quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Curso de habilitação para pais/mães de santo não é Iniciação!

Curso de habilitação para pais/mães de santo não é Iniciação!


Hoje nossa publicação visa retomar, de forma esquemática, o que temos discutidos nos textos anteriores. Muitas pessoas nos solicitaram que esclarecêssemos alguns pontos. Nesse sentido, pensamos em exposar nossos argumentos item a item para que eles ficassem mais claros.


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sobres cursos "fast foods"

Axé, meus irmãos,

Como o mundo dá voltas e as tentativas fracassadas de mercantilizar o santo sempre são as mesmas, gostaria de publicizar minhas palavras de 17/01/2009:

Cada terreiro tem sua magia. Cada terreiro possui uma forma específica de transmitir seus conhecimentos. Cada terreiro possui meios próprios de exercitar a mediunidade ou mesmo formar sacerdotes e sacerdotisas, através dos amacis, feituras de cabeça ou quaisquer outros ritos e práticas que servem para tais finalidades. Partindo destas idéias básicas e fundamentais do Movimento Umbandista, questionamos os cursos que tentam vende-las privilegiando a visão de um grupo sobre os demais.

Será que só as pessoas que dão cursos de magia ou desenvolvimento mediúnico são capazes de trabalhar estes e outros fundamentos básicos da Umbanda?

Esqueceram-se dos humildes e honestos pais e mães de santo que, independentemente do número de filhos espirituais ou da localização do terreiro, fazem a sua magia, dão passagem para o Pai-Velho, Caboclo, Criança, Exu e tantas outras formas de apresentação. São estes mesmos senhores e senhoras ilustres que seguram na mão de seus filhos e os preparam para incorporar os Ancestrais que possuem uma ligação íntima com as suas vidas ou mesmo abrem alguns erós sobre outras modalidades mediúnicas conforme as necessidades individuais de cada um. Tudo isso em respeito às características de cada indivíduo, sem formatar médiuns padronizados em ideologias de massa.

Não meus irmãos, este conjunto de valores não é exclusivo a um grupo restrito de pessoas. O acesso ao mesmo não é feito mediante pagamento de inscrições ou apostilas. Muito pelo contrário, é dentro do terreiro que aprendemos de forma segura e objetiva a aperfeiçoar a nossa mediunidade, a magia e tantos outros elementos que nos remetem ao Sagrado.

Assim como meus outros irmãos de santé ou confrades umbandistas de outras Escolas, estamos cônscios e satisfeitos com o trabalho desenvolvido pelos nossos respectivos pais e mães de cabeça. Não precisamos de cursos "fast foods" que tentam colocar os bens socializáveis da Umbanda em uma linha de produção. Todos nós aprendemos e vivenciamos a Umbanda não assinando lista de presença ou cheques para pagar cursos, mas batendo a cabeça no Congá.


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A Iniciação se transforma em uma apostila

A Iniciação se transforma em uma apostila


Nos últimos textos temos discorrido a respeito de algumas situações que aconteceram na formação das religiões afro-brasileiras e outras que acontecem ainda hoje neste universo. A publicação escrita pelo nosso filho de santo Aratish abordou o processo de sincretismo e hibridismo ocorrido quando do encontro do catolicismo e das religiões afro-brasileiras. Como foi discorrido, o cristianismo foi bastante perspicaz ao associar a divindade exu ao demônio, pois foi uma estratégia capaz de deturpar o conceito e tudo que envolvia essa divindade. Essa questão do sincretismo, da hibridização não foi tão espontânea e natural como algumas correntes históricas propagam, ao contrário, havia um processo anterior, seja como plano teórico, doutrinário ou prático que visava a hegemonia das religiões provenientes do cristianismo e, consequentemente, instaurar a homogenia. O cristianismo sendo o único responsável e apto a fazer a comunicação entre os dois mundos estava nos planos da colonização, uma vez que o discurso religioso assegurava formas de domínio e exclusão.
Continua em: http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/2013/11/a-iniciacao-se-transforma-em-uma.html

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A proliferação das agências mercantis nas Religiões Afro-brasileiras

A proliferação das agências mercantis nas Religiões Afro-brasileiras



No último domingo entregamos a pena a nosso filho de santo Aratish, o qual discorreu, magistralmente, sobre a ação intencional proveniente do cristianismo em demonizar o Exu das religiões Afro-brasileiras a fim de ser a única responsável e capaz em fazer a comunicação entre dois mundos, dois sistemas cambiáveis, o transcendente e o imanente.
Na publicação de hoje gostaríamos de continuar a discorrer sobre algumas facetas da figura de exu e sua importância para o campo religioso brasileiro, tendo em vista a já pluralidade de visões e práticas mencionada no texto anterior. Nosso filho Aratish pontuou as ações da Igreja quando esta sentiu-se desafiada e ameaçada em perder fieis quando da maior visibilidade de inúmeras práticas religiosas afro-brasileiras, até então não nominadas como conhecemos hoje, mas perfeitamente vivenciadas. A associação da então divindade Exu com o demônio, com tudo que fosse negativo, ruim, desordeiro vem somar com outros pontos que gostaríamos de colocar. Isso continua acontecendo atualmente, porém, com o discurso e práticas neopentecostais cujos agentes incorporam a ideia de "guerra santa" ou "batalha do bem contra o mal".

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Fwd: [apometria_umbanda] Federalização e estelionato

Axé,

Seguem as palavras do meu irmão de santo Aratish. Palavras necessárias e importantes sobre o tema!

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Aratish <aratish@uol.com.br>
Data: 20 de novembro de 2013 13:43
Assunto: [apometria_umbanda] Federalização e estelionato
Para: "apometria_umbanda@yahoogrupos.com.br" <apometria_umbanda@yahoogrupos.com.br>


 

O Jornal Nacional mostrou em cadeia nacional, no dia de hoje (19/11/13) uma matéria intitulada "Polícia prende três suspeitos de praticar 'golpe da cartomante'". Trata-se de uma modalidade de estelionato em que os criminosos, fazendo-se passar por médiuns, extorquem das vítimas dinheiro, durante uma encenação de consulta espiritual. No caso em questão, os pais queriam que o filho rompesse o namoro e para isso os estelionatários cobraram quase R$400 mil (sic) e mais uma outra de "sete maços de R$7.777" (sic). Um detalhe importante: está envolvido no golpe, não só a estelionatária (que se fazia passar por médium de uma certa "vó"), mas também o presidente do "Conselho mediúnico do Brasil" da "Federação Paranaense de Umbanda e Cultos Afro-Brasileiro", o Sr. Dorival Simões. A tal Federação ministra cursos de: "cap acitação de sacerdotes das religiões de matriz africanas", introdução à teologia, língua ioruba, parapsicologia, que são certificados por um tal IAB – Instituto Afro-Brasileiro de Pós Graduação e Extensão.

As imagens da estelionatária dão algumas indicações: gravadas numa casa (e não num templo) com imagens católicas de fundo, com um adereço de guia, numa linguagem que simula a linguagem de terreiro, com roupas cotidianas e falando de dinheiro. A postura, os gestos e a voz sugerem um simulacro de práticas de umbanda e de arremedo de mediunidade.

Diante dos fatos, é importante relembrar que Pai Rivas, há muito tempo, tem alertado que o sacerdócio se faz na vivência, de anos, do discípulo com o seu Pai de Santo, no espaço sagrado do terreiro, como preceitua a trad ição. O sacerdócio é forjado num processo ininterrupto de compromisso com sagrado, em muitas vidas. Não é um fast track course de consumo imediatista, como muitos cursinhos, à semelhança de franquias, propagam. Não dá diplomas, seu selo é impresso na alma.

Retomando o fato. Não vamos entrar no mérito ético da conduta dos pais para com o filho. Porém, não podemos deixar de ressaltar que este caso policial mostra uma clara conexão entre federação, cursos de extensão e prática do estelionato. Pior, infelizmente, associando o nome das Religiões Afro-Brasileiras e da Umbanda, em particular, a este tipo de conduta criminosa. Ressaltamos, que não existem controles sobre as federações e sobre estes cursos, faz-se o que bem se entende (ou não).

Precisamos lembrar que as Federações deveriam ser não apenas órgãos de intermediação entre as comunidades do Povo do Santo e a sociedade, mas baluartes daqueles terreiros que representam a s verdadeiras tradições de nossa comunidade. No entanto, este exemplo, mostra que além de servirem de espaço para políticos oportunistas, também servem de espaço mercadológico para cursilhistas de codificações (de carta-magna, inclusive exposta no site da dita federação) e, também, de porta de entrada para charlatões e, neste caso, de guarida a estelionatários.

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Atividade nos últimos dias:
Umbanda: Uma forma inteligente e espiritualizada de se bem viver
por Pai Rivas
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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Deu no Jornal Nacional...

Axé,
Acabo de assistir no Jornal Nacional uma reportagem sobre suspeitos de praticar "golpe da cartomante". Para quem assistiu a matéria, fica clara a associação às religiões Afro-brasileiras com as guias utilizadas pela impostora e a entidade "Vó" que faz uso de linguajar e trejeitos de um preto-velho. O que certamente de Preto-Velho e mediunidade não tem nada. De apenas um casal de clientes, os suspeitos cobraram mais de R$400.000,00.
Isso é lamentável. Realizar uma associação de crime com o nosso movimento religioso é inadmissível. Ao buscar maiores informações sobre a dita instituição "Conselho Mediúnico do Brasil" conduzida pelos suspeitos, chegamos ao site da "Federação Paranaense de Umbanda e Cultos Afro-brasileiro". Os absurdos não param por aí.
Na capa do site da dita "federação" está divulgação de cursos de capacitação sacerdotal e introdução à Teologia. Ambos os cursos ligado às religiões afro-brasileiras.
Sobre o curso de sacerdotes, não é de hoje que a minha comunidade de santo, do Axé de Pai Rivas, a própria Faculdade de Teologia Umbandista (FTU) são claramente contrárias as tais práticas. Formação distante do terreiro, forma qualquer coisa, menos pai e mãe de santo. No caso específico dessa instituição, levou ao crime. Os fatos falam por si só.
Quanto ao curso de introdução à teologia, lembramos que Teologia no nosso país é algo sério. A disciplina é regulamentada pelo MEC (Ministério da Educação) e seus cursos são ministrados em IES (Instituições de Ensino Superior). No caso das Religiões Afro-brasileiras, apenas a FTU tem tal autorização, credenciamento e reconhecimento para ministrar tais cursos teológicos. Aliás, cursos que tratam da diversidade religiosa afro-brasileira e não tem qualquer pretensão de formar médiuns, muito menos sacerdotisas e sacerdotes. Na FTU formam-se bacharéis e pós-graduados devidamente diplomados após cumprirem todas as exigências acadêmicas.
Posto isso, fica claro o caráter criminoso desta federação de umbanda e cultos afro-brasileiro do Paraná. Porque não bastasse o que já foi dito, eles emitem certificados sem qualquer valor acadêmico por um tal "Instituto Afro-brasileiro de Pós Graduação e Extensão", que não tem vínculo junto ao MEC ou qualquer faculdade teológica. Um absurdo que precisamos deixar evidenciado o nosso repúdio a tais práticas. 
Concluindo...
Quer ajuda espiritual? Procure um terreiro com fundamento. Com pais e mães espirituais capacitadas e formados no terreiro, dentro de sua Raiz. Graças aos Orixás, Voduns, Inquices e Encantados, existem inúmeros pelo Brasil.
Quer estudar teologia afro-brasileira? Procure a FTU, única organização que tem respaldo acadêmico e social para ministrar cursos teológicos afro-brasileiros. 
E deixa a Gira girar!

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Publicação nova no Blog de Pai Rivas

Exu e a Diversidade

Muitos foram os desdobramentos do IV Congresso Internacional de Sacerdotes e Sacerdotisas e do XXIII Rito de Exu, ambos no último mês de outubro nas dependências da Faculdade de Teologia Umbandista (FTU). Indubitavelmente ambas as atividades reforçam nossa postura a favor da diversidade nas Religiões Afro-brasileiras, portanto contrária a qualquer forma de codificação do nosso movimento religioso. Somos avessos à homogeneização e hegemonização de quaisquer tipos, a começar pelo espiritual.

Sendo assim, gostaríamos de  passar a "pena" ao nosso filho espiritual Antônio Luz (Aratish) que usou do senso crítico (acadêmico) para discutir a diversidade usando como símbolo central Exu.  Reflexões naturais pós-rito. Axé!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Diversidade afro-brasileira em pauta: na academia e no terreiro!

Diversidade afro-brasileira em pauta: na academia e no terreiro!


Nas últimas publicações apresentamos aos colegas do blog algumas realizações. Primeiramente, falamos sobre o Simpósio Internacional Associação Brasileira de História das Religiões – ABHR, cujo evento, sediado na Universidade de São Paulo (USP), contou com a participação da Faculdade de Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras (FTU) como coordenadora de um Grupo de Trabalho intitulado Escolas das Religiões Afro-brasileiras e diálogos. No último domingo, apresentamos excertos do Congresso Internacional de Sacerdotes e Sacerdotisas das Religiões Afro-brasileiras que é um evento que concretiza, presencialmente, as discussões alimentadas no Fórum Internacional Permanente de Sacerdotes e Sacerdotisas (http://religiaoediversidade.blogspot.com.br/) em prol da diversidade religiosa. Além do congresso, foram apresentados no vídeo trechos do ritual de Exu em que várias comunidades de santo vivenciaram o mito de Odé e de Exu e celebraram a vida e o axé!

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Excertos do vídeo "IV Congresso Internacional de Sacerdotes e Sacerdotisas" e "XXIII Rito de Exu"

Excertos do vídeo "IV Congresso Internacional de Sacerdotes e Sacerdotisas" e "XXIII Rito de Exu"

Na publicação de hoje, disponibilizamos vídeo com excertos do IV Congresso Internacional de Sacerdotes e Sacerdotisas. A proposta do congresso foi dar voz aos pais e mães espirituais sobre a diversidade nas religiões afro-brasileiras e como ela é vivenciada dentro e fora do terreiro. Após o congresso, o terreiro ficou lotado e, juntos, realizamos um xirê, principalmente em homenagem ao grande caçador Odé! Nossa casa estava em festa! Celebramos com os exus a vida!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Parcerias que dão certo!

Axé! 

Como boas ideias saem do terreiro e penetram na Academia e na sociedade civil? 

Saiba mais em: http://t.co/Fyt6GsOFxf

Aranauan, Saravá, Axé,
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A FTU no Simpósio Internacional da Associação Brasileira de História das Religiões na USP: a participação da nossa comunidade de Axé!

A FTU no Simpósio Internacional da Associação Brasileira de História das Religiões na USP: a participação da nossa comunidade de Axé!


Dando continuidade à publicação anterior, gostaríamos de apresentar vídeo com excertos da participação de alunos e professores, filhos e netos espirituais da nossa comunidade de Axé no I Simpósio Internacional da Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR). O evento ocorreu nas dependências da USP entre os dias 29 e 31 de outubro. Gostaríamos de comentar questões importantes antes de passar ao vídeo.
Reiteramos o que já afirmamos na publicação passada. A Faculdade de Teologia Umbandista (FTU), primeira faculdade com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras, autorizada, credenciada e reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), coordenou o primeiro grupo de trabalho com enfoque na teologia afro-brasileira. O nome do GT foi "Escolas das Religiões Afro-brasileiras e Diálogos", tema pesquisado há muito tempo por nós, que fora discutido amplamente na FTU e que deu origem, inclusive, ao nosso livro de mesmo nome lançado durante o Simpósio da ABHR.


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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