sábado, 4 de setembro de 2010

Uma história ideologizada não consegue olvidar o trabalho de Quem Faz!

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

 

Quando um pai ou mãe espiritual sério representando uma Raiz com Ordens e Direitos está a frente do seu templo-terreiro, certamente os resultados em níveis individuais, coletivos e espirituais tornam-se visíveis à percepção de qualquer irmão planetário, principalmente se o mesmo for um comunicólogo ou historiador comprometido com a verdade, com a investigação dos fatos.

 

Foi exatamente isto que pode ser constatado ao lermos trecho do artigo produzido pelo Pai Rivas em 1981 com o seguinte título:  "Jogo de Ifá: A vida através de búzios e dendês". A matéria foi publicada na histórica revista "Planeta: Candomblé e Umbanda" da Editora Três. 


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Outro momento importante registrado pela grande imprensa foi em 2007 quando a Revista Galileu, mais precisamente o nº 195, publicou a matéria "A nova cara da umbanda" assinada pelo Claudio Julio Tognolli. Nela uma foto e desenhos estilizados do templo da OICD – Campinas fizeram parte da arte da matéria:


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Além disso, tanto a FTU como a proposta pacífica do Pai Rivas sobre a diversidade umbandista foram registradas pelo Claudio Tognolli:

 

Umbanda na universidade
Em 2004 surgiu uma instituição que busca unificar e passar adiante esse quebra-cabeça. É a Faculdade de Teologia Umbandista, fundeada na Vila Alexandria, zona sul de São Paulo, e mantida pela Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, que possui vários templos espalhados pelo Brasil, sendo um no próprio câmpus. O currículo busca formar umbandistas completos, com aulas de filosofia, biologia espiritual, botânica, administração templária e até oficina de percussão. Só não se ensina a receber espíritos, já que isso é uma questão de destino kármico.

 

Uma idéia, várias formas

Pai Rivas, fundador da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, diz que a umbanda é uma idéia que se manifesta de várias formas. 

 

Citamos a revista Galileu e naturalmente surge na nossa mente o personagem histórico que inspirou a revista: Galileu Galilei. Ele foi um dos grandes responsáveis pela revolução científica de sua época, marcado pela defesa do heliocentrismo. Diante do tribunal do Santo Ofício (Inquisição) precisou negar tudo em que acreditava, inclusive sobre este sistema. Quem desenvolveu uma teoria heliocêntrica foi Copérnico. Pelo menos foi ele que conseguiu dar ampla publicidade no mundo Ocidental. Não podemos deixar de esquecer o trabalho muito próximo desenvolvido por Hypatia e outros pensadores do Oriente.

Pois bem, é muito comum nos referirmos na ciência ou mesmo na filosofia que quando um paradigma é rompido ou substituído por outro melhor e mais robusto estamos diante de uma "revolução copernicana". Peguemos o exemplo de Kant quando tirou o foco do objeto e trouxe para o sujeito.

 

Dentro da teologia umbandista e ciências correlatas que estudam o fenômeno religioso, podemos dizer que Pai Rivas e a FTU também promoveram uma revolução copernicana. Deslocaram a compreensão da manifestação religiosa afro-brasileira do purismo africano ou católico-kardecista em eterna disputa nos extremos para o conceito de Escolas. Com isso acabou a disputa de um lado certo em detrimento de outro errado para um profundo respeito entre as diversas formas de fazer e compreender o Sagrado.

 

Isto é História desde dentro, desde fora, desde cima, desde baixo, enfim: História Dialética e Aporética!


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

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