A diversidade permite que qualquer pessoa faça o ritual que quer, só não pode exigir que os outros façam aquilo que ela (pessoa) faz.
Esta frase é simples e igualmente complexa, pois consegue apresentar várias nuances das Religiões Afro-brasileiras/Americanas, incluindo naturalmente a Umbanda. A diversidade permite que cada terreiro faça o ritual que o pai ou mãe de santo determina, por ser ele(a) o(a) detentor(a) e transmissor(a) da Tradição. Não há necessidade de imposição de um culto sobre os demais – hegemonia – criando um padrão único – homogenia.
De igual forma, ser a favor ou respeitar a diversidade não significa fazer tudo o que todo mundo faz. Aceitar o diferente, respeitar as diferenças em hipótese alguma impõe a obrigação de fazer igual ao outro. Caso contrário, voltamos ao problema da homogeneização.
Exemplificando nos terreiros. Um pai ou mãe de santo faz o ritual que entende ser o melhor para a sua casa. Ele(a) que sabe o que é melhor ou não para os seus filhos, para a assistência que o(a) procura.
Sendo mais específico. Na minha casa, quem determina o ritual é o meu pai de santo. Afinal, Ele é o Mestre Raiz da minha Tradição. Dentro da Umbanda, faz a Escola de Síntese e não exige que ninguém faça o que Ele faz, nem muito menos faz o que os outros fazem. Os cultos ali realizados beneficiam uma comunidade grande e todos que vão lá estão por vontade própria por se sentirem bem, por terem algo que lhes falam à alma. Começando pelos filhos espirituais Dele. Quem é da casa e não se afiniza, procura outro lugar ou até mesmo outra religião. São livres. Aliás, esta liberdade com responsabilidade é comum nas Casas de Iniciação.
E vamos dialogando sobre diversidade!
Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
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