Aranauan, Saravá, Axé!
A FTU (Faculdade de Teologia Umbandista) vem realizando um trabalho muito importante para as Religiões Afro-brasileiras no instante em que penetra no seio acadêmico para dar voz e vez aos saberes e fazeres da nossa tradição. Um pouco desta força está expressa nos recentes congressos, onde docentes e teólogos formados na instituição estão no campo científico fazendo jus ao exposto.
Se por si só isto é maravilhoso, depois de ler o twitter do Pai Rivas (http://twitter.com/rivasneto) nossa satisfação só aumentou. O prof. Volney Berkenbrock publicou um artigo na revista acadêmica "Atualização" chamado "Diálogos com o Candomblé e a Umbanda". Muitos pontos do artigo nos chamaram a atenção, mas gostaríamos de nos ater aos itens finais – A teologia como "ato segundo": a fé como fundamento da teologia e O centro de cultura: o cultivo religioso vivo.
Prof. Volney, teólogo e professor do programa de pós graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora, comenta sobre a fundação da FTU, nas palavras dele, por um sacerdote e pesquisador das religiões Afro-brasileiras – Pai Rivas e uma aproximação/construção consciente entre estudo teológico acadêmico e espaços de experiência religiosa. Na visão do professor esta aproximação permite ao teólogo lá formado um constante contato visual e simbólico com o ato primeiro da Teologia, ou seja, a fé experenciada.
O professor continua sua experiência inter-religiosa mencionando o contato com o Centro de Cultura Viva das Tradições Afro-brasileiras que culminou com uma boa surpresa. Esperava que ao conhecer um centro de cultura, o mesmo seria uma espécie de museu demonstrando elementos estáticos inerentes aos ritos das Religiões Afro-brasileiras. Porém, o que viu foi muito diferente. Em cada espaço que penetrava o Sagrado era (re)vivenciado com "músicas, gestos, danças, bebidas, ritos e passos de cada tradição". Ainda evocando as palavras do prof. Volney: "Estávamos num centro de "cultivo" das tradições afro-brasileiras, não olhando de fora os elementos, mas tentando colocar no sentimento religioso que de cada qual emana".
Com estas palavras transcritas do artigo encerramos nosso texto, entusiasmados com a constatação de alguns importantes setores da sociedade sobre o papel da FTU e do Centro de Cultura Viva das Tradições Afro-brasileiras tanto para o povo do santo, quanto para a comunidade planetária.
E deixa a Gira girar!
Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
Que enorme satisfação é viver momentos tão auspiciosos como este, onde a relação da religião e a ciencia, se se faz cada vez mais presente, tendo como força de vanguarda as religiôes Afrobrasileiras, representadas por instituições tão dignas como a FTU e o Centro de Cultura Viva das Tradições Afro-brasileiras.
ResponderExcluirAxé