quarta-feira, 20 de outubro de 2010

As Umbandas não podem ser renegadas

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,


Este semana é um momento muito especial para as religiões Afro-brasileiras, afinal se aproxima o Rito Exu - O Guardião da Era Dourada das Encruzilhadas da Vida e do Destino a ser realizado nas dependências da Faculdade de Teologia Umbandista. Porém esta semana recebemos um email e, a partir do que nos foi colocado, gostaríamos de esclarecer alguns pontos que são fundamentais para a convivência pacífica.

A questão trazida pelo email é a seguinte: Por que Pai Rivas teria renegado (sic) a Umbanda Esotérica?

Antes de responder objetivamente a questão, vamos compreender um fato. Pai Rivas, como legítimo sucessor do Vô Matta e Silva, poderia muito bem praticar apenas os rituais da Umbanda Esotérica como Mestre-Raiz Dela. Afinal não só os documentos, mas principalmente pela Iniciação alcançada na Raiz de Guiné. Isto sem falar do rito de transmissão desta Raiz conduzida pelo Vô Matta e Pai Guiné.

Entretanto quem conhece o Pai Rivas sabe que Ele não faz mais do mesmo. Está sempre buscando a contínua transformação que é a constante da Tradição Afro-brasileira. Pai Rivas conduz os aspectos trazidos pelo Vô Matta, ampliando e aprofundando-os. Este caminhar com a coletividade busca concretizar o título do livro de Seu Mestre: Umbanda de Todos Nós. Ou seja, é pela Inclusão Total.

Voltando à pergunta, gostaria de utilizar as palavras que eu mesmo ouvi do Pai Rivas em mais uma das prazerosas conversas entre Mestre e discípulo. Disse-nos:

"Não reneguei a Umbanda Esotérica, a Raiz de Guiné. Também não reneguei as outras Escolas"

Esta resposta é clara e verdadeira, pois expressa o que Pai Rivas pratica e sempre praticou em toda a Sua história nas Religiões Afro-brasileiras. Sendo franco, hoje quem diz que faz a "sua" Umbanda, pensa ser melhor que a Umbanda praticada pelos outros.


Pai Rivas não apenas respeita, mas vive as diferenças. Valoriza em todos os ritos Afro-brasileiros suas expressões plurais e igualmente os pontos de diálogo existentes entre eles. O que dizer contra este argumento? Quem pode negar a força do Astral por meio desta Unidade manifesta na Diversidade?

Reflitamos sobre isto...

 

E deixa a Gira girar!

PS: Quem desejar aprofundar-se no tema, remetemos a publicação 84 de logo mais no blog Espiritualidade e Ciência (http://sacerdotemedico.blogspot.com/). Além do texto, pedimos a gentileza de assistir o vídeo na íntegra. A publicação entrará no ar a partir de 00:00. 


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

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FTU: Educando para uma Cultura de Paz
(credenciada e autorizada pelo MEC - portaria 3864 de 18/12/2003)

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