segunda-feira, 5 de julho de 2010

Re: [apometria_umbanda] Fwd: [UmbandaCaridade] OS VERDADEIROS UMBANDISTAS

Aranauan, Saravá Renata e irmãos planetários!

O email encaminhado por você levanta questões que geram muitas discussões nos fóruns existentes na internet. O que está na essência da crítica feita pelo autor do texto é a compreensão de aspectos existentes em todas as diversas formas de fazer e praticar os cultos Afro-brasileiros e outras específicas de uma vertente específica. O que não ficou muito claro no desenvolvimento do raciocínio dele.

Em tempo: prefiro o termo Escola a vertente seguindo a idéia pacificadora propugnada por Pai Rivas.

A Umbanda não é terra de ninguém, não são várias "coisas" – ao contrário dos que seguem o que há de mais ácido em antropólogos e sociólogos, teimando em nos classificar como uma religião "desenraizada". Se for para seguir conceitos acadêmicos, prefiro adotar a dos teólogos umbandistas da FTU: A Umbanda é uma idéia que se expressa em diversas linguagens. Cada legítima linguagem é uma Escola dotada de uma doutrina (Epistemologia), linha de transmissão (Metodologia) e conduta que leva em consideração o Outro (Ética).

Compreender esta simples, porém complexa frase resolve boa parte desta discussão que parece eterna: "qual a melhor Umbanda" ou "qual a verdadeira Umbanda". Ambas são extemporâneas pela ótica da teologia umbandista. Não existe relação de concorrência entre as Escolas. Cada uma segue sua tradição que é plural na forma, mas Una em essência.

Assim, posso ser do Omolocô e não concorrer com quem segue a Umbanda Branca. Temos práticas diferentes, mais em última análise buscamos igualmente o Sagrado na linguagem que mais me fala à alma. Não preciso negar o que o Outro faz para dizer que o meu é O certo. O meu também é. Aliás, pegando carona na última postagem do Pai Rivas no blog "Espiritualidade e Ciência" (http://sacerdotemedico.blogspot.com/) o conceito de certo e errado, normalmente carregado de valores "morais", é construído pelo homem ao longo da história e varia sempre por estar dependente do contexto e da ideologia vigentes.

Se esta teoria se relaciona à prática de anos do nosso movimento religioso, não podemos desequilibrar esta equação. Uma não pode sobrepor a outra, pois ambas são faces da mesma moeda. Logo, seria um equívoco pegar um conjunto de exemplos de Escolas específicas e extrapolar para afirmar que esta parte é a realidade do Todo. Exemplificando, afirmar que somos "espíritas" pode parecer correto para aqueles que em seus terreiros lêem as obras de Kardec, porém não faz o mínimo sentido para tradições que recebem prioritariamente a influência indígena e/ou africana.

O que gostaria de apresentar aos irmãos é que não precisamos criar uma identidade religiosa baseada em misturas de conceitos de outros setores filosófico-religiosos. Nosso processo sincrético existe como etapa fundamental rumo à Convergência e isto requer uma contínua transformação sem privilégios ou exclusivismos de quaisquer que sejam as áreas da gnose humana.

Refletindo sobre a nossa Tradição em aspectos teóricos e práticos compreendo cada vez mais o que Pai Rivas estimula em nós na frase: "A constante da Tradição é a contínua mudança, logo as Religiões Afro-brasileiras são uma Unidade Aberta em Transformação".


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


Em 1 de julho de 2010 15:11, Renata <renatacassini@gmail.com> escreveu:
 



---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Cabloca Jurema Preta <cablocajurema1@hotmail.com>
Data: 1 de julho de 2010 08:33
Assunto: [UmbandaCaridade] OS VERDADEIROS UMBANDISTAS
Para: umbandacaridade@yahoogrupos.com.br, ceuesperanca@yahoogrupos.com.br


 

                         

  OS VERDADEIROS UMBANDISTAS                                            

          Falam em tantas Umbandas: branca, esotérica, popular, traçada, de nação, omolokô, umbandomblé, candomblé de caboclo,
evangelizada, kardequizada, iniciática e outras mais.  O que é Umbanda então? Se são tantas, porque cada qual teima em dizer que
somente a sua, aquela que ele pratica, é a verdadeira?  
 
          Origens, respondem todos em unísono! Esta seria a solução para os problemas! E qual a origem da Umbanda verdadeira? Lá
vamos nós novamente viajar por inúmeras teses.  Negros Africanos, Sumérios, Atlântida, Astros, Planetas Diversos, Seres Extraterrenos,
Anjos Celestiais, etc... Mas será que isso tudo é importante?
 
          Por que temos que precisar ou determinar qual das Umbandas é a mais ou a unicamente correta? Quem sabe não são mesmo
várias Umbandas, totalmente diferentes umas das outras.  Ou, ainda por outro lado quem sabe, ela é somente uma mesmo, apenas
com várias ramificações! E porque seria assim? 
 
          Afinal de contas todas as demais religiões não são únicas? Serão mesmo? Vejamos:  a Igreja Católica divide-se em um sem
número de ramificações, das tradicionais às mais atuais.  Tem a Apostólica Romana, Apostólica Brasileira, Carismáticos, Ortodoxos e
outras.  E todos se denominam como? Católicos! Nada mais! 
 
          Se as conversas convergem para fundamentos religiosos, aí sim quando sabem, denominam-se especificadamente.  E os
Evangélicos? Se autodenominam Cristãos! Antes eram Crentes, agora não gostam mais dessa denominação, afinal de contas, os
praticantes das demais religiões também o seriam, já que todos os que crêem em Deus, Crentes como eles seriam. 
 
          Mesmo que seja aplicada de igual forma em relação a Cristãos o entendimento sobre outras religiões, parece esta denominação
genérica a que mais os diferenciam das demais.  Mas e entre eles próprios, existem diferenças entre as denominações? Sim e não são
poucas.  Batista, Adventista, Assembléia de Deus, Testemunha de Jeová e outras mais novas.
 
          E nós, os Umbandistas, e porque não dizer Espíritas, não podemos ter também várias denominações ou entendimentos? Opa!
Espere um pouco! Umbandistas ou Espíritas? Lá vamos ter outra briga séria com alguns de nossos irmãos Kardecistas.  Afinal de contas,
de acordo com alguns deles, somente são espíritas os que seguem a doutrina espírita desenvolvida por Allan Kardec. 
 
          Mas qual a definição de Espírita?  De acordo com o próprio Allan Kardec, que no livro dos médiuns, assim define Espírita. 
"Espírita, é aquele que crê no espírito e nas suas manifestações".  Assim todo aquele que acredita nesta máxima, do ponto de vista do
próprio Kardec, então será espírita.  
 
          Devemos apenas nos preocupar em sermos bons espíritas.  Coisa que, infelizmente muitos irmãos, sejam Umbandistas,
Kardecistas ou outros, ainda não se preocupam como deveriam. 
 
          Mas voltemos aos nossos próprios problemas.  Já temos bastantes deles entre nós para que nos preocupemos com outros
externos! O que é mais importante numa religião? De onde ela vem ou para onde ela vai? Que interessa o berço em relação ao trabalho
futuro.  Será mais importante a caridade do irmão de poucas posses do que a oração do mais abandonado?   
 
          Se formos olhar bem a fundo cada uma das diversificações de nomes ou qualificações das diversas Umbandas, veremos que em
todas elas manifestam-se entidades espirituais semelhantes, tais como os Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Crianças e Orixás.  Uma
religião que prima pela Caridade, Humildade e Amor, não poderia se dividir tanto entre seus filhos.
 
         
Discutem se o Caboclo pode ou não pode usar cocar, se o Preto-Velho pode ou não pode usar chapéu, se Exu é guardião ou
apenas mensageiro e deixa-se muitas vezes de perceber e até mesmo de cobrarem a si próprios se a caridade que estão praticando ou
intermediando é real.   
 
          Será que chegar ao centro já olhando que horas são, pois o médium tem um compromisso inadiável mais tarde, permitirá ao
Caboclo praticar uma boa caridade utilizando aquela matéria tão apressada?  
 
          Será que a humildade do Preto-velho terá capacidade de influenciar uma pessoa acometida de mau momento ou dor física, a ter
calma ou perdoar a quem a tenha ofendido, vibrando numa cabeça que o encara não como um escravo simples, que pela dor alcançou
a luz, mas sim como um majestoso soberano que não poderia imaginar como tamanha fraqueza de pensamentos pode assolar estas
ínfimas criaturas.
 
          E ainda sobre o Caboclo, o qual na concepção daquele médium não é índio, mas médico ou um antigo rei de uma civilização
ainda desconhecida, poderá atuar sobre quem o considera apenas um índio forte e garboso?
 
          E Exu? Ele que em algumas casas mais sofisticadas é Guardião, entidade de alta luz que tem trânsito livre entre todos os
ambientes vibracionais, liberando ou aprisionando almas ainda em decomposição moral, e que nas casas mais populares é apenas um
enviado de entidades, ou mesmo um serviçal  incumbido de levar e trazer as cascas grosseiras dos restos dos trabalhos espirituais,
descarregando-os nos lodaçais espirituais no baixo astral de onde ele pode até sair, mas não poderá ir tão alto, para que as luzes
espirituais dos ambientes muito elevados não o ceguem.
 
          E se saísse, o que faria? Sua fraqueza espiritual não o permitiria enxergar mesmo os seres iluminados de outras diretrizes. 
Será mesmo que as entidades se preocupam com estas diferenciações? Não! As entidades espirituais são seres de luz, são apesar de
ainda imperfeitos na evolução espiritual, conhecedores da visão mais iluminada da caridade. 
 
          Eles não se preocupam com as roupas que a eles queremos impor.  Para eles o que importa é o amor, a união, a elevação. 
Irmãos! Que divisão nada! A Umbanda é única! Ela é perfeita! Tão perfeita que se adapta a tantas interpretações, tão linda e
majestosa, que aos olhos de cada um mostra a luz da maneira que possa ser percebida. 
 
          E suas origens são mesmo polêmicas, mas não traduzem os maiores ideais da religião: Caridade, Humildade e Amor.  Que se
busquem historicamente as origens, mas não contaminemos nossa prática religiosa com nossas próprias imperfeições, com nossos
próprios preconceitos, com nossos próprios interesses pessoais. 
 
          Ao invés de subdesenvolvido, que tal tradicional? Ao invés de cultos exagerados, que tal criteriosos? Ao invés de discussão, que
tal aceitação? Não seremos menor se Africanistas, ou maior se Iniciáticos! Mais capazes, se optarmos por fundamentos de nação ou
menos capazes, se seguirmos os ensinamentos à luz Kardequiana!
 
          Seremos sim maiores ou menores, se levarmos em consideração a caridade que conseguirmos praticar! Muitos se mostram
prontos para uma verdadeira luta na intenção de resgatar a verdadeira Umbanda, outros pretendem livrá-la de influências negativas
de outras religiões.
 
          Vamos fazer mais que isso! Vamos praticar a nossa Umbanda, aquela que nos toca ao coração com sentimentos de amor e
caridade.  Vamos mostrar esse amor a todos os nossos irmãos.  E aí quem sabe, teremos uma Umbanda única e verdadeiros
Umbandistas.

autoria-http://cethrio.vilabol.uol.com.br/modelos/arqs_pensamentos/arqs_pensamentos997.htm



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Existem muitas divindades,
cada qual com seus poderes funções,
tudo isso sujeito à aprovação
do Único e Supremo Deus
"Olorum".
Tendo assim Orixás, Caboclos de Umbanda
e outros Guias Sagrados como manifestações
de um único poder, única origem,
seres divinos e criados por
"DEUS"
Todos aqui serem lembrados com muito
Carinho e Axé !

Cabocla Jurema Preta

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bd5b.jpg f329.jpg image by touchofart

umbandacaridade@yahoogrupos.com.br





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Atividade nos últimos dias:
Umbanda: Uma forma inteligente e espiritualizada de se bem viver
por Pai Rivas
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Um comentário:

  1. João, Boa tarde,

    Estou indicando, no meu blog, este post para leitura.

    Um grande abraço,

    ResponderExcluir