quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Umbanda Branca: Uma Escola legítima!

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

 

O twitter do Pai Rivas (http://twitter.com/rivasneto) inicia mais uma discussão interessantíssima a qual gostaria de compartilhar com todos. O IFE – Instituto de Filosofia Espiritualista nasce com uma proposta dialógica de profundidade. Esta reflexão se aplica a todas as religiões em aspectos amplos e também em suas especificidades. Vejamos o exemplo da Umbanda Branca dentro das Religiões Afro-brasileiras que transcrevemos do seu twitter e trás perspectivas inéditas como as que se seguem:


"A Umbanda Branca na forma de apresentação é kardecista e católica (sincretismo). Na essência é africana e indígena ao mesmo tempo porque cultua os Orixás (divindades africanas) e o Caboclo – ancestral brasileiro (indígena)".


Aliás, esta aproximação com as matrizes formadoras do povo brasileiro ocorre em todas as Escolas umbandistas/afro-brasileiras. Pode ser encontrada na Umbanda Omolocô, Umbandaime, Esotérica, Oriental, Jurema, Babassuê, Tambor de Mina, Jarê... Enfim, todas.

Ainda segundo Pai Rivas, nós sabemos que em nenhuma destas Escolas é possível saber quando foram fundadas.  Isto se deve ao fato de serem construções coletivas e não individuais, logo sem mártires ou profetas. No entanto, nosso pai espiritual enfatiza algo com clareza. O kardecismo chegou ao Brasil no século XIX e por este motivo histórico não pode ter sido a escola umbandista mais antiga.


Sendo fiel às palavras do Pai Rivas, em uma prazerosa conversa conosco, o kardecismo se sentiu tão atraído pela Umbanda que "a mesa branca se umbandizou". As primeiras manifestações de umbanda branca já foram influenciadas pelos Orixás. Nosso pai também recorda que o sincretismo com o catolicismo, não significou uma idêntica relação dos arquétipos entre os Orixás e os santos católicos. Muito menos se inverteu ou criou novos orixás. Aliás, em nenhuma Escola isto ocorreu.


Uma Escola se caracteriza pela influência e não pela negação das matrizes formadoras. Logo, somos uma religião de manifestação e a Umbanda Branca como legítima Escola segue este processo em harmonia com todas as demais. Sem concorrência, sem fundamentalismos ou ortodoxias. Pelo contrário, dialogando pela Convergência. É por isto que a visão da Escola de Síntese é paradigmática.

 

"As Escolas não valorizam uma, não desvalorizam nenhuma, contemplam todas".

Pai Rivas



Ps: Mesmo como filho espiritual fazemos questão de citar o que nos diz ou escreveu com aspas, pois neste ponto estamos com Derrida. Somos pela ética da citação. Aliás, isto independe da postura acadêmica, pois exercitamos a ética dentro e fora dela. Temos a liberdade de escrever o que quisermos, mas liberdade para nós da Escola de Síntese só com responsabilidade.

 

Ps2: Falam muito do Zélio Fernandino de Moraes para aproveitar-se dele como um fato histórico. Pai Rivas não precisa disto e, ao mesmo tempo, valoriza a construção Dele. A valorização da Escola que ele auxiliou a construir é tão importante quanto todas as demais. Pai Rivas faz isto em nome da ética das religiões afro-brasileiras que é pela interdependência. Por isso, justíssima de ser chamada Escola. Tenho ou não tenho razão? Os irmãos zelistas não concordam conosco?


Ps3: Sobre Escolas, gostaríamos de sugerir a leitura atenta dos tweets desta noite do Pai Rivas (@rivasneto). Acessem: http://twitter.com/rivasneto

 


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

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