É com grande alegria que divulgamos texto publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":
É com grande alegria que divulgamos texto publicado no Blog "Espiritualidade e Ciência":
Blog voltado para exposição de idéias sobre o movimento umbandista e sua influência na sociedade.
Aranauan, Saravá, Axé!
Nossa tradição não está em um livro ou qualquer outro elemento estático de aprendizado, ela é, se renova e se reatualiza na Raiz, na Linhagem a qual nos filiamos por dentro de suas várias Escolas fundamentada na oralidade. Logo, a Tradição está no Sacerdote. Está não, é o Sacerdote. Sim, meus irmãos é por meio de nosso Ancestral encarnado – o pai ou mãe espiritual – que a Iniciação se dá. Claro que esta relação com o Sagrado não se restringe a um método único, mas, independente do escolhido, o Mestre (Sacerdote) é fundamental para viabilizar o êxito da empreitada do Discípulo (Filho de Santé).
O Sacerdote de fato e de direito, portanto consumado, é um vencedor. Não só por carregar toda a valência da sua Raiz e mantê-la viva nos dias atuais, mas também pela paciência e sabedoria que possui para lidar com as situações mais complicadas possíveis. Por exemplo, o fato de muitos discípulos permanecerem ao lado de um Mestre apenas para alcançar literalmente o título de "mestre". Afirmo literalmente, pois a responsabilidade e os frutos que esta condição do real mestrado exigem são deixados de lado.
Mais uma vez com as suas armas poderesas (Sabedoria e Paciência) os pais e mães espirituais ao longo dos anos aceitam vários discípulos em seus diferentes ângulos de interpretação e capacidade de realização para gradativamente abrir as portas da Iniciação, em última análise as portas do próprio Eu interior, a Espiritualidade inerente a todo ser humano, lembrando as palavras do Pai Rivas.
Pois bem, muitos não conseguem mal subir os primeiros degraus, outros avançam e uma minoria consegue alcançar estágios mais profundos de percepção da realidade em suas várias dimensões. Aqui novamente lembramos as palavras do Pai Rivas sobre oralidade. A Iniciação nas Religiões Afro-brasileiras não está em um livro ou elementos engessados, logo a Iniciação é eternamente presente.
Sendo assim, não existem ex-Iniciados. Ou o individuo é e, portanto, estará cada vez mais se aprofundando na iniciação ou não é. Neste último caso, surgem basicamente duas causas: ignorância para compreender este caminho rumo à Espiritualidade ou vaidade de não suportar o peso da responsabilidade de servir diuturnamente ao Astral Superior.
A Iniciação não está em alguns setores da vida de um indivíduo, mas está em todos. De igual forma, as Religiões Afro-brasileiras atuam em todas as instâncias do espírito formando uma grande e verdadeira família espiritual. Não é à toa a denominação, pai, mãe, avô, avó, filho, neto de santo. Um sacerdote consumado está preocupado com a grande família planetária dos dois lados: o mundo dos vivos e dos mais vivos. Não privilegia o parentesco consanguíneo em relação ao terreiro ou vice-versa o que denotaria despreparo e egocentrismo em ambos os casos para alguém que carrega e é a própria Tradição. Logo, valoriza e procura auxiliar a todos indistintamente.
Pai Rivas lembra o exemplo oferecido por monges de determinadas religiões do Oriente que optaram desde seus 3 ou 4 anos de idade se dedicarem de corpo e alma ao monastério para servir a humanidade. O Mestre verdadeiro faz analogamente a mesma coisa e no caso das Religiões Afro-brasileiras com agravante de conciliar sua vida material, social e sobrenatural sofrendo todos os preconceitos que existem em uma sociedade que desdenha da oralidade. Caso do Ocidente.
Sendo assim, fica fácil compreender a postura de algumas pessoas que passam ou ainda estão em uma casa de Iniciação por misericórdia e não compreendem a função, a responsabilidade do Mestre. Os que não passaram por uma linhagem tornam-se invariavelmente sem raiz. Os que chegaram a serem aceitos, mas rolaram os degraus da iniciação, são desenraizados.
Falta maturidade espiritual para encarar a realidade, aceitando sua atual condição e a possibilidade de penetrar na senda iniciática com um Mestre. Muitos até podem possuir belas palavras para dissertar sobre isto ou aquilo do mundo, mas aí a lucidez espiritual nos chama novamente à realidade e pergunta: Onde está a prática? E a vivência? E, principalmente, os frutos que um trabalho sério sempre oferece? Cala-te ao profano, diria o Mestre...
Nesta hora vem o duro e necessário silêncio, pois o velho e bom adágio nos recorda que um bom Mestre foi um bom Discípulo. Este aforismo, transmitido por tantas gerações pela Oralidade é um dos mais simples e básicos fundamentos da Iniciação, porém até hoje se faz necessário evocá-lo por ser muito reproduzido mas pouco compreendido. Pai Rivas nos conta no vídeo sobre o processo de respeito ao seu mais Velho e exemplifica o tempo que aguardou para reatualizar os fundamentos da Escola Esotérica, da qual foi consumado sucessor e detentor da Raiz, mesmo após a morte física do meu avô de santo, W. W. da Matta e Silva.
Pai Rivas pode vir a público na rede mundial de computadores afirmar, porque vivenciou, foi e É. Quanto aos desenraizados que sempre sonharam, mas nunca concretizaram, o que dizer? Nada. Se quando estiveram por vários anos com um Mestre de fato e de direito não compreenderam aspectos mais básicos da Espiritualidade, agora vão? Impossível. Quem sabe com o passar do tempo (muito tempo?) voltem à senda iniciática para retomar a lição básica? Mas novamente a figura do Mestre será fundamental. Aí...
Agradeço ao Pai Rivas pelo vídeo que sinceramente marcou minha alma de forma positiva. Com o senhor aprendi e aprendo o que é uma Linhagem, uma Raiz, o respeito incondicional à humanidade independente dos laços consanguíneos. Aprendi com o Senhor não apenas pelo que me conta, mas pelo Exemplo vivo que o Senhor sempre é. Aliás, foi mais uma vez agora mesmo na vivência do rito.
É nesta simplicidade com honestidade e profundidade, sem demagogia ou elitismo que se processa a Iniciação nas Religiões Afro-brasileiras.
As publicações do blog têm como proposta fomentar a terapia do diálogo ou diálogo como terapia.
O Toque de Jurema (Encantarias – Encantados) é um culto público com fins propiciatórios à (1) cura, (2) resolver problemas vários do cotidiano, (3) amor e, finalmente, (4) problemas espirituais vários.
O Culto à Jurema tem na adaptação do homem aos três ambientes: natural, social e sobrenatural a forma de encontrar a estabilidade, a harmonia e o equilíbrio.
A quebra desse equilíbrio (dos três ambientes) pode desencadear vários óbices, inclusive a deflagração de agressão mística – demandas, ataques mágicos ou berundangas - responsável por infortúnios espirituais tais como "vida amarrada" e perturbação espiritual na dimensão afetiva promovendo o insucesso no amor e as maiores dificuldades no aspecto econômico-financeiro. Finalmente, os problemas mais ou menos graves de saúde mental ou somática.
Palavras-chave: Cura, Fumaçadas, Marca, Mestres, Toque da Jurema.
Aranauan, Saravá, Axé!
Acompanhando o twitter do Pai Rivas (http://twitter.com/rivasneto), soubemos da sequência de importantes comentários registrados na última publicação do Blog "Espiritualidade e Ciência" que podem ser acessados por meio deste link: http://sacerdotemedico.blogspot.com/2011/06/religioes-afro-brasileiras-salve-salve.html#comments
O tema é delicado, porém sua formação sacerdotal permitiu uma resposta tranquila, serena, porém não menos objetiva e profunda. Gostaríamos de discutir seu teor com todos os internautas.
Tendo em vista a publicação que mostrou fotos do Culto aos Encantados conduzido pelo Mestre Arhapiagha, o leitor Alexandre parabeniza as mesmas e o trabalho desenvolvido no Blog. Na sequência, comenta um fato que não podemos olvidar. Desde que Pai Rivas começou a demonstrar a diversidade das Religiões Afro-brasileiras de forma teórica e prática na internet, temos observado uma profusão de iniciativas que imitam, ou melhor, tentam imitá-lo. Contudo, continua ele, esta "imitação" não consegue a alcançar o aspecto mediúnico, ou seja, o fundamento propriamente dito. Diante deste cenário, Alexandre pergunta a opinião do autor do Blog.
Como já adiantamos, Pai Rivas responde com clareza. Comenta o fato de muitas pessoas iniciantes optarem por fazer uso deste expediente. Respeita a posição e atitude de todos incondicionalmente. Porém, considerando o trabalho sacerdotal com mais de quatro décadas, tudo que expressa foi obtido dentro do terreiro, ritualizando, vivenciando com os Ancestrais Ilustres e seus Mestres encarnados que O iniciaram. Logo, o fundamento só pode ser aprendido e transmitido por quem possui esta vivência.
Fica claro que expor o rico material de terreiro por uma casa de iniciação conduzida por um Mestre só dignifica as Religiões Afro-brasileiras. Quanto conhecer o fundamento, o "orô", à distância ou deturpar a tradição, podemos ficar tranquilos. Só o sabe quem recebeu Iniciação e na Tradição Oral das Religiões Afro-brasileiras Ela só é possível por meio das mãos cheias de um sacerdote de fato e de direito dentro do terreiro.
E deixa a Gira girar!
Num ambiente descontraído, de muita energia positiva e felicidades foi celebrado mais um toque de Jurema-Encantaria de Mestre Canindé, no Centro de Cultura Viva das Tradições Afro-brasileiras.
Vários Mestres, como é da Tradição da Encantaria, acostados juntos com os príncipes e princesas (índios, curadores e feiticeiros) acompanhados de outras "famílias" da Jurema e de vários cultos das religiões afro-brasileiras.
A celebração pública foi prestigiada por um número grande de sacerdotes de vários rincões do Estado de São Paulo, de diversas religiões afro-brasileiras. Muitos admiradores das "Mesas" de Mestre Canindé e do povo da Turquia lá compareceram e foram beneficiados com o Toque e com as prosas e consultas de Mestre Canindé, Rei da Turquia acostados em Mestre Arhapiagha.
A maior parte da mente é inconsciente. Por intermédio de seu conteúdo influencia a porção consciente; o inconsciente é o ponto chave da atuação do Orixá, influenciando diretamente a consciência do indivíduo, fazendo com que se afirme que o "filho de santo" adquire o comportamento, (arquétipo) de seu Orixá, o que proporciona uma maior capacidade de identificação individual e social com o grupo afim.
Os estudos realizados na FTU e os textos postados no Blog Espiritualidade e Ciência (F. Rivas Neto) tem ampliado e dado margem ao salutar diálogo. Ousou afirmar que o Orixá influencia o indivíduo por intermédio da porção inconsciente, ou seja, o Orixá atua no inconsciente profundo proporcionando o transito para o consciente. O conteúdo por intermédio de rituais de fundamento e atualização do axé é levado ao consciente favorecendo a identidade, fortalecendo a personalidade do indivíduo, e, principalmente, a conexão com seu genitor divino – o Orixá, por intermédio do Ori preparado para tal (Ori Inu).
Palavras-chave: Consciente, FTU, Inconsciente, Ori, Orixá.
Aranauan, Saravá, Axé!
Notícias alvissareiras acabam de chegar no twitter do Pai Rivas (http://twitter.com/rivasneto)!
Após o sucesso absoluto do lançamento da 4ª edição do livro "Exu – O Grande Arcano", a primeira reimpressão esgotou rapidamente. Na elaboração da segunda reimpressão, Pai Rivas, por meio da editora Ayom, entrega uma edição especial em conteúdo e forma que vale a pena conhecer.
Algumas fotos foram liberadas em primeira mão pelo Pai Rivas e podem ser acessadas nestes links:
Durante a semana traremos maiores informações. Eu já adquiri o meu exemplar e é realmente maravilhoso o conteúdo aditado à obra clássica e o formato do livro. Literalmente, é o Livro da Capa Preta!
As Religiões Afro-brasileiras são "formuladas" por intermédio da Tradição Oral, não por incapacidade ou falta de tecnologia, mas por entender que o conceito doutrinário, sua raiz se forma na mente em primeira instância, depois se consolida em linguagem escrita, obrigatoriamente transitando antes pela oralidade (... e no início era o Verbo, a oralidade).
Ao optar pela oralidade as Religiões Afro-brasileiras sinalizam que seus fundamentos são abertos, condizentes com os avanços espirituais do próprio ser humano.
A Tradição, sua constante é a contínua mudança, se não em seus aspectos estruturais, de cunho espiritual, todavia todo o mais é adaptável; permite releituras e ressignificados.
Palavras-chave: Axé-Ori-Bara, Faculdade de Teologia Umbandista, fundamentos, Teologia, Tradição Oral
Aranauan, Saravá, Axé!
São tantas as informações importantes para as Religiões Afro-brasileiras. Isto é maravilhoso! Com esta imensa e representativa quantidade de boas notícias, não comentamos um vídeo que para mim será paradigmático nas discussões sobre a nossa religião. Trata-se do vídeo: Religiões Afro-brasileiras: cultura de periferia é manutenção da miséria publicado no blog "Espiritualidade e Ciência" (http://espiritualidadeciencia.wordpress.com) e que está também disponível no canal do Youtube do Pai Rivas – http://www.youtube.com/pairivas#p/u/0/mxfkLC-jV-8.
Com a simplicidade e profundidade que é peculiar ao Pai Rivas, temas críticos são abordados de forma transdisciplinar observando os impactos na sociedade a partir de dicotomias dos aspectos mais abstratos aos mais concretos criadas pelas religiões tradicionais e apropriações modernistas de religiões mais recentes .
Uma destas dicotomias foi posicionar de um lado uma minoria de "privilegiados" como cultura de centro e do outro, permitam-me a redundância, uma enorme e avassaladora maioria como cultura de periferia. Claro está que as Religiões Afro-brasileiras foram e infelizmente ainda são taxadas como cultura de periferia, ou seja, estariam excluídas do centro irradiador de poder e decisão da nossa sociedade.
Afirmo estariam, pois elas de fato não estão mais. Com o advento da FTU (Faculdade de Teologia Umbandista), primeira instituição de ensino superior confessional do povo do santo e que foi autorizado e credenciado pelo MEC (Ministério da Educação) para formar bacharéis em teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras, ocupamos um espaço importante neste centro de poder. Não foi um processo de inclusão superficial, pois a porta de entrada escolhida pelo Astral e concretizada pelo Pai Rivas ao fundar a faculdade foi a Educação e, uma vez nela, a Teologia.
Percebam meus irmãos que a FTU não surgiu para criar uma linguagem própria, etnocêntrica das Religiões Afro-brasileiras reproduzindo uma lógica do opressor/oprimido. Pelo contrário, ela nasce para dar condições do adepto da nossa religião expressar sua cosmovisão, sua visão de mundo, respeitando a diversidade inerente e igualmente importante para as Religiões Afro-brasileiras neste centro de poder.
Ou seja, como diz Pai Rivas, oscilando entre a periferia e o centro, a FTU carrega para o centro todos os excluídos. E o que antes era uma dicotomia entre cultura de centro e cultura de periferia, na religião em primeira instância e em todos os setores de forma gradativa, se transforma em cultura de todos, sem privilegiados ou excluídos.
Muitos outros pontos poderiam ser discutidos aqui. Porém, gostaria de convidar o irmão planetário para assistir o vídeo e gradativamente dialogarmos sobre o exposto. Vamos conversando!