Observando na forma características muito diferentes entre as Escolas, alguns poderiam perguntar o porquê de todas serem igualmente reconhecidas como uma forma legítima de Umbanda. Afinal, o que nos une em torno da idéia Umbanda?
Pai Rivas afirma que "apesar do aspecto mosaico que esse movimento adquiriu durante sua formação, pouco a pouco, sua real função foi-se delineando a partir da constatação de que alguns conceitos passaram a se apresentar de forma universal em todos os segmentos da Umbanda"*. Sim meus irmãos. Apesar de diversidade da forma, existe uma essência que é una. Mais a frente do texto transcrito por nós, o autor demonstra quais seriam alguns destes conceitos comuns a totalidade de Escolas: Culto às Potestades Divinas sob o nome de Orixás; Louvação aos Ancestrais que se manifestam através de formas específicas na Umbanda; Doutrina da Reencarnação; Ligação Sagrada com a Natureza e seus Espíritos, entre outros.
São estes conjuntos de conhecimentos que constituem a interdependência das Escolas Umbandistas. É esta Essência que mantém viva a idéia Umbanda em cada uma de suas linguagens que são as próprias Escolas. Por outro lado, a variedade de expressão destas idéias em comum, permite que o Movimento Umbandista abarque em si não só todas as etnias que fazem parte da Raça Planetária como também não excluem nenhuma camada social da mesma.
Todos têm voz e vez no Movimento Umbandista. Por isso mesmo, não podemos aceitar cursos de finais de semana que privilegiam uma visão sobre todas as demais. Em contrapartida precisamos reforçar todas as nobres iniciativas que buscam valorizar a diversidade e promover a aproximação das Escolas de Umbanda. Que venha o II Congresso de Umbanda do Século XXI!
* Extraído dos Excertos Finais do livro "Sacerdote, Mago e Médico – Cura e Autocura Umbandista". Pág. 450 . Ed. 2003. Publicado pela Ícone Editora.
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