segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Macumba: uma nova leitura que valoriza as Religiões Afro-brasileiras!

Aranauan, Saravá  meus irmãos planetários,

É com verdadeira alegria que li a 101ª publicação do Blog Espiritualidade e Ciência -
http://espiritualidadeciencia.wordpress.com/. O texto é interessantíssimo e o título não poderia ser melhor:

A macumba foi a primeira manifestação da Umbanda?

Esta proposição em forma de pergunta demonstra como Pai Rivas está aberto para o diálogo. Somos uma Unidade aberta e, como tal, estamos em constante mudança. Aliás, é esta constante mudança a marca registrada da nossa Tradição como bem escreveu Pai Rivas inúmeras vezes.

Ao longo do texto percebemos claramente como Pai Rivas utiliza da lógica e do bom senso para relacionar a macumba com a primeira manifestação da Umbanda. A macumba funciona como um conceito que busca paz, neutraliza desigualdades; pois a macumba está aberta e é includente. Não exclui ninguém.

Conversando com Pai Rivas sobre o texto, ouvi Dele uma daquelas frases que viram mote e auxiliam muito a discussão sobre as várias formas de vivenciar o Sagrado:

 "As Escolas não valorizam uma, não desvalorizam nenhuma, contemplam todas".

O conceito de Escolas contempla todas as visões de mundo das Religiões Afro-brasileiras sem solução de continuidade ou concorrência entre elas. Pelo conceito de Escolas conseguimos aceitar, mas principalmente compreender porque a macumba foi a primeira manifestação da Umbanda.

Longe estamos de querer diminuir a importância desta ou daquela manifestação de Umbanda, mas ao resgatar a história sem colocar uma visão de um terreiro acima dos demais, Pai Rivas enseja uma visão pacífica, uma busca pela convergência entre os diversos Saberes e Fazeres.
Esta é mais uma contribuição da FTU personificada em seu fundador: em vez de um teórico que se isola na Academia, o teórico das religiões Afro-brasileiras vai à rua trabalhar com o coletivo. Como aprendi com Pai Rivas: prática teorizada e teoria prática.

Apesar dos conceitos paradigmáticos esposados nesta publicação 101, Pai Rivas reforça que é uma construção coletiva. Não foram revelados, eles são manifestados. Todos de alguma forma têm acesso ao exposto, porém é importante que do ponto de vista qualitativo seja enfeixado em uma construção lógica e externado por alguém. Ou seja, alguém precisa colocar a questão. É por isto que Pai Rivas disponibiliza o conteúdo gratuitamente. Estimula a universalidade do acesso possibilitando construções cada vez mais benéficas para o coletivo.

Importante também frisar que Pai Rivas não desvaloriza a revelação, mas não olvida que as Religiões Afro-brasileiras são de manifestação.

E deixa a Gira girar!


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

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