terça-feira, 21 de julho de 2009

Movimento Umbandista e as etnias que a construíram


Em nossos textos reforçamos a importância de construirmos bens socializáveis que contemplem todas as Escolas sem privilegiar uma visão sobre as demais (etnocentrismo). Este raciocínio é um desdobramento natural da própria história do Movimento Umbandista e como a Escola de Síntese exemplificou a relação Universalidade e Diversidade dentro do templo.

O Movimento Umbandista possui caráter filosófico e religioso que carrega a valência de todas as raças e suas respectivas vivências com o Sagrado. Desta forma, as várias heranças étnicas são expressas em seu seio pacificamente. Sem guerras ou confrontamentos. Por ser uma Unidade Aberta, logo sem conceitos engessados, o Movimento Umbandista conseguiu traduzir em uma enormidade de ritos as inúmeras contribuições das quatro etnias: Vermelha, Amarela, Negra e Branca.

A Escola de Síntese, aprofundando-se na teoria e prática, instituiu no início deste novo milênio a realização de 7 ritos que encerram em si uma amostragem fidedigna da realidade umbandista. Para cada rito em questão existe um conjunto de cultos e expressões religiosas dentro da Umbanda que se afinizam com o mesmo. Assim, a Escola de Síntese contempla todas as Escolas mostrando seus profundos imbricamentos, sem solução de continuidade.

Ao contrário de querer prevalecer uma forma única de Umbanda, suas iniciativas consolidadas na Faculdade de Teologia Umbandista e, mais recentemente, no Centro de Cultura Viva das Tradições Afro-brasileiras apresentam ao Movimento Umbandista e a sociedade civil como um todo, uma forma mais justa e igualitária de tolerar, respeitar e, principalmente, viver pacificamente as diferenças inerentes as características plurais da humanidade.

Nesta abordagem, a identidade umbandista é enxergada como exemplo vivo e fundamental para alcançarmos a tão propalada Paz Mundial, passando pelos seus vários níveis de diálogo.

Observação. Todo o texto foi baseado em dois excertos do livro "Sacerdote, Mago e Médico – Cura e Autocura Umbandista" encontrados respectivamente nas páginas 449 e 463 da edição de 2003 publicado pela Ícone Editora.

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