domingo, 5 de setembro de 2010

Entendendo as diferenças sobre as propostas pedagógicas do ensino de Teologia Umbandista

Aranaun, Saravá meus irmãos planetários,

 

Em nossos últimos textos temos enfatizado a distinção de do curso de formação de Bacharel em Teologia da FTU de cursos livres de teologia. Nada temos contra quem cursa a segunda modalidade, nossa intenção é apenas identificar o que cada uma faz. Pois muitos irmãos que não conhecem a FTU acham que ambos os cursos tratam da mesma coisa e possuem as mesmas responsabilidades.

 

A FTU forma teólogos umbandistas em nível de bacharelado. Seu curso é credenciado e autorizado pelo Ministério da Educação (MEC) através da portaria 3864 de 18 de dezembro de 2003. A faculdade nunca pretendeu formar médiuns ou mesmo sacerdotes. Ela acredita que este tipo de condição se conquista na vivência exclusiva do terreiro.

Extraímos do seu sítio (www.ftu.edu.br) as seguintes informações: "O Curso oferecerá formação de Bacharel em Teologia, com duração de 3350 horas de atividades, a ser concluído em 04 (quatro) anos letivos". "Atendendo a essas finalidades, o Curso de Teologia compreenderá uma formação básica nas áreas do conhecimento das Ciências Biológicas, Exatas e Humanas, distribuídas em quatro aspectos fundamentais: Ciência, Filosofia, Arte e Religião, complementada pelo desenvolvimento, ao longo de todo o curso, de uma visão de Síntese, capaz de realizar as devidas integrações para um conhecimento mais amplo da Realidade".  

Os principais objetivos da FTU são: Excelência de ensino; Pesquisa de ponta e Levar a Academia para rua através do diálogo, criando pontes entre os Saberes Acadêmico e Popular Tradicional, passando pelo Saber Religioso.

Já um curso livre de teologia, mediunidade ou mesmo sacerdócio está muito distante desta proposta. Estes cursos não sofrem a regulamentação do MEC. Podem fazer o que quiser, quando quiser, sem nenhuma preocupação com as diretrizes educacionais estabelecidas pelo nosso processo democrático brasileiro. Um diploma de "teólogo" obtido nestes cursos não tem nenhuma validade acadêmica. Seu conteúdo que é de uma única visão sobre a Umbanda não consegue captar a grande diversidade na qual estamos inseridos e acabam impondo uma visão particular sobre a visão do todo. Uma perspectiva até mesmo totalitária se formos pensar bem sobre o assunto.

 

Mas e no caso do aluno que não está interessado em fazer o curso de bacharelado? Aqueles que apenas querem tomar conhecimento dos fundamentos básicos da teologia umbandista e afro-brasileira. O que fazer?

 

É neste sentido que a FTU desenvolveu os Cursos de Extensão Universitária tanto na modalidade presencial como telepresencial. Como um curso acadêmico de curta duração, ela é oferecida pelos mesmos professores que lecionam na graduação. Utiliza do acervo da FTU e das pesquisas realizadas não só pelo corpo docente, mas também pelo corpo dicente. Vide uma pequena amostra dos TCC's (Trabalhos de Conclusão de Curso) no sítio eletrônico da faculdade: http://www.ftu.edu.br/Site/listaProducoes.php

 

Diante deste processo de esclarecimento com transparência esperamos contribuir com o diálogo.


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

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FTU: Educando para uma Cultura de Paz
(credenciada e autorizada pelo MEC - portaria 3864 de 18/12/2003)

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