Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,
Segundo a Lei de Lavoisier, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Esta frase simples carrega um sentido profundo e fundamental. Diante da essência temos inúmeras possibilidades de existência. Esta também sustenta a idéia de Unidade na Diversidade, uma cosmovisão muito bem discutida pelo Pai Rivas.
Ainda nas Religiões Afro-brasileiras, essa contínua transformação mantém a nossa Tradição viva, pois existe uma valorização da Ancestralidade e esta se adapta e renova continuamente com a vivência. Temos nesta relação uma dupla contingência: prática teorizada e teoria prática. Quem tem um pai ou mãe espiritual de fato, sabe bem o que estamos falando.
Se por um lado esta relação salutar é uma clara concretização dos templos e seus respectivos sacerdotes, por outro existe uma tentativa explícita de deturpar esta visão harmoniosa que insiste em copiar a qualquer custo, não para propagar o trabalho digno, mas para tirar proveito no melhor estilo de marketing midiático: "Nada se cria, tudo se copia!".
Uma vez estabelecida a perspectiva copista, surgem vários problemas dos quais vamos destacar somente alguns para o texto não ficar cansativo e estimular uma discussão profícua. Um trabalho que relaciona teoria e prática, exatamente como o das Religiões Afro-brasileiras – marcadamente de Tradição Oral, só pode ser bem transmitida por quem Sabe, Faz, Vive e É. Algo que falta para quem só reproduz.
Além disso, o trabalho de quem só copia exige uma postura engessada. Só pode reproduzir o que foi copiado, perdendo assim o processo inovador. Simplesmente não existe transformação tal qual descrito em Lavoisier. Cria-se um roteiro único e artificial, sendo vedada a tentativa de trilhar outro caminho que não o da cópia. Quando se tenta criar algo dentro da trilha, o resultado é pior ainda. Fazendo um paralelo com as seitas que tentam se agarrar no processo de Inclusão Total da Umbanda, temos a tentativa de vender novos Orixás ou métodos mágicos de formação sacerdotal em pouco tempo e distante do terreiro.
No final das contas existe um profundo processo de dependência, para não dizer carência, dos sacerdotes que conduzem seu trabalho com seriedade. Isto se deve ao fato dos copistas não conseguirem acessar o conteúdo da Tradição por si, pois não possuem raiz. Resta observar o que vai sendo apresentado à comunidade pelas Escolas das Religiões Afro-brasileiras e repetir para seus nichos de mercado auferindo lucro.
Que fique bem clara a nossa visão. Não temos nada contra ao dinheiro ganho honestamente. Como diz o nosso Pai: Todo operário é digno do seu salário. Mas nesse caso da cópia, não existe trabalho e muito menos trabalhador. O que ocorre são interesses escusos e interesseiros de plantão fazendo uso da boa fé de irmãos umbandistas que estão pouco tempo na religião ou indivíduos interessados em receber títulos que não conseguiram no terreiro.
É nesta hora meus irmãos que urge compreendermos Quem Faz e quem copia. É fácil constatar isto, basta verificar as realizações para a coletividade que estão inseridos.
Ainda nas Religiões Afro-brasileiras, essa contínua transformação mantém a nossa Tradição viva, pois existe uma valorização da Ancestralidade e esta se adapta e renova continuamente com a vivência. Temos nesta relação uma dupla contingência: prática teorizada e teoria prática. Quem tem um pai ou mãe espiritual de fato, sabe bem o que estamos falando.
Se por um lado esta relação salutar é uma clara concretização dos templos e seus respectivos sacerdotes, por outro existe uma tentativa explícita de deturpar esta visão harmoniosa que insiste em copiar a qualquer custo, não para propagar o trabalho digno, mas para tirar proveito no melhor estilo de marketing midiático: "Nada se cria, tudo se copia!".
Uma vez estabelecida a perspectiva copista, surgem vários problemas dos quais vamos destacar somente alguns para o texto não ficar cansativo e estimular uma discussão profícua. Um trabalho que relaciona teoria e prática, exatamente como o das Religiões Afro-brasileiras – marcadamente de Tradição Oral, só pode ser bem transmitida por quem Sabe, Faz, Vive e É. Algo que falta para quem só reproduz.
Além disso, o trabalho de quem só copia exige uma postura engessada. Só pode reproduzir o que foi copiado, perdendo assim o processo inovador. Simplesmente não existe transformação tal qual descrito em Lavoisier. Cria-se um roteiro único e artificial, sendo vedada a tentativa de trilhar outro caminho que não o da cópia. Quando se tenta criar algo dentro da trilha, o resultado é pior ainda. Fazendo um paralelo com as seitas que tentam se agarrar no processo de Inclusão Total da Umbanda, temos a tentativa de vender novos Orixás ou métodos mágicos de formação sacerdotal em pouco tempo e distante do terreiro.
No final das contas existe um profundo processo de dependência, para não dizer carência, dos sacerdotes que conduzem seu trabalho com seriedade. Isto se deve ao fato dos copistas não conseguirem acessar o conteúdo da Tradição por si, pois não possuem raiz. Resta observar o que vai sendo apresentado à comunidade pelas Escolas das Religiões Afro-brasileiras e repetir para seus nichos de mercado auferindo lucro.
Que fique bem clara a nossa visão. Não temos nada contra ao dinheiro ganho honestamente. Como diz o nosso Pai: Todo operário é digno do seu salário. Mas nesse caso da cópia, não existe trabalho e muito menos trabalhador. O que ocorre são interesses escusos e interesseiros de plantão fazendo uso da boa fé de irmãos umbandistas que estão pouco tempo na religião ou indivíduos interessados em receber títulos que não conseguiram no terreiro.
É nesta hora meus irmãos que urge compreendermos Quem Faz e quem copia. É fácil constatar isto, basta verificar as realizações para a coletividade que estão inseridos.
Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
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