Ao assistir a publicação "A Tradição Iniciática de Pai Guiné a Velho Payé (disponível em: http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/2012/05/tradicao-iniciatica-de-pai-guine-velho.html) tive a sensação simbólica de meu Pai de Santo conversando com meu Avô (Pai Matta e Silva) e Seus respectivos guias espirituais – Caboclo Urubatão da Guia e Pai Guiné.
Neste "diálogo", vô Matta externa as grandes dificuldades que passara ao implementar a vontade do Astral consubstanciada na Raiz de Guiné. Esta informação passada e as diferentes formas de compreendê-la, talvez, pode ser um divisor de águas entre o que é dito sobre uma Tradição e o que é vivenciado dentro dela.
Pai Rivas fez um vídeo público e leu algo que está escrito nas obras do Vô Matta. Até aí, convenhamos, acessível por qualquer um, mesmo por pessoas pertencentes a outras ou nenhuma tradição religiosa. O que foi dito é algo razoável, portanto, possível de ser compreendido ou, até quem sabe, sentido se o leitor/internauta possuir sensibilidade para tanto.
Contudo, ao ouvir as palavras de meu Pai sobre este assunto da Raiz de Guiné, confesso que sinto algo mais profundo. Afinal, sou filho dessa Raiz e na convivência com o Mestre assimilo e experencio este estilo de vida tanto quanto posso, dentro e fora do templo. Quando Pai Rivas fala da época do Vô Matta, posso compreender com maior clareza, pois dentro da iniciação de cada um dos filhos espirituais (eu e meus irmãos de santo) temos este contato real.
A Raiz que fora conduzida na época pelo Vô Matta e hoje Pai Rivas, que fora do Pai Guiné e hoje Caboclo Urubatão da Guia é viva! Não conheci o Vô Matta, mas posso acessá-Lo pelo meu Pai. Isto é transmissão de conhecimento, passagem de pai para filho, Iniciação.
Importante frisar que eu e meus irmãos de santo só temos este acesso, pois estamos ligados à Raiz. No instante que esta ligação finda, obviamente a conexão com estas vivências templárias deixa de existir também. Afinal, parafraseando Pai Rivas, só temos irmãos porque possuímos Pai. Da mesma maneira, só temos Tradição porque temos um Pai Espiritual, um Mestre-Raiz
Ps: Ressalto que esta condição (viver uma Tradição) não é privilégio da Casa de Iniciação a qual estou filiado. Todos os adeptos das Religiões Afro-brasileiras podem e certamente possuem esta ligação com a sua mãe ou pai de santo. Que bom! Sendo assim, estamos diante da unidade na diversidade ou diálogo gestáltico, como ouvimos tantas vezes do Pai Rivas em suas recentes publicações.
Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
Clique na imagem e conheça o site da FTU
Nenhum comentário:
Postar um comentário