sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pela lógica I

Aranauan, Saravá, Axé!

Saraceni e Cumino,

Quando me volto para vocês utilizo este pronome de tratamento e não "senhor", pois procuro dialogar com lógica espiritualizada e esta é pela transparência, pela verdade. Não seria adequado escrever uma coisa pensando outra. Escrevo o que penso e o que penso neste momento é estabelecer os fatos com coerência.

O que não é possível é trazer outras questões e não responder a que fiz. Por favor, em nome da dignidade umbandista, se posicione quando afirmou colocar todos os autores umbandistas, encarnados e também as próprias entidades de Umbanda, abaixo do "preto-velho" que você afirma psicografar. Mais do que isto, este "preto-velho" trouxe algo que seria "fundamentador" da religião de Umbanda, a última palavra sem direito de pergunta.

Perguntar e não responder é ilógico, foge de qualquer possibilidade de diálogo. Todo mundo percebe que você, Saraceni, e seu grupo não respondem porque não tem resposta. O que foi exposto está errado e isto não é opinião.

Da mesma forma como mestre Aramaty há anos atrás demonstrou que o mesmo "preto-velho" supracitado que chamou Pai Rivas de uma expressão de baixo nível que prefiro não repetir e orientou o "Livro das Energias" escrito com erros incontáveis. Este dossiê com apresentação dos erros, muitos inclusive colocados por cientistas renomados, está na posse dele. Se esta era a base das obras do Saraceni, na época isto fora colocado, então tudo que decorre dela entrou também no mesmo problema.

Se vocês estivessem convictos que o mestre Aramaty faltou com a verdade, por que não o interpelaram judicialmente? Todos já perceberam que por qualquer motivo, o mais simples que seja, entram na justiça. Vocês ultimamente têm entrado e perderam todas, acreditando que poderiam ganhar. Se nem entraram sobre o Livro das Energias fica claro que sabiam que não iam ganhar mesmo. E não tem jeito. Isto não é opinião nossa, é a visão de várias pessoas igualmente idôneas. Nas penas do prof. Imbassahy, prof. José Valter Martins da UNICAMP, entre outros, alguns publicados pela OAB-SP ficou claro a quantidade de erros e não de opinião.

O Saraceni tirou o livro de circulação, ficando desmoralizado. Não foi por problemas outros ou perseguição. Não queremos atacar ninguém, apenas fazer uso da lógica. Então peço aos irmãos para se enxergarem no problema. Se você escreve um livro e recebe críticas de vários setores de duas uma. Ou analisa e acata o que foi criticado, naturalmente se reposicionando, retificando e promovendo as divulgações necessárias. Ou se está certo, vai defender até o fim as suas idéias convicto de que a verdade prevalecerá. A postura tomada foi nem uma, muito menos a outra.

É um direito dele retirar de circulação, mas deveria ter a consciência de não colocar a Umbanda nesta história. A solução foi nos atacar, inclusive colocando Pai Rivas na justiça (e perdendo, é bom frisar), só porque Mestre Aramaty levantou os fatos do "Livro das Energias". Esta atitude denota um interesse pessoal sobrepujando o coletivo e depõe contra a Umbanda ou Religiões Afro-brasileiras. Por isto que quer evocar a opinião da Escola Esotérica que é legítima e forçá-la ser um erro. A visão de uma Escola não quer dominar a Umbanda. Quer dialogar com todos os setores, mas tem sua visão própria. Tanto é verdade que na referida ação movida na justiça, o próprio juiz afirma em sua sentença que se fosse erro científico de fato precisaria atender o pleito da AUEESP, mas como se trata de opinião religiosa é um direito do autor. Pedimos calma e que nosso questionamento inicial seja respondido para dar continuidade ao diálogo sem ataques. Apenas evocando os fatos com lógica.



Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)


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