quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Rito na praia: Axé renovado!

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

 

Nós que participamos dos fóruns religiosos na internet estamos de alguma forma dispostos a escrever e ler sobre as religiões Afro-brasileiras. Pelo menos é isto que a lógica e o bom senso nos levam a escrever nas listas durante anos.

Neste sentido participei de um belíssimo rito na praia com meu pai espiritual e manos de santé aberto ao público o qual gostaria de compartilhar com todos. Falando de nossas experiências com respeito às diferenças criamos pontes de contato com as variadas formas de entender e vivenciar o sagrado, não é mesmo? É por este motivo que escrevemos constantemente.

Se existe algo que é fundamental para o povo do santo, isto certamente passa pelo conceito de Axé. Pai Rivas nos explica que o axé é o poder mágico, poder de concretização da vontade espiritual em todos os níveis: biopsicossocial. Da mesma forma este axé pode aumentar, multiplicar, mas também diminuir; enfim se esvair...

Cabe então ao pai ou mãe espiritual utilizar os meios sacerdotais adequados para que este axé seja ampliado e renovado, permitindo que seus filhos espirituais e a comunidade que participa da vida templária seja beneficiada de alguma forma. Ao mesmo tempo os filhos espirituais possuem a grande responsabilidade de saber receber e trabalhar o Axé ofertado. Com este espírito participamos do rito na praia.

Pai Rivas montou junto com todos os presentes um fundamento maravilhoso que transformou-se no principal ponto de força do rito e, geograficamente, era o ponto médio entre o mar e a mata próxima daquela areia. A Lua, parcialmente bloqueada pelas nuvens no início, ficou ao final praticamente isolada na paisagem com o céu todo estrelado e limpo. Uma verdadeira benção.

Neste clima participamos de um harmonioso xirê louvando os Orixás. Logo depois houve um toque de Caboclo, tudo isto com riquíssimos detalhes internos (esotéricos) e externos que apenas ao vivo é possível compreender. O Caboclo em terra levou todos os presentes para as águas do mar e, uma vez lá, lavamos literalmente as nossas almas.

Retornando à areia, ouvimos do Caboclo conselhos profundos para toda a coletividade e com a sua beberagem e fumo fomos penetrando em uma verdadeira pajelança. Os presentes sentiram como oscilamos em vários tipos de rito tendo no Caboclo o elo de ligação. Olha a vivência das publicações do Blog Espiritualidade e Ciência!

 

É por isto que divulgamos a idéia de teoria prática e prática teorizada. Na Escola de Síntese uma não se dissocia da outra. Enfim, encerramos o rito com um sentimento de dever cumprido, axé renovado e pronto para mais trabalho coletivo em 2011!

 

E deixa a Gira girar!

 

Aranauan, Saravá fraternal,

João Luiz Carneiro (Yabauara)
Discípulo de Pai Rivas (Mestre Arhapiagha)

 


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