Aranauan, Saravá, Axé!
Faltam dois dias para a realização do IV Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI que nesta edição também representa o I Congresso Internacional das Religiões Afro-americanas. Dada a relevância deste momento que vivenciamos, gostaria de trazer a tona alguns dados históricos significativos.
A FTU inaugurou em 2008 um novo olhar sobre encontros nacionais para discussão e reflexão sobre Umbanda/Religiões Afro-brasileiras. Afirmamos isto com convicção, pois nas propostas anteriores – todas dignas de imenso respeito por seu contexto histórico e social – foram promovidas por instituições doutrinarias específicas que de alguma forma tentaram codificar toda a Umbanda sob o ângulo de quem organizava o evento. Enfatizamos ser plenamente compreensível esta busca naquela época, como também constatamos com igual compreensão o motivo desta proposta fracassado, pois nunca seguiu em frente no movimento religioso.
Retomando o raciocínio, a FTU inaugura com este Congresso um ambiente acadêmico privilegiado que não desdenha do saber religioso. Pelo contrário, o valoriza. A FTU aproxima o senso crítico do religioso passando pelo popular sem solução de continuidade. Mas como isto é feito? Por meio da Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras. Aos acadêmicos apresentamos abordagens religiosas que permitem a sua compreensão. Aos religiosos, procuramos trazer conhecimento dos acadêmicos traduzidos e decodificados para a sua cosmovisão.
Foi por este motivo que em todas as edições do Congresso, sacerdotes de várias regiões do país participaram. Este ano mesmo, realizou-se um Congresso Internacional de Sacerdotes e Sacerdotisas. Isto só é possível, pois quem idealizou tudo isto, Pai Rivas, é sacerdote com casa aberta desde muito (mais de quatro décadas). É iniciado (catulado, pintado e raspado) no culto de Nação por Pai Ernesto de Airá, iniciado na Encantaria, Umbandas várias... Enfim, vivenciou as várias Escolas das Religiões Afro-brasileiras.
Concomitantemente, estes congressos já receberam nomes da academia como: Wagner Gonçalves da Silva, Reginaldo Prandi, Luis Assunção, José Flávio Pessoa de Barros, entre outros. Além disto, este ano, está programado e confirmado as palestras de Mundicarmo e Sérgio Ferretti, bem como Volney Berkenbrock.
Apenas para ilustrar, citamos vídeo onde José Flávio Pessoa de Barros (in memoriam), um dos maiores nomes na academia que se estabeleceu como referência das Universidades cariocas e fluminenses (consultor FAPERJ), comenta sobre as atividades conduzidas pelo Pai Rivas: http://www.youtube.com/user/pairivas?feature=grec_index#p/search/0/Dkmh67-XZdg
Também lembramos as palavras do Volney Berkenbrock quando publicou um artigo na revista acadêmica e apresentou assuntos de peso como: A teologia como "ato segundo", a fé como fundamento da teologia e o centro de cultura, o cultivo religioso vivo. Ambos os itens discorridos tomando como base a experiência dele com Pai Rivas.
Diante deste maravilhoso histórico, reforçamos o nosso convite para todos participarem do Congresso. Maiores informações: http://www.ftu.edu.br/congressos/ Espero você lá!
Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
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