segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Ciência e Religião ou Religião e Ciência? Questões teológicas...

Aranauan, Saravá, Axé!

As Religiões Afro-brasileiras, por sua diversidade, permitem ser observada de múltiplas maneiras. A segunda publicação do ano de Pai Rivas em seu blog (disponível em: http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/2013/01/da-oicd-ftu-dialogo-teorico-pratico.html) oferece mais uma possibilidade inovadora. Um olhar realmente inédito.

Pai Rivas sugere contemplarmos as Religiões Afro-brasileiras em três grandes conjuntos: "Umbandas", "Encantarias", "Culto de Nação Africano". Contudo, esses conjuntos não estão isolados, pelo contrário, possuem pontes de diálogo e suas interfaces são oferecidas por algumas escolas específicas. Por exemplo, a Umbanda Omolocô e o Candomblé de Caboclo.

Essa abordagem é genuinamente teológica. Pois, se por um lado esses conjuntos podem ser compreendidos pelas pesquisas acadêmicas, especificamente história e ciências sociais, por outro a proposta é fruto da vivência iniciática de Pai Rivas em várias escolas das religiões afro-brasileiras.

Continuando na questão teológica, a FTU, fundada por Pai Rivas, expressa esse diálogo entre academia e religião concretizada na teologia que propugna.

No campo acadêmico, basta lembrar os grandes avanços em 2012. O curso de pós-graduação contou com referências no meio acadêmico: Sérgio Ferretti, Mundicarmo Ferretti, Volney Berkenbrock, Reginaldo Prandi, Maria Helena Villas Boas Concone, Luiz Assunção. Esse último, grande amigo da FTU, aprofundou a relação com a faculdade e organizou o livro "Da minha folha: Múltiplos olhares sobre as religiões afro-brasileiras". Livro que contou com a apresentação de Vagner G. da Silva.

No campo religioso, os tradicionais ritos marcaram todo o ano da FTU. Chamamos atenção para o rito de Exu que, mais uma vez, reuniu milhares de pessoas e sacerdotes dos mais variados pontos do país e fora dele. Ainda no final de 2012, iniciaram os ritos de Exu em outras regiões do país, com destaque para Curitiba (PR) e litoral sul de São Paulo.

Essa proposta complementar entre ciência e religião marcou o ano de 2012, mas é característica da FTU desde a sua fundação. A OICD, terreiro com mais de quatro décadas de existência e mantenedora da faculdade, deu início a essa proposta quando seu dirigente, Pai Rivas, abriu com naturalidade as portas do templo para todas as casas espirituais, aceitando, dialogando e praticando as várias linguagens das religiões afro-brasileiras.

Não é por menos que para a FTU, em sua pesquisa acadêmica, o sacerdote, a sacerdotisa não são meros informantes sobre as coisas do santo. Eles e elas são produtores(as) de conhecimento religioso e possuem vez e voz na instituição.

Em suma, quando divulgamos o trabalho da FTU fazemos como forma de fortalecer as religiões afro-brasileiras naquilo que elas de melhor possuem: a capacidade conduzir coletivamente o indivíduo para o Sagrado respeitando as diferenças e características de cada um. A FTU compreende e reflete e dissemina exatamente isso.

E deixa a Gira girar!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

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