Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,
O texto 106 do Blog Espiritualidade e Ciência – "Axé restituído ao equilíbrio espiritual, mental, físico e social" disponível em: http://sacerdotemedico.blogspot.com/2011/01/axe-restituido-ao-equilibrio-espiritual.html , sinceramente, marca dignamente as religiões Afro-brasileiras como promotora da paz em vários níveis: Espiritual, Cultural, Social, Político e Econômico.
Esta publicação permite o desdobramento em amplas e profundas áreas da gnose humana, mas gostaríamos de nos atentar para o PS registrado ao final do texto ante das fotos do rito da praia. Nele, Pai Rivas nos lembra que as faculdades de teologia das diversas confissões regulamentadas pelo MEC têm a prerrogativa de formarem sacerdotes. No entanto, respeitando todos que assim procedem, a FTU sempre optou por formar apenas teólogos. Pai Rivas nos ensina e defende em todas as instâncias que o sacerdócio se realiza no terreiro pelas mãos de outros sacerdotes. Isto vai ao encontro da ideia de Escolas e de encontro com a codificação.
Para aqueles que não entenderam o conceito de Escolas, pois entendemos que todo conceito inédito e profundo não é facilmente compreendido de imediato, cabe lembrá-lo. As Escolas das Religiões Afro-brasileiras são formas de compreender e vivenciar o Sagrado conduzindo os seus adeptos ao encontro da Espiritualidade. Por definição, não só as Religiões Afro-brasileiras e as demais confissões, mas também as várias disciplinas da Filosofia, Ciência e os vários ramos da Arte conseguem conduzir o seu filiado à mesma. Afinal a Espiritualidade, conforme a teoria inédita de Pai Rivas explicitada em livros e no Blog, é inerente a todos, vivente no seu interior.
As Escolas surgem por meio da interação das matrizes formadoras do povo brasileiro. Como exemplo, podemos citar a questão dos orixás. Algumas Escolas aceitam 7, outras 8, 14, 16 orixás... Mesmo nesta diversidade, possuem pontos em comum. A tradição oral, a louvação dos Ancestrais, entre outros. Além disso os Orixás mesmo quando não cultuados em seu terreiro são conhecidos, não têm nomes estranhos ou inventados. Por este motivo, às vezes, a faculdade critica algum ponto específico, mas isto é inerente ao senso crítico da academia. Nós criticamos ideias que não remetem às escolas.
Afirmamos isto, pois tolerar e respeitar as diferenças em hipótese alguma significa tolerar o erro. Pai Rivas já lembrou algumas vezes que tolerar o erro é desvio de caráter e não se relaciona com a ética do povo do santo.
Devemos com muita satisfação reforçar os avanços que as religiões afro-brasileiras promoveram na sociedade como um todo. Esta aproximação de centro e periferia é no intuito de neutralizar as desigualdades. Vale a pena ressaltar que centro-periferia não é a sociedade em si, mas o exercício e distribuição do poder em vários níveis que precisa ser mais justo e igualitário.
Lembramos que a FTU possui um curso presencial que forma bacharéis em teologia, fazendo uso de uma extensa carga horária de segunda a sexta-feira. Outros cursos livres de teologia com ênfase nas religiões afro-brasileiras que são oferecidos fora deste padrão estipuladas pelas diretrizes do MEC (Ministério da Educação), são homogeneizantes. O MEC só aceitou o curso da FTU porque o mesmo é composto por um grupos de professores gabaritados e principalmente um fundador sacerdote com 5 décadas de exercício que privilegia todas escolas. Não falamos de uma única, mas de todas. Aliás, a própria Escola de Síntese conduzida pelo Pai Rivas a qual sou filho espiritual busca esta aproximação verdadeira com as escolas.
Com tudo isto existem pessoas que estão no meio das religiões afro-brasileiras e não querem entrar por meio de seus computadores nos sítios eletrônicos onde Pai Rivas e a faculdade distribuem conteúdo. Usam um login coletivo de uma pessoa específica para que ninguém descubra que estão acompanhando o trabalho desenvolvido. Isto é absolutamente desnecessário. Podem acessar o Blog e o Twitter sem problemas. Todos os seguidores destes sítios o são por liberdade, aliás, liberdade com responsabilidade. Quem quiser basta entrar nos links:
http://espiritualidadeciencia.wordpress.com
Encerrando, Pai Rivas reforça que o sacerdócio mexe com a vida tanto quanto o médico ou o advogado. Por este motivo, o médico cursa a faculdade de medicina e a respectiva residência; o advogado cursa direito e o pai de santo é formado no terreiro pelo seu pai as santo. Caso contrário é como diz o jargão popular: O advogado vira porta de cadeia, o médico vira açougueiro e o sacerdote vira picareta.
E vamos dialogando!
Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
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