quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Quem está fazendo o casamento do neto carnal do Vô Matta e Dona Salete?

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

 

Esta pergunta do título de nosso texto é fundamental para compreendermos e refletirmos sobre a Série Histórica do blog "Espiritualidade e Ciência". O vídeo mostra a confiança do Astral e da família carnal do Pai Matta(Mestre Yapacani) depositada no Pai Rivas chegando ao ponto de convidá-lo para celebrar o casamento do Glauco (neto de sangue do Vô Matta).

 

Sinceramente esta não é uma fonte primária da história umbandista, mas uma verdadeira fonte primeva! Uma história que tanto Pai Rivas como seus filhos espirituais não estão interessados em definir como a única ou a primeira, apenas apresentar fatos da Escola de Síntese e dialogar com a sociedade acadêmica, civil e principalmente afro-brasileira.

 

Diante disto não podemos deixar de tocar em um tema polêmico e igualmente falacioso que vira e mexe pessoas sem raiz, sem história teimam em empurrar para a coletividade afro-brasileira. Afirmam que ou a Umbanda Esotérica acabou ou foi mudada de forma pejorativa pelo Pai Rivas seu legítimo condutor, sucessor do Vô Matta.

 

Conversando com o Pai Rivas sobre o assunto, ouvimos uma daquelas reflexões que só quem conversou com o Mestre sabe do que estamos falando. Na ocasião, nos clareou a mente com o seguinte raciocínio: Quem passou a raiz da Umbanda Esotérica foi o Velho Matta, ou melhor, foi o Pai Guiné com a aquiescência do Pai Matta. Essa transmissão se deu, pois sabiam o que estavam fazendo. Logo, as pessoas que questionam nossa posição de Mestre Raiz devem pensar que ou o Pai Matta estava errado ou Pai Guiné errou.

 

Resta-nos compreender agora qual o intuito de quem promove este clima de discórdia. Basicamente são produzidos por dois grupos: pseudos seguidores da Umbanda Esotérica e asseclas de seitas que se fecham em si mesmos num processo alienante.

 

Bem, no primeiro caso não possuem raiz mesmo. Acham que basta copiar o que está escrito nas maravilhosas obras do Mestre Yapacani para fazer Umbanda Esotérica ou até mesmo ser Sacerdote dela. Estas obras são referências para a Umbanda como pesquisa e estudo. Prática é no terreiro. Além do mais, esqueceram que um ponto fundamental nesta Escola é a Iniciação e esta só pode ser realizada por um Mestre de Iniciação. Além disso, após o desencarne do Mestre Yapacani, apenas pelo Mestre de Iniciação do 7º Grau do 3º Ciclo Arhapiagha – Pai Rivas alguém é iniciado nesta Raiz. Como não receberam do Astral o agô de pertencerem a esta Raiz ou traíram Ela, resta criticar seus dignos trabalhadores. Porém, se a Iniciação não se faz copiando o que está em livros; muito menos será em cursos que inventam Orixás e estão distantes do terreiro.

 

Falamos em curso e é neste grupo que entram os seguidores de seitas. As seitas, ao contrário das Escolas, procuram sempre gerar desarmonias, guerras, disputas, enfim concorrências até mesmo mercadológicas com os templos-terreiros sérios existentes em diversas partes do planeta. Não possuem estabilidade doutrinária, muito menos transmissão legítima da Tradição. Daí surgem os cursinhos "formando" pais de santo de proveta, artificiais. Em verdade não precisam nem ter mediunidade. Basta pagar a mensalidade do curso e pegar literalmente o diploma de sacerdote que não terá função alguma.

 

A questão é séria meus irmãos. Como estas seitas não conseguem se fixar na Tradição; tentam deturpá-La, minimizar Sua importância. Até mesmo forçar um esquecimento de tudo o que os nossos Ancestrais dos dois lados da vida fazem e fizeram. O estratagema é doentio: se o transe(mediunidade) é o cerne das Religiões Afro-brasileiras, basta trocá-la pela apostila do curso que o iniciador "revelador" do curso concebeu. Enfim, o codificador megalomaníaco quer apenas na sua mão o poder de um código opressor calcado em uma ilusão.

 

A Série Histórica inaugurada pelo Blog Espiritualidade e Ciência é uma referência importante para todos nós. Nela a História é apresentada com fatos e argumentos sólidos, não com falácia e conveniência. Neste sítio eletrônico podemos exercitar o diálogo como terapia – a terapia do diálogo. Acessem a publicação "Recorte Histórico" em http://sacerdotemedico.blogspot.com/2010/09/recorte-historico.html

  

E deixa a Gira girar!

Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

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