segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Rito dos Mabassas: a Vida venceu a Morte antes da hora

Axé!
São Cosme e Damião, Dois-dois, Ibeji, Crianças, Candengos, Tocuenis ou Mabaça? Isso e muito mais foi visto, ouvido, sentido, experenciado na casa da minha irmã de santo Yamaosilê (Fabi de Yemanjá) pelas mãos de nosso Mestre Espiritual, Pai Rivas. 
Em nosso terreiro, o Mestrado de Pai Rivas mostra que a Espiritualidade é algo comum dos vários caminhos de felicidade que os seres humanos procuram. Essa postura apologética da alteridade foi ritualizado no último rito de sábado na cidade de Itanhaém. E Não poderia ser melhor a representação simbólica: os gêmeos. 
Sim, aqueles que são idênticos e diferentes ao mesmo tempo. Aqueles que com sua magia "enganam" a morte antes da hora e expressam a vida. O vídeo, as fotos, o texto preciso da minha irmã Yacyrê apresentam elementos do que estou falando. Pai Rivas assim como a louvaria de Mestre Canindé "deu a volta no mundo". E nesse giro a Gira se processou.
Nosso Mestre tocou tradições com respeito incondicional à liturgia própria de cada uma. E esse mesmo respeito e formação Iniciática que Pai Rivas externaliza, permitiu demonstrar as semelhanças desses vários ritos. Tal qual a Espiritualidade é o ponto comum para os vários caminhos do Sagrado, a gestação, preservação e ampliação da Vida é o elo de comunicação de todos os ritos citados no início do meu texto.
E nada melhor do que o Mito entoado por Pai Rivas para explicar uma das formas que Ibeji venceu a morte. Vencemos a morte dentro da nossa Tradição pelo rito, pelo transe, pelo amor incondicional aos nossos Ancestres carnados e desencarnados. Não faz muito tempo, meu Pai contou que a melhor forma de distribuir e potencializar o Axé é quando a sua comunidade mais se relaciona entre si, mais irmãos vivem, conversam e convivem com seus irmãos.
Ou seja, a vida está diretamente ligada com a comunicação. A comunicação é o meio por excelência de relacionamento de no mínimo duas pessoas. Dentro do terreiro aprendemos isso, em primeira instância, com o nosso Mestre, na relação de discipulado. Que exemplo vivo, o batismo na Jurema de minha irmã Yamaosilê! Que bonito, ver o Mestre cruzando-a (em amplos sentidos) e fortalecendo o coletivo!
Conforme o tempo de iniciação e experimentação deste Axé, vamos potencializando as relações. Ao ponto de termos, hodiernamente, a plena consciência que na essência que os Dois-dois são a representação máxima da comunicação pela Amizade, pelo Amor.
Como peguei meu Saco da Vida, consagrado por Mestre Canindé, tenho certeza que estarei ano que vem lá, novamente para participar do Toque dos Mabaças. Isso é fundamento, fundamento é vida! 
Longa Vida à nossa Raiz, à nossa Tradição!
Mestre.Seu filho Yabauara, pede a benção. 
Ibá Babá! 
Axé, Babá Mi Ifatosh'ogun



Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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