terça-feira, 27 de julho de 2010

Diálogo como Terapia: Compreendendo o Cristo Vivo e o deus do livro

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

Hoje pude compreender melhor o que é o diálogo como terapia, ou terapia do diálogo propugnado pelo Blog Espiritualidade e Ciência, autoria de nosso pai espiritual. Esta feliz experiência se deu da melhor forma possível, ou seja, exercitando o conceito com o próprio Sacerdote Médico.

Falávamos em prazerosa conversa telefônica sobre o profundo respeito ao Cristo que Pai Rivas nutre. Não pelo que está reproduzido na Bíblia, mas pelo que de fato Ele demonstrou. O Cristo Jesus ensinou pelo exemplo vivo, expressão do que Ele É e não por palavras vazias que a primeira brisa de Espiritualidade desconstrói. Importante afirmar que nada contra temos às tradições religiosas cristãs e muito menos às Abrâamicas como um todo. O que gostaríamos é de trazer reflexões que foram produzidas pelo Pai Rivas na conversa telefônica que estabelecemos e exercitar este diálogo como terapia nos diversos canais da internet.

Os homens constroem uma doutrina e deslocam sua autoria para a Divindade. Para simbolizar a origem divina, desenvolvem um processo de "revelação" na qual a recebem de volta por meio de um "revelador". Pois bem, este corpo de conhecimento criado pelo Homem crê, entre outras coisas, que deus o criou. No entanto, vejam a contradição: deus , construção humana, criou o Homem, construtor de "deus"!?!?

Este processo cíclico e vicioso incrusta na mente um dogma, um código fechado que não permite espaço para novas possibilidades, decorrência natural do aprimoramento do Homem ao longo das Eras. Voltando ao exemplo de deus, se deus é responsável por nossa gênese, este mesmo pode ser responsável pela relação dos homens ao longo do tempo e espaço. Daí constatarmos em referências escritas, principalmente a Bíblia, um deus que agia tal qual o homem de sua época.

Este processo mental de construção e manutenção da ideologia divina gera diversos problemas em vários ângulos da nossa vida natural, sobrenatural e social. Nossa mente condicionada a crer cegamente no deus dos homens carece de forças para a manutenção desta ilusão e, para tanto, surgem novos Reveladores, Pontífices e quaisquer outras denominações para os únicos e especiais intérpretes das sagradas escrituras ou mesmo do próprio "espírito de deus".

Neste exato instante está realizada a alienação do nosso Imaginário, onde qualquer tentativa de estar aberto a novas possibilidades – seja ela a mais simples possível –, trilhar caminhos naturais, por tanto não convencionais, deflagrará um intenso mecanismo de defesa por parte do ego. A qualquer custo, a mente individual do "alienado" potencializada pela egrégora milenar da tradição religiosa castradora da criatividade humana impedirá o indivíduo de exercer sua verdadeira realidade espiritual: uma unidade aberta em construção.

Voltemos a lembrar do exemplo vivo do Cristo. Por mais misoneísta (aversão às mudanças) que seja o castelo de areia do Ego, basta apenas uma leve brisa de Espiritualidade para desmoroná-lo. E o "deus" dos homens, carregado de valores injustos e moralistas, dará lugar à liberdade de escolhermos o melhor caminho de alcançar o Inconsciente Profundo, ou seja, a Espiritualidade inerente a todos os seres humanos.

Ps: Sobre Mente, Inconsciente e Espiritualidade sugerimos a publicação: Resenha dos textos postados do Blog Espiritualidade e Ciência.

(http://sacerdotemedico.blogspot.com/2010/02/resenha-dos-textos-postados.html)

 
Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

 

 


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