domingo, 11 de agosto de 2013

Escolhas do Destino?

Aranauan, Saravá, Axé!

Aproveitei esse final de semana para rever os familiares, tomar contato com a natureza em minha terra natal, principalmente a praia. Alguns quilômetros de distância, certamente estaria meu Pai Espiritual no litoral paulista, mais especificamente em Seu templo, o Ilê Funfun Awô Oshogun.

Agora mesmo refletindo sobre os bons ares materiais e espirituais que sorvi, fiquei com uma questão. O que motivou Pai Rivas sair de São Paulo para Itanhaém? Claro, os aspectos naturais são evidentes. O contato com o sítio sagrado é fundamental. Contudo, percebam a obra construída e plenamente em vigor na cidade de São Paulo: os templos com décadas de casa aberta, a FTU – primeira e única faculdade de teologia afro-brasileira credenciada, autorizada e reconhecida pelo Ministério da Educação... Ainda assim, prefere – sem descontinuar o trabalho de São Paulo – construir uma casa de fundamentos em plena Itanhaém.

Ao mesmo tempo, recordo o que fez meu avô de santé W. W. da Matta e Silva (Mestre Yapacani). Sua casa aberta na Pavuna (cidade do Rio de Janeiro) possuía mais de uma centena de médiuns, era localizada em excelente lugar na capital carioca. Mesmo assim, optou por abrir sua casa de fundamentos em Itacurussá, interior do estado.

Os itanifás nos ensinam que a Iniciação é cíclica. Os ritos da vida carnada de Mestres que conduzem uma Raiz se assemelham, mantidas as diferenças contingencias da história. Percebam também que ambos estavam em centros urbanos importantes do país. Mas essas mudanças seriam apenas marcas indeléveis do destino? O que mais motivaria tais Babalawôs em realizar tais escolhas? ...

Mais do que responder, coloco como reflexão para todos nós que nos interessamos pela iniciação das Tradições Afro-brasileiras. E deixa a Gira girar!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
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