terça-feira, 20 de julho de 2010

Um diálogo com o texto "Isonomia é mesmo para todos?!"

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

Conforme divulgamos na segunda-feira, o Blog "Espiritualidade e Ciência" (http://sacerdotemedico.blogspot.com/) publicou mais um texto inédito de Pai Rivas: "Isonomia é mesmo para todos?!". Nele constatamos a expressão de uma discussão franca com o leitor que estimula-nos a sair da posição de observador para participante do diálogo como terapia ou terapia do diálogo.

Que bom! Esta forma de escrever do Pai Rivas nada mais é que uma extensão natural de quem Faz, Vive e É as Tradições Afro-brasileiras. O sacerdote médico reflete uma visão integrativa, pela Inclusão Total e talvez esteja aí o remédio para a falta de Isonomia. Não é a revelação, que invariavelmente necessita de um revelador, não é o papa, pontífice único com o Divino, não é a codificação, que segrega em grupos de eleitos e excluídos, que vai promover isto. Pai Rivas não compactua com estas posturas anacrônicas e vai além evocando a idéia de Espiritualidade como um processo de Despertar e não de velá-la novamente (afinal revelar, ao pé da letra, é isto).

Se a isonomia precisa ser ampla e irrestrita, as Tradições Afro-brasileiras, mas do que defender o conceito exemplifica-a no blog. Sejam as publicações sobre Medicina das Tradições Afro-brasileiras, os vídeos sobre Oráculo como terapia, as vídeo-aulas de Teologia, artigos filosóficos e por último, mas com igual importância, os ritos de Umbanda Oriental, Umbanda Esotérica, Catimbó-Jurema, Quimbanda, Babassuê, Umbanda Omolocô, Xirê de Nação e tantas e tantas horas de ritos que aconteceram e continuam acontecendo semanalmente nas dependências da FTU, OICD, Centro de Cultura Viva das Tradições Afro-brasileiras que estão abertos para todos.

O trânsito natural entre Ciência, Arte, Filosofia e Religião tal qual Exu que se comunica com todos os espaços do Universo se dá, pois somos favoráveis ao conceito defendido por Pai Rivas de que os setores da gnose humana são expressões do Divino, do que há de mais Sagrado no mundo natural. É por isso que nobres irmãos de outros setores filosófico-religiosos e acadêmicos nutrem uma amizade sincera pelo Pai Rivas. Afinal, não negamos a Ciência, não escrevemos erros crassos, não escondemos a falta de compreensão em códigos ou revelações do próprio "Deus".

Esta postura dialética aberta, tal qual a unidade aberta que somos, gerou muita falta de compreensão àqueles que apenas reproduzem o que lêem, dogmatizando até mesmo o erro do colégio primário. Esta visão limitada chegou ao ponto de afirmar que estamos "cientificizando" a religião. No próprio blog lemos que o racional está sob o irracional e no Inconsciente encontramos a Espiritualidade que utiliza ambos como ferramentas simbólicas deste verdadeiro processo de Iniciação com "I" maiúsculo.

Evocamos Inconsciente e Espiritualidade e isto nos lembra Freud tão discutido no blog. Aliás é nele que também aprendemos a perspectiva freudiana do símbolo e o rito como elementos capazes de estruturar o conhecimento. Pai Rivas com os diversos ritos vivenciados ao longo dos anos simbolizaram as diversas linguagens que são as suas Escolas. Este conjunto de símbolos é a Epistemologia da nossa religião, reflexo da Síntese.

Esta Síntese promove a Sabedoria Cósmica, o Amor Cósmico e a Atividade Cósmica. São estes os valores que os nossos Ancestrais Ilustres, representantes diretos do Orixá, vaticinam por meio da mediunidade, do contato real com o médium e com os irmãos planetários que vão no terreiro. Enfim, podemos conquistar por meio destes valores uma vida boa, o euzen dos filósofos gregos, que tanto se expressam na sala de aula do curso de teologia umbandista da FTU, quanto no Congá do seu santuário mostrando que o Astral Superior não tem barreiras para levar as luzes de Aruanda.


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

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