Aranauan, Saravá, Axé!
Dando continuidade ao processo de divulgação das importantes inserções da comunidade do povo do santo na sociedade, por meio da academia, Pai Rivas comentou agora há pouco (via twitter – http://twitter.com/rivasneto) sobre nossa comunicação no XII Simpósio Nacional da ABHR (Associação Brasileira de História das Religiões).
O trabalho apresentado inicia uma breve discussão sobre o método utilizado pela Academia para olhar as Religiões Afro-brasileiras. Utilizo três obras de referência para analisar a questão, respectivamente assinadas por Yvonne Maggie, Vagner Gonçalves da Silva e Pai Rivas que inaugura a escrita teológica nas Religiões Afro-brasileiras como campo de conhecimento constituído e dialógico. Portanto, possível de ser desenvolvido criticamente.
Só para ilustrar o exposto sobre a Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras, cito a recente publicação no Blog Espiritualidade e Ciência: "Ritos Secretos da Iniciação nas Religiões Afro-brasileiras" disponível em – http://espiritualidadeciencia.wordpress.com. Nela é possível observar a seriedade e profundidade que a relação Ori/Bará é exposta, sem perder a simplicidade tão cara à nossa identidade. Mais do que comentar, gostaria de citar as palavras de nosso Pai Espiritual e que os irmãos percebam o respeito que este sacerdote possui pela diversidade rito-litúrgica:
"É desta interface Ori-Bará, do Bará como manifestação ou emanação do Ori que versará o vídeo apresentado nesta publicação. Apesar do pioneirismo em demonstrar a Iniciação alicerçada nos ritos de fundamento Ori/Bará, como sempre, não se pretendeu esgotar o assunto, aliás, só foi introduzido. Necessário dizer-se que o conceito é apresentado de forma generalista, e cada Religião Afro-Brasileira tem seus aspectos particulares, transmitidos e ritualizados segundo suas vivências e práticas tradicionais".
O conteúdo é maravilhoso, mas a ênfase da nossa comunicação da ABHR foi para o método desenvolvido pelo Pai Rivas. Uma forma inteligente e respeitosa com a alteridade. Aliás, quando leio o meu Pai nada mais vejo do que Ele é e sempre foi no terreiro como Sacerdote consumado, de fato e de direito, ou seja, Iniciado por outros Sacerdotes. Em suma, Pai Rivas expressa o que é.
Retomando, Ciência e Religião não precisam ser concorrentes entre si, pelo contrário, ambas ganham muito ao se permitirem o diálogo e aprendizagem recíproca. Foi isto que aprendi no que diz respeito a todas as formas de conhecimento com Pai Rivas na Iniciação que começou com muita satisfação no chão do terreiro e que hoje está em todos os solos que piso. Não só no templo, mas também na minha residência, no meu trabalho, na academia, enfim, na minha vida.
Não me canso de agradecer e tentar retribuir minimamente tudo o que o Senhor me deu por meio de mais trabalho, trabalho e trabalho com felicidade aqui e agora, hoje e sempre. Axé Babá Mi.
Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
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