segunda-feira, 18 de julho de 2011

FTU na SOTER: Vitória Espiritual e Coletiva para as Religiões Afro-brasileiras

Aranauan, Saravá, Axé!

A última publicação do blog Espiritualidade e Ciência que foi ao ar hoje, FTU na SOTER: Mais uma vitória das Religiões Afro-brasileiras e homenagem ao amigo José Flávio (disponível em: http://espiritualidadeciencia.wordpress.com), apresenta conquistas muito importantes para as Religiões Afro-brasileiras.

Pela primeira vez a Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras foi discutida em alto nível ao lado das demais Teologias dentro de uma Instituição que é referência para a comunidade teológica: SOTER – Sociedade de Teologia e Ciências da Religião. Lembrando o que representa esta sociedade nas palavras do Pai Rivas:


A SOTER é uma instituição de origem católica e está presente também na INSeCT ("Rede Internacional de Sociedades Católicas de Teologia", com sede jurídica na Alemanha). Nos últimos anos muitos teólogos protestantes e de outras denominações cristãs têm participado das discussões da instituição. Em 2011, pela primeira vez, a Teologia com ênfase em Religiões Afro-brasileiras entrou no diálogo acadêmico marcando grande presença com a FTU.


Pai Rivas inaugurou este processo discutindo o transe em termos profundos e respeitosos com a nossa crença fazendo valer sua experiência sacerdotal e acadêmica. Construiu um artigo em conjunto com o prof. e também sacerdote José Flávio Pessoa de Barros (in memoriam).


Outros sete professores da FTU participaram do evento com apresentação de trabalhos inéditos. Também é de grande valia destacar a discussão promovida por teólogos de outros setores. Comentamos o artigo do prof. Volney mencionando a FTU e o Centro de Cultura Viva, mas também ouvimos em uma das mesas centrais um coordenador de curso em teologia batista destacando o papel da FTU na construção das novas Diretrizes Curriculares Nacionais da Teologia que está tramitando no MEC.

Isto mesmo, meus irmãos. As Religiões Afro-brasileiras foram tratadas com dignidade por outros setores religiosos dentro do ambiente acadêmico porque encontraram na FTU um trabalho sério e honesto. Pai Rivas não levou a FTU para lá, no intuito de legislar em favor da casa A, B ou C. Fomos lá para defender o respeito pelas diferenças, o conceito de Escolas das Religiões Afro-brasileiras sem exclusão. Pela inclusão total!


Estas iniciativas são estruturantes e estruturais. Estamos em um setor importante da sociedade que é a Educação, promovendo diálogos que vão de forma gradativa revertendo olhares preconceituosos sobre as Religiões Afro-brasileiras.


Por tudo isto, como participante deste processo e testemunha ocular da revolução pacífica que ocorrera neste espaço tão importante da teologia, agradeço ao Pai Rivas pelo pioneirismo. É necessária muita coragem e presença do Astral Superior para agir de forma tão aberta que desconstrói o status quo. Os resultados neste início do século XXI, conquistas reais de um Mestre com mãos cheias, mostra que todo o esforço não foi em vão. Todos nós, sem distinção, ganhamos! 


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

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