Aranauan, Saravá meus irmãos planetários!
Antes de dar prosseguimento à questão religião e ciência dentro das tradições afro-brasileiras, gostaria de reforçar que a prova da FTU, gentilmente cedida pela secretaria, é de 2008. Optei por encaminhá-la neste contexto e neste atual período, pois os temas são hodiernos.
As religiões afro-brasileiras possuem sim plenas condições de se aproximar e dialogar abertamente não só com outras expressões religiosas, mas também com a Ciência, Arte e Filosofia. Isto foi plenamente constatado com a criação da FTU em 2003 e todos os seus trabalhos amplamente divulgados na internet.
Não podemos confundir esta demonstração com uma tentativa de "legitimar" as Religiões Afro-brasileiras perante a sociedade. Muito pelo contrário, estas valorosas tradições estão legitimadas por si só. O diferencial desta conquista para todos nós é cada vez mais a faculdade apresenta para os outros setores da Gnose humana propostas para contribuir, complementar e até mesmo aprofundar questões essenciais para a humanidade nos níveis individual, coletivo e espiritual.
Acredito que o meu próprio exemplo reforça a tese que sustento neste texto. Sou religioso das Tradições Afro-brasileiras e especificamente dentro dela pertenço à Escola de Síntese na qual Pai Rivas é o Mestre-Raiz. Ao conhecer e vivenciar este método de acesso à Espiritualidade fui estimulado não só pelo Astral que me acoberta, mas pelo meu pai de santé a buscar um aprofundamento dos meus estudos acadêmicos.
Hoje estou fazendo mestrado no programa de pós-graduação em Filosofia em uma universidade do Rio de Janeiro e lá oriento a minha pesquisa não para justificar a minha opção religiosa. Estou lá pois a Umbanda me abriu possibilidades de compreensão que até então não tinha a menor idéia e meu objetivo é levar esta contribuição para a discussão acadêmica.
Vejam bem meus irmãos. A partir da religião afro-brasileira interessei-me pela academia. Isto não quer dizer que todo religioso tem que ser acadêmico, mas aqueles que buscam este saber encontram com seus respectivos pais e mães de santo a oportunidade de construir um corpo de conhecimento suficiente para discutir na Ciência com propriedade.
Agradeço muito o Astral e ao meu Mestre pela oportunidade de estar dentro de uma linguagem religiosa que não se contrapõe à Ciência ou qualquer outro setor sério. Afinal, as religiões Afro-brasileiras apresentam-se como um meio de dialogar profícua e consistentemente aproximando diferentes Saberes e Fazeres, nos conduzindo à Convergência e permitindo a tão propalada Paz Mundial.
Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
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