quarta-feira, 11 de março de 2009

A Diversidade Umbandista




Aranauam, Saravá meus irmãos,
"A Umbanda é a própria diversidade". Neste importante conceito desenvolvido por Pai Rivas conseguimos compreender que a força da Umbanda está em sua pluralidade.

Neste blogue já escrevemos alguns rudimentos sobre Escolas Umbandistas. Estamos convictos que a compreensão desta simples, porém profunda idéia facilitará substancialmente o entendimento do DNA plural que a Umbanda carrega em seu próprio Movimento.

Outro assunto que está intimamente ligado com o que escrevemos até aqui é a própria FTU(Faculdade de Teologia Umbandista). Para entender esta interdependência, gostaria de transcrever algumas palavras do livro "Sacerdote, Mago e Médico – Cura e Autocura Umbandista" do autor Francisco Rivas Neto (Pai Rivas), o qual sinceramente peço seu Agô:

"Escolas ou Segmentos Umbandistas
Na Umbanda, pela diversidade dos seus adeptos, há também uma diversidade de ritos e de formas de transmissão do conhecimento. A essas várias formas de entendimento e vivência da Umbanda denominamos escolas ou segmentos.
As várias escolas correspondem a visões, umas voltadas mais aos aspectos míticos e outras mais voltadas à essência espiritual, abstrata. Embora não haja consenso quanto à ritualística, que são várias formas de interpretar e manifestar a doutrina, a essência de todos é a mesma e todos são legitimamente denominados umbandistas.
A Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino apresenta uma variedade de rituais que pretende representar uma amostragem fidedigna dos vários segmentos umbandistas, proporcionando desde as formas mais míticas até as formas mais internas de contato com o Sagrado. Em função disso a OICD assumiu para si a responsabilidade de enfrentar a tarefa de promover a convergência, fundando a Faculdade de Teologia Umbandista.
A fundação da Faculdade em si talvez importe menos que o impacto que a mesma encerra. Talvez não tenhamos percebido, no momento, a mudança de rumo que provocaremos na história, primeiro em nosso país, depois no mundo. Com o movimento oscilatório que a Umbanda tem, variando entre o centro e a periferia e, agora, estabelecendo-se mais consistentemente no foco das manifestações culturais, intelectuais, sociais, políticas e econômicas, a revolução que podemos esperar é a de uma mudança pacífica mas profunda de paradigmas, arrastando toda a periferia ao centro e promovendo uma nova ordem social, mais igualitária e baseada em valores mais humanos.
O ineditismo e a coragem desta empreitada umbandista ficará indelevelmente registrada na história planetária e se constituirá como um dos fatores mais marcantes do início do século XXI.
A Faculdade, além de suas propostas pedagógicas, pretende exercer uma função de transformadora social, reduzindo as desigualdades em todos os âmbitos, acabando com as exclusões, promovendo a tolerância consignada na convivência pacífica, construindo a legitimidade paulatina do consenso livre.
Assim como a sociedade internacional reclama consenso no político e diplomático, também reclama no nível do Sagrado, alcançando todos os seres em busca de convivência pacífica que nos remeta à Paz Mundial."

Este trecho foi extraído dos Excertos Finais do livro, mais precisamente do item "A Faculdade de Teologia Umbandista", páginas 459 e 460 da edição publicada em 2003.

Seis anos depois constatamos os benefícios que a FTU ofertou e continua produzindo para nós umbandistas ou não em níveis emergenciais e – principalmente – estruturais. A Faculdade é um bem coletivo do qual todos nós, filhos de Pemba, temos a satisfação de saber da sua existência e conhecer seus frutos que cheiram a Arruda e Guiné.

Mais uma vez reitero meu convite aos irmãos que residem próximo da capital paulista à prestarem o vestibular 2009 da FTU, onde serão verdadeiros protagonistas das transformações profundas e atraumáticas que a Umbanda tem para o Mundo.


Salve a UMBANDA!

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