segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Rito dos Mabassas: a Vida venceu a Morte antes da hora

Axé!
São Cosme e Damião, Dois-dois, Ibeji, Crianças, Candengos, Tocuenis ou Mabaça? Isso e muito mais foi visto, ouvido, sentido, experenciado na casa da minha irmã de santo Yamaosilê (Fabi de Yemanjá) pelas mãos de nosso Mestre Espiritual, Pai Rivas. 
Em nosso terreiro, o Mestrado de Pai Rivas mostra que a Espiritualidade é algo comum dos vários caminhos de felicidade que os seres humanos procuram. Essa postura apologética da alteridade foi ritualizado no último rito de sábado na cidade de Itanhaém. E Não poderia ser melhor a representação simbólica: os gêmeos. 
Sim, aqueles que são idênticos e diferentes ao mesmo tempo. Aqueles que com sua magia "enganam" a morte antes da hora e expressam a vida. O vídeo, as fotos, o texto preciso da minha irmã Yacyrê apresentam elementos do que estou falando. Pai Rivas assim como a louvaria de Mestre Canindé "deu a volta no mundo". E nesse giro a Gira se processou.
Nosso Mestre tocou tradições com respeito incondicional à liturgia própria de cada uma. E esse mesmo respeito e formação Iniciática que Pai Rivas externaliza, permitiu demonstrar as semelhanças desses vários ritos. Tal qual a Espiritualidade é o ponto comum para os vários caminhos do Sagrado, a gestação, preservação e ampliação da Vida é o elo de comunicação de todos os ritos citados no início do meu texto.
E nada melhor do que o Mito entoado por Pai Rivas para explicar uma das formas que Ibeji venceu a morte. Vencemos a morte dentro da nossa Tradição pelo rito, pelo transe, pelo amor incondicional aos nossos Ancestres carnados e desencarnados. Não faz muito tempo, meu Pai contou que a melhor forma de distribuir e potencializar o Axé é quando a sua comunidade mais se relaciona entre si, mais irmãos vivem, conversam e convivem com seus irmãos.
Ou seja, a vida está diretamente ligada com a comunicação. A comunicação é o meio por excelência de relacionamento de no mínimo duas pessoas. Dentro do terreiro aprendemos isso, em primeira instância, com o nosso Mestre, na relação de discipulado. Que exemplo vivo, o batismo na Jurema de minha irmã Yamaosilê! Que bonito, ver o Mestre cruzando-a (em amplos sentidos) e fortalecendo o coletivo!
Conforme o tempo de iniciação e experimentação deste Axé, vamos potencializando as relações. Ao ponto de termos, hodiernamente, a plena consciência que na essência que os Dois-dois são a representação máxima da comunicação pela Amizade, pelo Amor.
Como peguei meu Saco da Vida, consagrado por Mestre Canindé, tenho certeza que estarei ano que vem lá, novamente para participar do Toque dos Mabaças. Isso é fundamento, fundamento é vida! 
Longa Vida à nossa Raiz, à nossa Tradição!
Mestre.Seu filho Yabauara, pede a benção. 
Ibá Babá! 
Axé, Babá Mi Ifatosh'ogun



Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

Um rito para ficar na história... (texto, fotos e vídeo!)

Axé!

Veja um trecho do relato preciso da minha irmã Yacyrê sobre o maravilho rito que experenciamos no último sábado:

Os Mabassas vencendo a Morte: depoimento de uma de minhas filhas-de-santo sobre o Toque dos Mabassas

Dedico esta publicação ao relato de uma de minhas filhas-de-santo, Yacyrê, sobre o Toque dos Mabassas:

"27 de setembro é data deveras conhecida nas religiões afro-brasileiras. E, mesmo fora delas. Dia consagrado a São Cosme e São Damião, santos católicos e que, no panteão afro-brasileiro, representam as crianças, os gêmeos, os dois-dois, candengos, tocuenis e mabassás (na angola).
É data marcante nos calendários litúrgicos de várias escolas afro-brasileiras. Ontem, juntamente com meus irmãos-de-santo, tive a oportunidade de vivenciar mais um toque dedicado à louvação dessas entidades. Toque este que viabiliza, como todos, a reatualização dos mitos religiosos. O mito dos Ibejis é esclarecido por meu Babá no vídeo que acompanha esta publicação, por isso, deixo que a voz de minha Tradição por aquele que melhor a representa, possa contar os meandros da história mítica dos gêmeos. A mim cabe, nas breves linhas a seguir, descrever parte do sentimento vivenciado no ritual."


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Mãe Maria Elise Rivas em debate na UFABC: as religiões afro-brasileiras e suas perspectivas sobre diversidade sexual

Nossa filha de santo em debate na UFABC: as religiões afro-brasileiras e suas perspectivas sobre diversidade sexual

Hoje nossa publicação é destinada a apresentar parte do resultado da participação de nossa filha de santo e sacerdotisa Yamaracyê, Maria Elise Rivas, convidada a representar as religiões afro-brasileiras no evento promovido pela prefeitura de Santo André e a Universidade Federal do ABC intitulado: Diálogo sobre Estado laico, gênero e diversidade sexual no campo da fé e das religiões.
O evento contou com a participação de vários líderes religiosos como representantes batistas, metodistas, presbiterianos, católicos, espíritas, luteranos e muçulmanos. O debate central foi a visão dessas confessionalidades sobre a diversidade sexual e de como as comunidades religiosas vem lidando com as questões LGBT. Mais do que apresentar uma posição sobre o assunto, deixaremos que nossa filha fale por nós. Sabendo que é uma honra para o pai-de-santo quando observa isso. Sinal de que os ensinamentos-vivências não foram apenas transmitidos, mas  incorporados na cotidianidade pelos seus filhos, no caso específico de hoje, pela sacerdotisa Yamaracyê.


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

XXIII Rito de Exu : Guardião do Destino, Vencedor da Morte / IV Congresso Internacional de Sacerdotes e Sacerdotisas das Religiões Afro-brasileiras

            A entidade do panteão das Religiões Afro-brasileiras mais ligada com o nosso plano de existência é Exu - O Senhor do Axé e do Destino, pois é o grande agente intermediário e de ligação entre os homens e os Deuses, o Sagrado.

            A Faculdade de Teologia Umbandista tem a honra de convidá-lo(a) para o rito que terá este ano como enredo Exu: Guardião do Destino, Vencedor da Morte. O rito visa propiciar o equilíbrio e o bom relacionamento entre os aspectos sobrenaturais (Orun) e aspectos naturais (Aiyê), proporcionando assim, alegria e felicidade à comunidade de santo e à sociedade em geral.

            O XXIII : Guardião do Destino, Vencedor da Morte será realizado no dia 26/10/2013, às 23h, nas dependências da FTU, no templo das Religiões Afro-brasileiras. Ele será conduzido por Pai Rivas e todos os Sacerdotes destas mesmas religiões.

            O rito será a coroação de outro evento igualmente importante. Trata-se do IV Congresso Internacional de Sacerdotes e Sacerdotisas das Religiões Afro-brasileiras na mesma data, entre 19h30 e 22h30, na Av. Santa Catarina, 400.

            Solicitamos a vossa senhoria a gentileza de confirmar sua presença previamente pelos telefones (11) 5031-8852 e (11) 5031-8110 ou diretamente pelo email: faculdade@ftu.edu.br

Acesse o convite oficial: pic.twitter.com/JRgHfpWOpa

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

Educação nas religiões afro-brasileiras: construindo olhares para a diversidade

Aranauan, Saravá, Axé,

Porque é sempre bom compreender a relação: Educação e Religiões Afro-brasileiras dentro do terreiro...

Educação nas religiões afro-brasileiras: construindo olhares para a diversidade


Nos últimos textos temos discutido a relação entre a educação e as religiões afro-brasileiras, sob o ponto de vista dos cursos a distância. Hoje, gostaríamos de trazer uma nova perspectiva que é a relação da educação religiosa nos terreiros. Nas religiões afro-brasileiras, não há uma forma de transmissão formalizada da doutrina religiosa. Não há um processo de catecismo, dias específicos para ensinar o que são os orixás, os ancestrais, os rituais, etc.
Em todas as religiões afro-brasileiras (e há muitas), a educação religiosa se faz por meio da vivência. Isso significa que há um processo de apreensão cultural por meio da observação natural e da prática. As crianças são, naturalmente, conduzidas para os rituais por sua família consanguínea. Pelo menos, esta é a forma principal que as crianças se aproximam dos terreiros.


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Cursos EaD da FTU: compromisso com o Ministério da Educação e com as várias Tradições Afro-Brasileiras

Axé,


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Tradição religiosa, educação a distância e cultura digital

Axé!

Tradição religiosa, educação a distância e cultura digital

Em nossas últimas publicações temos discorrido sobre a educação a distância e seu uso com as religiões afro-brasileiras. O uso das novas tecnologias deixa de ser um assunto periférico e já é um elemento fundamental da nossa cultura. Vivemos inseridos na era da cultura digital. Ao escrever sobre isso, imediatamente, pensamos em um momento de transformações, tecnologias, inovações. E as religiões afro-brasileiras parecem não se adequar, de início, a este contexto. Alguns leitores poderiam nos questionar essa aparente não adaptação.
Ao falar em religiões afro-brasileiras, o povo do santo e os estudiosos da academia gostam de evocar a palavra tradição. Tradição como raiz, como origem, como princípio. Gostam de procurar os purismos, em uma busca pela "verdade". Nós, por outro lado, pensamos a tradição de uma forma diferente, embora respeitemos a visão acima mencionada.

Saiba mais em: 

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Publicação nova no Blog de Pai Rivas

Axé,


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

FTU abre cursos de extensão na modalidade EaD!

O acesso ao conhecimento é fundamental para a inclusão social em nossa cultura e uma das missões da Faculdade de Teologia com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras (FTU) sempre foi facilitá-lo. É, então, com alegria que divulgamos mais uma realização em prol da disseminação ampla dos conteúdos afro-brasileiros: os cursos de extensão na modalidade a distância. 
Agora, a comunidade de santo e os(as) colegas pesquisadores(as) do país e do exterior poderão acompanhar parte das discussões realizadas pela FTU, com a vantagem de não precisarem se deslocar fisicamente e de terem liberdade para realizar as aulas no momento mais adequado de acordo com sua rotina. 
O primeiro curso disponível é "O poder das ervas medicinais e rituais nas Religiões Afro-brasileiras", cujos conteúdos abordam temas como: a introdução à botânica, a importância das ervas para a saúde física e espiritual, tópicos de fitoterapia e, especialmente, sua função mágico-ritual nas várias casas de santo espalhadas pelo Brasil e suas relações com os Orixás, Inkices e Voduns.
O curso é ministrado por docentes da FTU e, também, por colaboradores de outras instituições, como a USP. A carga horária é de 16h e será expedido certificado de participação pela instituição. 
Um verbete clássico na linguagem do santo é "Kosi Ewe, Kosi Orisa". Venha entender porque, nas Religiões Afro-Brasileiras, sem ervas não há Orixá! 
Acesse ftu.eadbox.com e aproveite o desconto de 50% nos cursos durante o mês de setembro.
Para mais informações, entre em contato pelo e-mail extensaoead@ftu.edu.br

http://ftu.eadbox.com/


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Tradição e Ética

Aranauan, Saravá, Axé!
O vídeo postado no Blog Espiritualidade e Ciência de hoje é paradigmático. 13 minutos de transparência e ética sacerdotal. Sinceramente, minhas palavras não são suficientes para externar a importância do vídeo, mas gostaria de tocar dois pontos de interesse para a coletividade.
O primeiro é sobre a própria Tradição. O importante filósofo alemão Jürgen Habermas lembra que a melhor maneira de uma língua morrer na história é mantê-la intacta. Ou seja, tentar frear as mudanças naturais que a cultura e a sociedade impõem no espaço-tempo. A língua transmite as ideias de uma comunidade.
O mesmo acontece com a tradição religiosa. O culto, o rito, os fundamentos espirituais são meios de o Astral Superior transmitir seus ensinamentos para todos nós. Natural, que este processo se renove com o passar do tempo sem perder o fio condutor. A essência (o núcleo duro) continua intacta e o Mestre-Raiz acobertado e chancelado pelos seus Ancestrais desenvolve maneiras adequadas de transmiti-la.
Sendo assim, natural que Pai Rivas ao assumir a Raiz de Guiné jamais externaria práticas fundamentalistas ou ortodoxas. E, certamente, o Vô Matta, bem como Pai Guiné, sabiam disso ao passar o comando vibratório da Raiz para seu Discípulo. Contudo, gostaria de testemunhar algo hodierno.
Como discípulo direto de Pai Rivas, afirmo que ao me mostrar a diversidade das Religiões Afro-brasileiras de forma teórica e prática, vivenciada, ritualizada e introjetada, "Umbanda de Todos Nós" e "Macumbas e Candomblés na Umbanda" não ficam paradas na minha estante de livros. Esses fundamentos, renovados, tornaram-se norteadores do meu estilo de vida. Devo isso ao meu Pai Espiritual. Axé Babá Mi!
Por falar em estilo de vida, tocamos novamente a questão da ética. Pai Rivas, em outro momento do vídeo, esclarece a maneira de tratar aqueles discípulos de outros mestres, irmãos de Raiz, que O procuram. Eu mesmo vi in loco o que foi relatado no vídeo. O Mestre sempre recebe a todos. Ouve pacientemente o que querem dizer. Se, por qualquer motivo, começam a falar mal do seu antigo pai ou mãe de santo, ao mesmo tempo em que – invariavelmente – tentam bajular (cego, guia de cegos... Acham mesmo que podem convencer o Mestre pela tola vaidade tsc tsc tsc), Pai Rivas orienta a voltar ao seu mestre e resolver suas questões com ele. Afinal, o "discípulo" (será mesmo que ainda é?!) deu sua cabeça para seu pai de santo e agora quer ser mais do que ele procurando outro mestre?
Tal postura do Pai Rivas é reflexo do exemplo do Vô Matta. A Raiz é uma só. E por mais que mudanças no método existam, a essência ética sempre foi, é e será a mesma. Isso é uma Linhagem. Natural que os outros irmãos de Pai Rivas, Iniciados pelo mesmo Mestre atuem no mesmo sentido. Somos uma única família de santo. Não poderia ser diferente. Agora, se esqueceram do seu Mestre e seus ensinamentos... Aí, meu caro, é outra história...
ps: vídeo em http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/2013/08/religioes-afro-brasileiras-ha-mestres-e.html


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

Vídeo novo no Blog!

Aranauan, Saravá, Axé!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Família de Santo e Raiz

Axé!

A última publicação de Pai Rivas "EXCERTOS DA RAIZ DE GUINÉ NA VISÃO DO MESTRE-RAIZ MEMENTOS – PARTE II", disponível em: http://t.co/MiYN1CpoHX, fez retomar um conceito muito importante para nós que somos das tradições afro-brasileiras: família de santo.

Sim, a ideia de família está para muito além da nomenclatura que usamos no dia-a-dia do terreiro. Somos filhos, pais, mães, irmãos, enfim, possuímos uma pertença que está na estrutura do ser: somos FILHOS de Orixá. Uma Raiz, uma Tradição Viva expressa em plenitude esse estilo de vida em família.

Assim como possuímos a família consanguínea como base da sociedade hodierna, a família que sustém o terreiro é estruturadora e estruturante da sociedade de santo. Aliás, uma Raiz só perdura no tempo e espaço se der continuidade à comunidade, à família espiritual. Lembramos que entrar na senda Iniciática, participar da família de santo ocorre em um momento muito especial: quando "damos a nossa cabeça" para o Mestre, significando fazer um novo destino.

Meu avô de santo fez isso com lucidez espiritual ímpar. Fundou uma Raiz, iniciou filhos em vários níveis que cada um conseguiu alcançar, chegando – até mesmo – alçar alguns de seus discípulos à Mestre de Iniciação do 1º ou 2º Ciclo. Contudo, apenas um tornou-se Mestre de Iniciação do 3º Ciclo. Pelas mãos de Mestre Yapacani e Mestre Yoshanan (Pai Guiné), Mestre Arhapiagha tornou-se, na condição de Iniciado neste último ciclo, sucessor da Raiz.

Ou seja, Mestre Yapacani formou uma Raiz e deu condições para que Ela continuasse com seu FILHO e – agora – sucessor de fato e de direito. Novamente, a sabedoria espiritual fez valer e em plena vida, diante de todos nós, a Raiz se ressignifica, expandindo a proposta inicialmente conhecida como "Umbanda de Todos Nós" e "Macumbas e Candomblés na Umbanda", respectivamente primeira e última obra de nosso avô espiritual. Isso foi expandido não só no terreiro, mas em outros setores dentro e fora do país. Destacamos a Educação, com a fundação da Faculdade de Teologia Umbandista devidamente autorizada, recredenciada e reconhecida pelo MEC.

Durante todo esse período, nunca foi visto ou lido qualquer crítica à sucessão da Raiz por parte dos Iniciados de Mestre Yapacani. Também pudera, somos uma grande família de santo e se o sucessor foi feito diretamente pelo mesmo Pai, qual questionamento seria feito? Questionar as determinações do Pai de Santo é questionar o próprio Pai de Santo. Mas se o mesmo foi Iniciado por este Sacerdote, claro está que ir contra ao determinado é ir contra a si mesmo.

Muito menos algum irmão de Santo do meu Mestre acobertar traições de qualquer estirpe. Julgamos necessário citar as palavras de Pai Rivas: "Não iria o hipotético "Mestre" tomar para si a responsabilidade de acobertar erros e traições ao seu par de Raiz, principalmente sendo ele, o atual Mestre-Raiz de nossa "Escola-Iniciática". E por que não? Porque estaria em rota de colisão com a Ética Mestral cantada em prosa e verso por Pai Matta e Pai Guiné, e por terem sido eles que me escolheram para ser o sucessor da Raiz".

Retomando o raciocínio inicial. Uma família consanguínea unida possui várias questões. A convivência é algo que ensina muito. Lidamos com vários problemas, ora de um, ora de todos. Apoiamo-nos, rimos e celebramos juntos. Por maior que seja o problema, não vamos contra o nosso familiar, seja ele quem for. Na família de santo, o elo é muito mais profundo, por ser de ordem Espiritual. O Orixá, o Caboclo, o Pai-Velho, a Criança, enfim, a valência da Raiz é o que nos une. Um irmão de santo jamais irá contra ao que o Pai de Santo dele determinou com aval dos Guias. E deixa a Gira girar!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

MOMENTO HISTÓRICO: Recredenciamento da FTU!

A história ganha mais uma página maravilhosa: Recredenciamento da FTU! 
Saiba mais em:http://t.co/VlnU8OdGSY

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A história contada por quem viveu e ajudou a construí-la

Axé,

Alguns mementos de nossa vivência pessoal e iniciática de 18 anos com o Babalawô Yapacani.
1.       Nascido em Garanhuns – Pernambuco, em  28.06.1917 (segundo R.G.), talvez tenha sido o médium que maiores serviços prestou à Umbanda, durante seus 50 anos de mediunismo.
2.       Sua primeira obra literária foi "Umbanda de Todos Nós" – considerada por todos a Bíblia da Umbanda pois transcendentais e avançados eram e são seus fundamentos. A 1ª edição veio à luz pela Gráfica e Editora Esperanto, a qual situava-se na época, à Rua General Argolo, 230 – Rio de Janeiro. O volume numero 1 da primeira edição dessa fabulosa obra encontra-se em nosso poder, presenteados que fomos pelo insigne Mestre. Em sua dedicatória consta:

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Fwd: CONVITE - lançamento de livros

Olá, amigos!

Olha que legal! Quem estiver em Natal, não perca a oportunidade!

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: <lassuncao@ufrnet.br>
Data: 15 de agosto de 2013 10:25
Assunto: CONVITE - lançamento de livros
Para: hharaujo@cchla.ufrn.br, henriquefontes75@yahoo.com, clonews@digi.com.br, marciovalenca@ufrnet.br, seldavale@internext.com.br, rprandi@usp.br, brbrito@uol.com.br, ricgomeslima@terra.com.br, liomar_costa@hotmail.com, vagnergo@usp.br, cristina-aragao@hotmail.com, asadriana@gmail.com, maria.eliserivas@gmail.com, yabauara@gmail.com, joaocarneiro@ftu.edu.br, yuritr@gmail.com, eliane.odwyer@yahoo.com.br, jorgedc@terra.com.br, rafaelamramos@bol.com.br, ilzamsousa@yahoo.com.br, cassiano.terra@gmail.com, claudia@pratikaep.com.br, ana.psocial@gmail.com, marianavasconcelos@globo.com, margaridahistoria@yahoo.com.br, heldermacedox@gmail.com, fabio.dsantos@sedh.gov.br, flavioflorania@hotmail.com, sarenata2005@yahoo.com.br, marie.medeiros@gmail.com, trcconcone@yahoo.com.br, almeida.angela2@uol.com.br, ls.albernaz@uol.com.br, cavalcanti.laura@gmail.com, hipsilvia@incor.usp.br, benjaminroberto@hotmail.com, mayra.montenegro@hotmail.com, musimid@gmail.com, lucrecio.sa@gmail.com, carlosnogueira1@sapo.pt, veroniquesemik@gmail.com, fredericofernandes3@gmail.com, edilenediasmatos@gmail.com, claurenia@gmail.com, hudsonc.moura@gmail.com, linduarte.roidrigues@bol.com.br, vilsonjr@uol.com.br



Prezad@s amig@s:,

encaminho em anexo convite referente ao lançamento dos livros "Um Barco" e
"Da minha folha", sob minha organização, que acontece no
próximo dia 20 de agosto (terça-feira), as 18 horas, na Livraria do Campus
(Cooperativa Cultural).

Abraço,
Luiz Assunção - UFRN

www.lassuncao.blogspot.com

A história de uma Raiz...

Aranauan, Saravá, Axé!

SERIA BOM SE O TEMPO PERDIDO FOSSE ENCONTRADO...


Nos dezessete dias de dezembro de 1987, no Templo da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, o Babalawô Yapacani – Pai Matta, num rito solene, mas  simples, nos transmite , confirmado por PAI GUINÉ DE ANGOLA, em perfeita incorporação sobre ele, a SUCESSÃO de nossa Raiz, nos elevando a Mestre de Iniciação de 7º grau no terceiro ciclo – Mestre Raiz da Umbanda Esotérica.
Com Eles, Pai Guiné e Pai Matta, nos compromissamos a levar avante algumas tarefas que felizmente conseguimos realizar e isto fez com que muitas pessoas por vaidade,  inveja ou despeito se posicionassem contra nós.
A esses se faz necessário duas explicações:
1ª . Ao Pai Matta e ao Pai Guiné nunca, ou em tempo algum, pedimos que nos fizesse sucessor ou qualquer outra coisa. Aprendemos, como discípulo, que o Mestre sabe o que faz.

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

domingo, 11 de agosto de 2013

Escolhas do Destino?

Aranauan, Saravá, Axé!

Aproveitei esse final de semana para rever os familiares, tomar contato com a natureza em minha terra natal, principalmente a praia. Alguns quilômetros de distância, certamente estaria meu Pai Espiritual no litoral paulista, mais especificamente em Seu templo, o Ilê Funfun Awô Oshogun.

Agora mesmo refletindo sobre os bons ares materiais e espirituais que sorvi, fiquei com uma questão. O que motivou Pai Rivas sair de São Paulo para Itanhaém? Claro, os aspectos naturais são evidentes. O contato com o sítio sagrado é fundamental. Contudo, percebam a obra construída e plenamente em vigor na cidade de São Paulo: os templos com décadas de casa aberta, a FTU – primeira e única faculdade de teologia afro-brasileira credenciada, autorizada e reconhecida pelo Ministério da Educação... Ainda assim, prefere – sem descontinuar o trabalho de São Paulo – construir uma casa de fundamentos em plena Itanhaém.

Ao mesmo tempo, recordo o que fez meu avô de santé W. W. da Matta e Silva (Mestre Yapacani). Sua casa aberta na Pavuna (cidade do Rio de Janeiro) possuía mais de uma centena de médiuns, era localizada em excelente lugar na capital carioca. Mesmo assim, optou por abrir sua casa de fundamentos em Itacurussá, interior do estado.

Os itanifás nos ensinam que a Iniciação é cíclica. Os ritos da vida carnada de Mestres que conduzem uma Raiz se assemelham, mantidas as diferenças contingencias da história. Percebam também que ambos estavam em centros urbanos importantes do país. Mas essas mudanças seriam apenas marcas indeléveis do destino? O que mais motivaria tais Babalawôs em realizar tais escolhas? ...

Mais do que responder, coloco como reflexão para todos nós que nos interessamos pela iniciação das Tradições Afro-brasileiras. E deixa a Gira girar!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

Umbanda é Africana?

Aranauan, Saravá, Axé!

Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Religiões afro-brasileiras - Harmonia e equilíbrio no Terreiro

Aranauan, Saravá, Axé!


Aranauan, Saravá, Axé,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


 
Clique na imagem e conheça o site da FTU