pólo exclusivo no Rio de Janeiro, da FACULDADE DE TEOLOGIA UMBANDISTA (FTU), disponibiliza mais uma importante ferramenta para o nosso aprendizado. Ei-la:

Faculdade de Teologia Umbandista
Curso Extensão Universitária

"O Poder das Ervas Rituais-Medicinais"

Consiste no desenvolvimento dos seguintes temas:

- Noções científicas básicas das ervas, nomenclaturas e formas de classificação.
- Aspectos básicos da Etnobotânica, apresentação da história de cada erva escolhida e sua adaptação ao local e sociedade de origem.
- Aspectos básicos da Fitoterapia
- As ervas no cotidiano
- As ervas no cotidiano religioso dos Cultos Afro-Brasileiros
- Banhos de ervas
- Defumações
- Incensos
- Abôs
- Boris
- Amacis
- Sacudimentos
- A relação Ossaim – Exu – Orumilá-Ifá: as ervas no destino pessoal e coletivo

INFORMAÇÕES:
• 3 meses – 10 aulas – 1 vez por semana
• Carga horária – 15 horas
• Datas/Horário: Sábados das 9h30 às 11h30 hs – Setembro = 01/08/15/22/29 – Outubro = 06/13/20 – Novembro = 03/10.
• Investimento: R$ 280,00 (Duzentos e oitenta reais) que podem ser pagos à vista ou em até 06 vezes sem juros com os cartões Visa e Mastercard.
• Responsáveis: Flávia Barros e Luis Fernando Barros – Dirigentes Espirituais do TEMPLO ESTRELA DO ORIENTE
• Inscrições e local das aulas: Templo Estrela do Oriente – Rua Goiás, 548 Piedade Rio de Janeiro – RJ – Telefone para informações: (21) 25971323 - www.temploestreladooriente.com ou teo@temploestreladooriente.com
• Modalidade: Telepresencial
• Público Alvo: Adeptos dos Cultos Afro-brasileiros, Acadêmicos, Estudantes e Demais interessados
• Coordenador do Curso: Prof. F. Rivas Neto – Pai Rivas (Sacerdote-Médico e Fundador da FTU) www.ftu.edu.br

Fiquem com Deus


Flávia e Luis Fernando Barros
Dirigentes do Templo Estrela do Oriente
Casa da Cabocla Jurema da Praia
Rua Goiás, 548 - Piedade
Rio de janeiro Cep 20756-121
Telefones: (21)2597-1323 (21)9949-5494
www.temploestreladooriente.com
Visitem nossa comunidade no orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=30543135

...Para destruir uma desagradável ordem de vibração mental, ponde em movimento o princípio de polaridade e concentrai-vos sobre o pólo oposto ao que desejais suprimir. Destruí o desagradável, mudando a sua polaridade... ( Hermes Trismegisto 5.000ac)

Caso não deseje mais receber nossos e-mails, por favor responda para excluir@temploestreladooriente.com

terça-feira, 17 de julho de 2012

Mais uma vez a FTU está umbandizando o mundo! Paó!

Aranauan, Saravá, Axé,



Umbandizando o mundo! Esta frase sintetiza o feito realizado pelo nosso irmão de santé Aratish (Antonio Luz) ao levar a FTU - Faculdade de Teologia Umbandista, as ideias do Pai Rivas para o Congresso de Viena (Áustria). A foto anexa registra o fato.

Simplesmente, maravilhoso! Lembramos que Aratish é um dos 21 primeiros teólogos formados na FTU. Não podemos deixar de reconhecer o projeto idealizado pelo Astral e Pai Rivas quando apresentaram a FTU para o mundo no início deste milênio. Hoje ela é uma realidade internacional! 

ps1: Como bem lembrado pela Yacyrê (Érica Jorge), na foto é possível observar a divulgação que o Aratish fez do mais novo livro do Pai Rivas "Escolas das Religiões Afro-brasileiras - Tradição Oral e Diversidade".
ps2: A Aracyauara (Sumaia Gonçalves) recorda que duas teólogas formadas na FTU também conseguiram aprovar suas comunicações neste congresso internacional. Trata-se da Mãe Maria Elise Rivas (Yamaracyê) e a própria Yacyrê.


E deixa a Gira girar! 

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Blog "Espiritualidade e Ciência" publica texto "FTU NO XXV CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO (SOTER): DANDO VOZ AO POVO DE SANTO "

Aranauan, Saravá, Motumbá, Kolofé, Mucuiú, Salve, Axé!


É com grande alegria que divulgamos texto+fotos inédito publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":

FTU NO XXV CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO (SOTER): DANDO VOZ AO POVO DE SANTO

Leia um trecho:

Recentemente disponibilizamos texto de nosso filho espiritual João Luiz Carneiro sobre a divulgação dos dados do censo 2010. Neste último censo as religiões afro-brasileiras não perderam número de adeptos pela primeira vez em todos os recenseamentos, fato bastante inovador. Na ocasião nosso filho espiritual apresentou a hipótese de que a Faculdade de Teologia Umbandista possibilitou que muitos filhos espirituais que antes não denominavam-se de umbandistas, pudessem se afirmar sem "medo" do preconceito.
Seguindo esse caminho aproveitamos essa publicação para relatar a presença de três teólogas com ênfase nas religiões afro-brasileiras no XXV Congresso Internacional da SOTER – Sociedade de Teologia e Ciências da Religião que ocorreu na PUC-BH, pessoas que além de profissionalizarem-se teólogas estão disseminando a epistemologia afro-brasileira, abrindo espaço para este campo teológico. 

As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.