sexta-feira, 1 de junho de 2012

Vivenciando o Tambor de Mina: O (re)encontro!

Aranauan, Saravá, Axé!


Esta semana estive em São Luís (Maranhão) para participar do XIII Simpósio Nacional da ABHR (Associação Brasileira de História da Religião). Foi um momento muito importante, pois conseguimos mostrar a força da Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras e trocar muitas experiências com os principais nomes da Academia que pesquisam a nossa tradição religiosa.


Uma destas referências são os professores Sérgio e Mundicarmo Ferretti, os quais nutrimos uma verdadeira amizade consolidada na vinda deles à FTU para participar do Congresso do ano passado e que foi renovada nesta minha ida ao Maranhão. Pois bem, estes queridos amigos convidaram-me para conhecer dois terreiros de Tambor de Mina e prontamente os acompanhei rumo às Religiões Afro-maranhenses.


Devido à minha condição de adepto e pesquisador das Religiões Afro-brasileiras, meu interesse foi duplamente satisfeito. Tanto conheci uma nova Escola Afro-brasileira, o Tambor de Mina, enriquecendo minha vivência acadêmica como conheci o povo de santo daquela região, ampliada pela prazerosa sensação de sentir os Voduns e Caboclos que chegaram no terreiro. Se esta dupla condição eu devo ao convite que recebi dos professores Ferretti, a terceira e mais profunda que relatarei agora devo ao meu Pai Espiritual. Explico-me.


Ao tomar contato com a rito-liturgia vivenciando o Astral das casas de mina, observei e senti a mesma Tradição da minha Casa de Iniciação. Desde elementos simples como roupas, passando pelos cânticos sagrados, a forma de transe mediúnico, até a similitude dos Guias propriamente dita. É uma coisa maravilhosa não pela diferença (que de fato existe entre os terreiros e não quero negá-la), mas pelas inúmeras semelhanças. Esta sensação de estar lá, mas me sentir em casa, o respeito e abertura ao culto de outros terreiros eliminando o ignorante e etnocêntrico preconceito, bem como conhecer pela prática os símbolos e significados do Tambor de Mina, devo à minha Raiz, logo ao Pai Rivas.


Quem me acompanha no Facebook e frequenta os terreiros do pai Rivas já deve ter visto as fotos onde registro algum destes momentos no Tambor de Mina. Os fatos, ou melhor, as fotos falam por si só. O conceito de Escolas não é apenas uma teoria inteligente, mas a concretização de uma prática oriunda de um sacerdote que efetivamente passara por estas várias Escolas e está conectado com o Astral das Religiões Afro-brasileiras sem exclusivismos, sem elitismos, sem misoneísmos, apenas o Astral Superior. Tão simples quanto complexo.


E deixa a Gira girar! 


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

 
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