sábado, 30 de outubro de 2010

A FTU inaugura e exercita a pós-modernidade nas religiões Afro-brasileiras

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

 

No dia 10 de março de 2009, Pai Rivas – ao vivo pela internet – apresentou o pronunciamento carregando o título "A FTU inaugura a pós-modernidade na Umbanda" – disponível em http://www.ftu.edu.br/Site/assistePronunciamento.php?id_tv=10. Na ocasião, alguns conceitos básicos sobre modernidade e pós-modernidade foram apresentados. Pai Rivas também nos brindou com conceitos filosóficos, lembrando Wittgenstein, mostrando o papel procedimental da linguagem.

Todo este cabedal teórico entrou como insumo para sustentar o argumento de que as Religiões estão relacionadas diretamente com os aspectos positivos da pós-modernidade. Entre eles a possibilidade de perceber a verdade como algo relativo, adaptado aos ângulos de interpretação de cada um, no que pese possuir um ponto de convergência com a realidade ultérrima. Esta realidade pela ótica da teologia umbandista é o Espírito. Continuando o raciocínio, Pai Rivas nos apresenta que a Unidade se expressa na Diversidade. No caso da Umbanda inserida nas Religiões Afro-brasileiras por analogia wittgensteiniana teríamos a Umbanda como uma idéia e que se expressa em várias Escolas, ou seja, uma pluralidade de linguagens.

Como filósofo realmente me encanto, em sentido físico e metafísico, com a beleza e solidez da teoria apresentada pelo meu pai espiritual. Contudo, seu ápice está longe do que pode ser registrado num papel. Ela se realiza na prática não por um grupo restrito de terreiros, mas pela totalidade de templos que, independentemente da consciência deste conceito, praticam os seus valores diuturnamente. Em paz, sem disputas, sem brigas.

É por isso que Pai Rivas nos explica que não criticamos outras Escolas. Quando uma visão crítica é aplicada a este ou aquele conceito, nos referimos aos valores que praticamos ou não dentro de nossa linhagem. A única exceção desta premissa é quando um grupo ou setor, que conceitualmente pode ser compreendido como seita, tenta ferir esta harmonia intrínseca das religiões Afro-brasileiras. Tentam inventar fundadores, anunciadores, codificadores, papas, enfim criar pontífices (o único que faz a ponte com o Sagrado) para nós; como se não fosse o máximo da realização o contato com os Ancestrais Ilustres (Guias) e a orientação que recebemos de nossos pais e mães espirituais. Gostaríamos que este parágrafo fosse muito bem analisado e discutido nos fóruns e na internet com os demais irmãos das religiões afro-brasileiras.

Bem, falamos de um conjunto de idéias que vem em uma crescente construção e ampliação pelo nosso Pai espiritual desde muito tempo e que foram claramente registradas no vídeo em questão. E agora outra publicação, o do Blog Espiritualidade e Ciência, nos convida a verificar a aplicação destes conceitos. O texto Foi uma noite para entrar na História... disponível em http://sacerdotemedico.blogspot.com/2010/10/foi-uma-noite-para-entrar-na-historia.html mostra em palavras, mas principalmente em fotos o que foi e o que é a Espiritualidade vivente em todos nós. Como somos diferentes, mas como as semelhanças são muito maiores. Como podemos viver em paz. Como podemos nos unir sem unificar. Queremos a unidade e não a codificação. Somos livres e como ouvimos no rito e escrevemos anteriormente, Exu foi para rua nos libertar. Exu foi para a rua socializar o poder dos orixás, enfim Exu foi para rua para umbandizar o mundo...

Esta é a inauguração da pós-modernidade na Umbanda inaugurada pela FTU. Todos juntos, pais e mães espirituais do Brasil e fora dele, trabalhando pela paz nas religiões Afro-brasileiras, pela convivência pacífica no planeta.

E deixa a Gira girar!


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

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