quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Manifesto Pai Rivas/FTU enseja uma participação crescente da comunidade afro-brasileira

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários!

Nesta última sexta-feira acompanhamos com imensa alegria o Manifesto do Pai Rivas sobre "A conscientização política dos umbandistas e dos cidadãos brasileiros" publicada inicialmente no blog Espiritualidade e Ciência (http://sacerdotemedico.blogspot.com/) e depois reproduzido no site da FTU – Faculdade de Teologia Umbandista (http://www.ftu.edu.br). Afinal, nele Pai Rivas e a FTU sintetizam a possibilidade de vivermos em uma sociedade mais justa e esta passa pela necessidade de competentes representantes políticos engajados com os valores éticos da Inclusão Total.  Agora a questão é como concretizar isto.

O Manifesto apresenta duas propostas consistentes.

A primeira, estimulada pela cadeira Sociologia, Ciências Políticas e Relações Internacionais da FTU, busca informar com qualidade e transparência o histórico e o programa político dos candidatos desta e das futuras eleições nas diversas esferas de poder em todos as unidades federativas do país. Mas não é um projeto isolado ou unilateral. Pelo contrário, conta com o apoio popular e de Instituições representativas das Religiões Afro-brasileiras para a concretização desta idéia. Em pouco tempo soubemos que a FTU já recebeu o apoio do CONUB(Conselho Nacional da Umbanda do Brasil) e algumas Federações que atuam regionalmente em municípios e estados brasileiros.

Mas a FTU quer contribuir ainda mais com o processo de transformação social indo ao encontro das bases da nossa comunidade para conscientizar o cidadão em amplos aspectos, incluindo o político. É este o espírito da segunda proposta: "Realização de Debates e Fóruns de conscientização política em âmbito presencial e telepresencial". Com isto, a faculdade consolidará uma esfera pública de discussão contanto com a participação de seus professores, alunos, além de sacerdotes de vários estados e países que integrarão o conselho comunitário da faculdade e a população que frequenta as dependências da FTU. Isto sem falar dos internautas que poderão interagir nas transmissões online e ao vivo.

O Manifesto é um convite para refletirmos o momento que vivenciamos. Não existe mais espaço para proliferação de interesseiros que utilizam o sagrado nome da Umbanda para conquistar o poder pelo poder. Existem nobres irmãos que lutam pela coletividade como um todo em todas as instâncias políticas e estes sim precisam ser valorizados. Se professam a mesma religião que nós, ótimo. Se não, tão bom quanto!

O que não pode acontecer é criticarmos a postura de certos setores filosófico-religiosos que se agarram em cargos políticos para defender interesses exclusivos de suas denominações religiosas e permitir que pessoas que se dizem do santo repitam a mesma estratégia. Isto não! Não é isso que aprendemos com os nossos pais e mães espirituais, não isso que aprendemos nas giras ao presenciar como as entidades cuidam de todos indistintamente, aliás, como foi claramente apontado no Manifesto.

Bem meus irmãos, o convite ensejado pelo texto do Pai Rivas é vibrante. Vamos participar mais ativamente do movimento umbandista e afro-brasileiro dando a nossa parcela de contribuição que passa pelo voto, mas se inicia por uma melhor compreensão do papel do cidadão na comunidade. As propostas com base na educação apresentadas pela FTU buscam em última análise isto.

E deixa a Gira girar!

 
Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

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