segunda-feira, 11 de maio de 2009

A diversidade umbandista pode ser com preendida por um único estudo de caso?


Aranauam, Saravá meus irmãos planetários,

Nos últimos emails que escrevemos, procurei demonstrar um pouco do que a FTU transmite para seus alunos e a sociedade civil tomando como referência materiais produzidos por esta instituição de ensino superior e pelo contato que tenho obtido com o seu reitor F. Rivas Neto, meu Pai de Santé.

Se os irmãos observaram bem, o tema focal de nossas discussões foram a diversidade umbandista e seus relacionamentos com a Gnose Humana, exemplificado na relação Ciência X Religião. Pois bem, através da abordagem trazida pelo prof. Dsc. Sulivan Charles Barros no artigo: "Possessão, gênero e sexualidade transgressora: Análise biográfica de uma pomba-gira da Umbanda", gostaríamos de produzir algumas reflexões. O mesmo pode ser acessado através do sítio: http://www.fazendogenero8.ufsc.br/sts/ST30/Charles_%20Barros_Sulivan_30.pdf

Peço aos irmãos interessados no assunto que antes de continuar a leitura de nosso texto, por gentileza, leiam o artigo.

Todos nós temos observado a ótima repercussão nas listas do conceito de Escolas Umbandistas. Somos sabedores que alguns distorceram e outros mudaram os nomes para alegarem uma pseudo-autoria, mas de uma maneira geral o mesmo tem sido discutido com freqüência nos fóruns.

Pois bem, o conceito de Escola Umbandista vem reforçar a importância de entendermos o nosso movimento religioso como uma demonstração harmônica da diversidade religiosa. Cada terreiro possui um papel importantíssimo na construção e perpetuação dos valores trazidos pelo Astral Superior e, para isso, não precisamos estabelecer uma relação de concorrência. Todas as Escolas são importantes para a Umbanda que é uma Unidade Aberta em Construção, como afirma Pai Rivas.

Diante desses fatos, será que conseguiríamos entender toda a Umbanda sem considerar o profundo imbricamento de suas Escolas? Somos apologistas da interdependência e, nesse sentido, não podemos assumir para a totalidade as particularizações trazidas pelo médium da pomba-gira Milena que foram interpretadas e desdobradas pelo prof. Barros na sua produção acadêmica.

Nós que possuímos a visão "desde dentro", precisamos analisar com muito critério tudo que foi dito no artigo em questão para colocarmos nossas considerações utilizando não só o senso comum, mas principalmente o senso crítico como um contra-ponto ao olhar "desde fora". Por tudo isso, os teólogos formados pela FTU possuem e cada vez mais possuirão uma importância capital para dialogar com este importante setor da sociedade.

Dentro deste contexto, corroboramos as palavras do Prof. Reginaldo Prandi no I Congresso de Umbanda do Século XXI realizado pela FTU: A faculdade é o fórum privilegiado para a discussão de profundidade sobre a Umbanda e o seu futuro.

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