segunda-feira, 20 de maio de 2013

Vivenciando a diversidade: Neutralizando o narcisismo

Aranauan, Saravá, Axé,

O vídeo de Pai Rivas publicado hoje em seu blog (http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/2013/05/religioes-afro-brasileiras.html) é um diálogo franco sobre Espiritualidade. Portanto, toca em assuntos importante e, igualmente, verdadeiros. Com sua serenidade habitual, não deixa o leitor/espectador sem respostas.

O narcisismo não é caracterizado apenas pela percepção de si exagerada. Vai além, precisa ser melhor que todos os demais. Como este tipo de comportamento impede um pleno exercício de suas potencialidades, normalmente o caminho mais curto, o "atalho" mesmo, é desmerecer o trabalho dos outros. Não é por menos que acompanhamos tentativas constantes e proporcionalmente frustradas de desqualificar o trabalho de uma legítima Raiz das Religiões Afro-brasileiras viva e atuante em pleno século XXI.

Um dos principais motes da crítica é que Pai Rivas teria perdido o "purismo" da Umbanda Esotérica. Adotando práticas rituais "inferiores" (sic) de outras raízes umbandistas e do culto de nação. Ocorre, e é bom relembrar as palavras do Mestre, que atualmente vivemos o período onde mais as coisas esotéricas são discutidas e experenciadas por dentro das religiões afro-brasileiras na nossa Casa de Iniciação. Afinal, ao realizar os ritos de várias Escolas, nosso Pai mostra experiência com essas linguagens religiosas e, mais do que isso, anuência do Astral dessas várias Linhagens que acobertam as Religiões Afro-brasileiras. Tal vivência proporcionada por Pai Rivas enseja que todas as formas de se entender e praticar o Sagrado são válidas, importantes e legítimas. Ou seja, respeito incondicional pela diversidade.

Claro está que um discurso purista de pessoas que até ontem davam sua cabeça para o Mestre colocar as mãos e foram expulsos, quando não traíram sua Ancestralidade, não vai encontrar eco nesta prática respeitosa com o Outro e com Todos. E qual a solução de "purismo" eles assumem?

Tentam fazer ritos de umbanda esotérica ou iniciática. Digo tentam, pois não sabem os verdadeiros fundamentos destes ritos. Afinal, repetem o que viram o Mestre fazer na década de 90. Acham que esta linguagem religiosa é superior, melhor, que as demais. Se eles praticam umbanda esotérica achando que são melhores do que os outros, está claro que entenderam tudo menos o sentido real da umbanda esotérica. Não adiante repetir mantra, não adianta repetir os sagrados pontos que ouviram do Mestre. Repetir pura e simplesmente, sem ter mais o contato com o seu Mestre, com sua Linhagem, não consegue por si só abrir os caminhos de conexão com os Arashas.

Mas poderiam perguntar.... Se o Mestre possui as suas mãos cheias e iniciou essas pessoas, ele não sabia disso? Lembramos que Jesus, o Maior Iniciado que esta Terra já viu, possuía um círculo de discípulos iniciados e um deles O traiu, Judas. Afinal, os Mestres de todos os tempos das mais variadas tradições sempre dão oportunidade para todos, mas só cabe ao discípulo percorrer ou rolar os degraus da Iniciação. Exemplificando com uma analogia bem conhecida:

Uma Raiz dará forma a uma excelente árvore. Uma árvore boa só pode dar bons frutos. Mas se os frutos caem longe da árvore, sem base ou sustentação, apodrece, por melhor que seja a árvore. O melhor é sempre lembrar que um fruto só é bom porque carrega a semente de sua árvore. E só fará cumprir sua função se fizer germiná-la. Caso contrário... Será sempre apenas mais uma fruta que apodreceu.

Axé!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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